quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Entrevista pro aborto de ministra das Mulheres de Dilma “desaparece” de site da Universidade Federal de Santa Catarina. Quem censurou?

Por Reinaldo Azevedo, Blogueiro da Revista Veja.
Baixe o arquivo censurado com a entrevista de Eleonora Menicucci.aqui
A petralhada vive reclamando do que chama “censura” no meu blog, como se uma página pessoal, privada, pudesse censurar alguém. A que chamam censura? Eles reivindicam “o direito” de me ofender e a meus leitores! Não permito, claro! Visita que vem à minha casa tem de me tratar bem! Só faltava acontecer o contrário. Não sou eu que invado o computador do petralha, pô! Ele é que decide me acessar. Por que não fazem como eu, que os ignoro? Também querem usar a minha página para suas correntes de difamação ou de militância partidária, o que igualmente não permito.
Discordar pode? Basta ler os comentários para se constatar que sim. Mas é claro que imponho restrições, ou se dará no blog o que se verifica na área de comentários dos grandes portais e dos sites dos jornais: estão todas, sem exceção, tomadas pelos patrulheiros. Seu trabalho é bater boca e desqualificar os críticos do governo e do petismo. São pessoas pagas para isso, contratadas com esse fim.
Aqui não será assim! A mediação tem demorado um tantinho porque estou ainda sem um auxiliar. Que demore! Os meus leitores compreenderão. Uma coisa é certa: a minha praia, eles não vão invadir. Aqui mando eu! Mas volto ao ponto.
É de censura que querem falar? Então vamos lá. Toda censura será sempre oficial, exercida pelo estado, pelo governo de turno. Falar em censura em órgãos privados de imprensa é uma estupidez, uma cretinice, uma vigarice intelectual. Jornais, sites, revistas, blogs etc privados têm, quando muito, linha editorial. E olhem que até isso tem sido raro. Os “companheiros” estão infiltrados em tudo o que é lugar. Os petralhas costumam chamar “censura” a eventual não-publicação de suas mentiras e de seus reptos ideológicos.
Outra forma de censura é usar o dinheiro público seja para punir veículos considerados incômodos — não os contemplando com anúncios oficiais e de estatais —, seja para premiar os que têm o nariz marrom, comprando a sua fidelidade.
Pois bem! A Universidade Federal de Santa Catarina é uma instituição pública. A entrevista da agora ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci estava nos arquivos da instituição. Eu a descobri e transcrevi trechos aqui. AGORA ELA FOI RETIRADA DO AR! Os petralhas querem um caso de censura? Pois eles o têm aí, de modo evidente e insofismável. Ontem, o Ministério divulgou uma nota afirmando que já havia solicitado que ela desaparecesse dos arquivos porque conteria “imprecisões”.
Há, sim, imprecisões nas transcrições, uma troca ou outra de palavra. Mas não nos trechos relevantes — aqueles que transcrevi. Está tudo muito claro!
1- Eleonora confessou que atravessou a fronteira da Colômbia para se dedicar a uma prática criminosa naquele país: o aborto;
2- Eleonora confessou que seu segundo aborto foi decidido junto com o partido de esquerda a que pertencia;
3- Eleonora revelou intimidades de sua vida privada (sua primeira relação homossexual) e de sua filha (lésbica que fez inseminação artificial);
4- Eleonora se disse avó dessa criança, mas também “avó do aborto”, porque já fizera dois;
5- Eleonora confessou que sua ONG promovia exame de colo de útero por leigos, já que ela própria disse ter se dedicado à prática, segundo se entende, como examinadora…;
6- Eleonora confessou que o treinamento da Colômbia era parte de uma proposta de se promoverem abortos realizados por não-médicos.
Para lembrar o trecho mais eloqüente:
Eleonora -  Dois anos Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia.
Joana – Certo.
Eleonora – O Coletivo nós críamos em 95.

Joana
 – Como é que era esse curso de aborto?
Eleonora – Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto.
Joana – Aprendia a fazer aborto?
Eleonora – Com aspiração AMIU.
Joana – Com aquele…

Eleonora
 – Com a sucção.
Joana – Com a sucção. Imagino.
Eleonora – Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base…

Joana
 -  é que as pessoas se auto auto-fizessem!
Eleonora – Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam…

Joana
 – Claro!
Eleonora – Lidar com o aborto.
Joana – Claro!.
Encerro
Eis aí! A retirada de um documento de uma instituição pública por pressão do Estado, isso, sim, é censura! Ocorresse num governo do PSDB ou do DEM, a grande imprensa faria um estardalhaço. Como se dá na administração dos companheiros e como se considera, afinal de contas, que ser a favor do aborto é coisa de “gente moderna, humana e progressista”, então se vai fazer um silêncio sepulcral a respeito.
Não será a primeira vez que a própria grande imprensa vai condescender com a censura por causa do aborto. Já aconteceu antes. A defesa do aborto, acreditem vocês, parece tornar aceitável no Brasil a tese do crime de opinião.
Neste blog eles não se criam.
PS – Sim, eu fiz uma cópia de segurança da entrevista porque tinha a certeza de que os companheiros agiriam como companheiros. E vou colocá-la de volta na rede. De todo modo, os trechos mais eloqüentes já são de domínio público. Eles podem censurar a Universidade Federal de Santa Catarina. Mas a mim não censuram. Não ainda. Se e quando seu projeto de poder estiver plenamente consolidado, aí sim. Aí eles começarão censurando Reinaldo Azevedo e terminarão, como todos os totalitários, censurando os próprios companheiros.
Baixe o arquivo com a entrevista de Eleonora Menicucci.aqui

Veja essa notícia:

A nova ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, pode ter de explicar ao Congresso suas posições a respeito da legalização do aborto.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) pediu a convocação de Eleonora na Câmara dos Deputados. O pedido ainda depende do aval dos colegas. A ministra, que é cientista social com pós-doutorado em Medicina, não só é favorável à liberação do aborto como diz ter recorrido à prática para interromper duas gestações, além de ter aprendido a realizar abortos em um curso na Colômbia.
Bombardeio – As declarações fizeram com que ela fosse bombardeada pela bancada evangélica antes mesmo de tomar posse. Na solenidade, no entanto, a ministra não citou a palavra aborto. Mas disse que lutará pelos direitos reprodutivos da mulher.
“Não podemos aceitar que mulheres sejam vistas como meros objetos sexuais, que morram durante a gravidez, que não realizem exames preventivos, que os serviços de atendimento às mulheres vítimas de atendimento sexual continuem sem manutenção, e que tenham seus direitos reprodutivos e sexuais desrespeitados”, afirmou, na ocasião.
(Gabriel Castro, de Brasília)
Revista Veja

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