sexta-feira, 30 de março de 2012

A história tem sentido na páscoa




Diretor da Renovação Carismática explica como a ressurreição vence a rejeição do amor
Por Salvatore Martinez

ROMA, quinta-feira, 29 de março de 2012 

Se a Páscoa marca a libertação do homem de toda escravidão do pecado e da morte, o pentecostes representa o recebimento de toda a energia espiritual capaz de combater o mal que ameaça o coração do homem e do mundo.
Ou se reina com Cristo na terra, com a vitória de Cristo e com o poder do seu Espírito, "não deixando que o mal vença, mas vencendo o mal com o bem" (cf. Rom, 12, 21), ou o reino de Satanás avançará sempre mais dolorosamente. A páscoa, com a ressurreição de Jesus, abre as portas do céu, do reino de justiça e de paz, da casa de Deus onde não haverá morte nem pranto, nem clamor, nem dor (cf. Ap 21, 3-4).
Desde que o homem deixou de acreditar no céu, transformou sua vida em algo que se assemelha a um inferno. O inferno na terra é, acima de tudo, a ausência da páscoa de Jesus, uma ausência que é rejeição do amor. Já é o inferno viver sem saber dar nem receber amor. Dizer-se cristão é fácil; ser cristão no generoso serviço à verdade e à atualidade dos mandamentos do amor de Deus é o grande desafio.
A páscoa significa, hoje, dar um rosto ressuscitado, um rosto de amor aos mandamentos de Deus, que não são uma sequência de imperativos negativos, mas um pedido de compromisso, um chamado a construir uma civilização do amor.
Assim, "não matar" significa proteger a vida, e desde o ventre materno. “Honra teu pai e tua mãe” é um apelo a defender a família natural. “Não levantarás falso testemunho” é a celebração da verdade e a defesa da dignidade humana.
Quem vai ensinar às futuras gerações a arte de viver, se somos os primeiros a parar de construir com esperança? Estamos aceitando passivamente que o reino do subjetivismo exasperado continue a produzir e a justificar a proliferação da crueldade e da violência.
Sim, porque o egoísmo é uma escola de crueldade. Particularmente notável, então, é esta nossa humanidade que vira as costas para o amor e que chora por abrir à sua frente um cenário de tristeza e de desolação.
A Paz: uma pessoa que se dá
É cada vez mais urgente achar as razões determinantes da reconciliação e do perdão, para inspirar a paz entre os homens, para criar uma cultura de paz que supere o ódio escondido no coração do homem. Jesus é o "Príncipe da Paz" (cf. Is 9, 6).
Deixemo-nos desarmar pelo seu amor, porque é inútil falar de paz se os nossos corações aninham ódio, orgulho, indiferença.
Jesus nos diz: "Ouvi-me todos e entendei: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo. É o que sai do homem que o contamina. De dentro do coração do homem é que vêm as más intenções, roubos, assassinatos, maldade, engano, soberba, estultícia... "(Mc 7, 14-15.21-23).
Como cristãos, temos sempre diante dos nossos olhos os apelos de Cristo no Sermão da Montanha: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis que os outros não façam? Acaso não fazem o mesmo os pagãos? Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito"(Mt 5, 43-48).
A paz não é algo que se quer ou se tem, mas é Alguém, é Jesus, que nos quer, nos tem e se mantém fiel a nós.
"Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). O mundo procura soluções pacíficas e crê ​​que homens iluminados podem garanti-la, mas nada de bom será conseguido sem Jesus, que, através da cruz e não de bandeiras multicoloridas, "destruiu em si mesmo a hostilidade" (Ef 2, 16-17).
Que Jesus ressuscite vencedor da morte e libertador de todos os males: o tempo atual não pode prescindir do poder do seu nome. Invoquemo-lo, esperemo-lo, vivo e eficaz, para celebrá-lo como único Senhor e Salvador do mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Bento XVI aos jovens: Testemunhem o rosto alegre e feliz da fé


O Papa Bento XVI assegurou aos jovens que só Deus que é amor pode dar a verdadeira alegria ao coração, e pediu que eles testemunhassem o rosto alegre e feliz da fé também diante dos que pensam equivocadamente que a vida cristã é  "algo cansativo e chato".

Assim o indicou na sua mensagem pela 27º Jornada Mundial da Juventude que este ano se celebra no dia 1 de abril, Domingo de Ramos, em nível diocesano e que leva como título uma passagem da Carta do Apóstolo São Paulo aos Filipenses: "Alegrai-vos sempre no Senhor!"

No texto divulgado ontem, o Papa lembra com carinho a JMJ Madrid 2011, que foi celebrada em agosto, e agradece "a Deus por tantos frutos que fez nascer naqueles dias e que no futuro não deixaram de multiplicar-se para os jovens e para as comunidades as quais pertencem. Agora, estamos já nos orientando para o próximo encontro no Rio de Janeiro, em 2013, que terá como tema “Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações”! (Mt 28, 19).

O Santo Padre explica que a alegria "é um elemento central da experiência cristã. Também durante cada Jornada Mundial da Juventude fazemos a experiência de uma alegria intensa, a alegria da comunhão, à alegria de ser cristãos, a alegria da fé".
"Esta é uma das características destes encontros. E vemos a grande força atrativa que essa tem: em um mundo muitas vezes marcado pela tristeza e inquietude, é um testemunho importante da beleza e da confiabilidade da fé cristã”, acrescenta.
Bento XVI explica logo que "a inspiração à alegria está impressa no intimo do ser humano. Além da satisfação imediata e passageira, o nosso coração busca a alegria profunda, plena e duradoura, que pode dar ‘sabor’ à existência".
"E aquilo que vale, sobretudo, para vocês, para a juventude é um período de continua descoberta da vida, do mundo, dos outros e de si mesmos. É um tempo de abertura em direção ao futuro, no qual se manifestam os grandes desejos de felicidade, de amizade, de partilha e de verdade, no qual si é movido por ideais e se concebem projetos".

Ante os diversos desafios e as dificuldades que encontram os jovens, o Papa afirma que a alegria é possível e que sua fonte, seja grande ou pequena, sempre é Deus.

"Deus nos criou à sua imagem por amor e para derramar sobre nós este Seu amor, para encher-nos com sua presença e sua graça. Deus quer fazer-nos participantes de sua alegria, divina e eterna, fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida está no ser aceito, acolhido e amado por Ele, e não com uma acolhida frágil como pode ser aquela humana, mas com um acolhimento incondicional como é aquela divina: eu sou querido, tenho um lugar no mundo e na história, sou amado pessoalmente por Deus". 
"E se Deus me aceita, me ama e eu me torno seguro, sei de modo claro e certo que é bom que eu seja, que exista”, adiciona.
Este amor infinito de Deus por cada um de nós, prossegue o Santo Padre, se manifesta de modo pleno em Jesus Cristo, que se entrega por esse amor para salvar a todos do mal, do pecado e da morte.
Mas Jesus não fica ali, ressuscita como tinha prometido e faz brotar uma profunda alegria que "é o fruto do Espírito Santo que nos torna filhos de Deus capazes de viver e de provar sua bondade, de voltar-nos a Ele com o termo “Abbà”, Pai. A alegria é sinal de sua presença e de sua ação em nós.".
O Papa recorda logo o dever de conservar no coração a alegria cristã: "Encontrar e conservar a alegria espiritual nasce do encontro com o Senhor, que pede para segui-Lo, para fazer a escolha decisiva de voltar tudo para Ele".
"Queridos jovens –exorta Bento XVI- não tenhais medo de colocar à disposição toda a vossa vida, dando espaço para Jesus Cristo e seu Evangelho; é a estrada para haver a paz e a verdadeira felicidade no íntimo de nós mesmos, é a estrada para a verdadeira realização de nossa existência de filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança".
Buscar o Senhor, diz logo o Papa, "significa também acolher sua Palavra, que é alegria para o coração" e afirma que "A palavra de Deus faz descobrir as maravilhas que Deus operou na história do homem e, pleno de alegria, abre-se ao louvor e à adoração: “Cantai ao Senhor... adoremos, de joelhos diante do Senhor que nos fez".
O Papa logo faz uma reflexão sobre o que significa a alegria do amor de Deus, e a alegria de converter-se verdadeiramente ao Senhor, aspirando a viver a vontade do Altíssimo através do cumprimento dos 10 Mandamentos.
"Observando-os, nós encontramos a estrada da vida e da felicidade. Mesmo que à primeira vista possa parecer um conjunto de proibições, quase um obstáculo à liberdade, se os meditamos mais atentamente, à luz da Mensagem de Cristo, estes são um conjunto de essenciais e preciosas regras de vida que conduzem a uma existência feliz, realizada segundo o projeto de Deus".
O Santo Padre lamenta que "quantas vezes, ao contrário, constamos que construir a vida ignorando Deus e Sua vontade leva à desilusão, tristeza, sensação de derrota. A experiência do pecado, como a recusa a segui-Lo, como uma ofensa à sua amizade, traz sombra aos nossos corações".
Bento XVI exorta aos jovens a viverem sempre a alegria, também nas provações, como as que viveram o Beato Pier Giorgio Frassati e a jovem Beata Chiara Badano que nunca se entristeceu apesar de viver uma dolorosa enfermidade; ou o amado Beato Papa João Paulo II que deu uma lição de alegria no meio do sofrimento da enfermidade.
Finalmente o Papa Bento XVI exorta os jovens a serem testemunhas dessa alegria, a anunciar o Evangelho de Cristo a todos em todo mundo.

"Muitas vezes é descrita uma imagem do cristianismo como de uma proposta de vida que oprime a nossa liberdade, que vai contra nosso desejo de felicidade e de alegria. Mas esta não corresponde à verdade! Os cristãos são homens e mulheres realmente felizes porque sabem que nunca estão sozinhos, mas estão sempre apoiados pelas mãos de Deus!".

"Sobretudo, a vocês, jovens discípulos de Cristo, mostrar ao mundo que a fé leva a uma felicidade e a uma alegria verdadeira, plena e duradoura. E se o modo de viver dos cristãos parece às vezes cansativo e chato, testemunhem vocês por primeiro a alegria e a felicidade da fé de vocês.".
O Papa alenta os jovens a levarem a nova evangelização a todos os âmbitos: "Levem-na para suas famílias, em suas escolas e universidades, nos lugares de trabalho e nos grupos de amigos, lá onde vivem".
"Vocês verão que essa é contagiosa. E receberam o cêntuplo: a alegria da salvação para vocês mesmos, a alegria de ver a Misericórdia de Deus operando nos corações. No dia do seu encontro definitivo com o Senhor, ele poderá lhe dizer: “Servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu Senhor!”
Finalmente o Santo Padre faz votos para que "a Virgem Maria vos acompanhe neste caminho" já que ela "respondeu plenamente ao amor de Deus dedicando sua vida a Ele num serviço humilde e total. É chamada de “a causa da nossa alegria”, porque ela nos deu Jesus. Que Ela vos introduza nesta alegria que ninguém vos poderá tirar!".

Subsídio:

A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bisposdo Brasil (CNBB), lançou um subsídio para as celebrações da Jornada Diocesana da Juventude. O subsidio está disponível no site da CNBB em:


terça-feira, 27 de março de 2012

Pode um cristão ser fã do MMA*? Afinal, esporte ou apologia à violência?

*  Artes marciais mistas (frequentemente conhecidas sob seu acrônimo em inglês: MMA – mixed martial arts)
***
MMA: A VIOLÊNCIA EXPLÍCITA (A visão de um especialista)
POR ODAIR BORGES*
MMA, UFC, PRIDE e outras siglas são sinônimos de briga de rua travestida de luta.

Nos primórdios do Japão feudal, os vários estilos de lutas eram praticados com objetivo de defesa pessoal de importância vital para o guerreiro Samurai, onde os conceitos de honra, coragem, disciplina e respeito eram a essência na formação integral do homem.
Não é essa a mensagem que atualmente vem sendo disseminada pelos lutadores, instrutores e patrocinadores do MMA, que sem formação e informação acadêmica, pegam carona na bandeira da moda, o que lhes proporciona a evidente exposição midiática, e sem duvida, a pecúnia vindoura.
No Brasil, o esperto cérebro do UFC encontrou clima propício e o espaço estratégico como um grande esquema para disseminar a modalidade onde é notória, em entrevistas tanto de lutadores como entrevistadores, comentaristas e cronistas a ignorância sobre o tema lutas.
Em simples análise técnica, a luta de MMA resume-se na sua maior parte em socos sem conhecimento de boxe.
Como disse nosso grande campeão Eder Jofre “se fossem lutar na regra do boxe não aguentariam um minuto”.
Na luta no solo, alguns praticam Ju Jutsu (JiuJitsu Brasileiro), mas a fragilidade técnica não permite finalizações nas oportunidades.
Há pouco tempo, quando de transmissão direta pela TV, torcedores de uma equipe de futebol, após assistirem em sua sede as lutas de MMA, saíram às ruas e mataram a socos e ponta pés outro torcedor de equipe rival de futebol, levados que foram pela violenta emoção.
É a união perfeita: torcidas de futebol e os fanáticos adeptos do MMA.
Poucos dias antes do inicio do último circo do MMA no Rio de Janeiro, durante entrevista coletiva, torcedores em manifestação grotesca e aos gritos de “Vai morrer! Vai morrer! Vai morrer!”, impediram o lutador americano Chad Mendes, desafiante do Brasileiro José Aldo, de ouvir as perguntas dos jornalistas credenciados.
Observando lutas anteriores de MMA, já vimos “nossos famosos” e também estrangeiros que, de forma rixenta e arrogante, desrespeitam adversários.
É o retorno aos combates sangrentos da antiga Roma, demonstrando a supremacia da nova afirmação da fera sobre o homem, levando jovens praticantes a serem adestrados para demonstrações narcisistas em busca de afirmação, através da agressão física.
Estão na mídia as agressões a professores, invasão de Universidades, alunos armados e brigas de torcidas.
São jovens perdendo suas referências e seus ideais, deixando-se levar por supostos prazeres, poderes e exibições.
A mídia por sua vez, apresenta o programa de lutas ou o “Panes et Circences”, da época dos pervertidos Calígula (12-41 AD) e Cômodus (161-192 AD), como sendo a mais pura e moderna atração contemporânea.
Ao mesmo tempo, o grande público vê nesse teatro de violência a oportunidade para exteriorizar uma perigosa agressividade que transcende o evento esportivo e que muitas vezes sem motivo aparente é transferida para a convivência social.
Podemos até pensar numa mostra de indignação dos que assistem, influenciados que estão, pela destruição de valores que temos presenciado em nosso meio político e social, que nos leva a pensar sobre o que é certo ou errado no comportamento das pessoas.
Em análise acadêmica, fundamentada em pesquisa cientifica, de acordo com a teoria de aprendizagem social, (Bandura e Walters, 1963) reforçam o conceito de agressão imitativa por meio do qual, crianças expostas a uma atividade agressiva de adultos, imitam esse comportamento, especialmente quando o modelo adulto é observado sendo bem sucedido e recompensado. Segundo (Elias e Dunning, 1986) os benefícios econômicos e o prestígio fazem com que se deixe de lado a rivalidade amistosa convertendo-a em rivalidade hostil.
É bem estabelecido na literatura que o reforço influencia fortemente o comportamento futuro. Para (Skinner,1953), atos de violência, emanam de uma variedade de fontes que podem ser:
a) O grupo de referência imediato do atleta: professores, treinadores, companheiros de equipe, amigos e família.
b) A estrutura do esporte principalmente no que diz respeito: ao ambiente de aprendizado e prática, às organizações esportivas, patrocinadores, empresários esportivos, cujo objetivo é apenas o lucro financeiro sem a preocupação educacional.
c) Atitude e fanatismo de fãs e torcedores, a mídia na procura de audiência e a sociedade em geral.
A agressividade como um estereótipo masculino desejável é talvez uma causa arraigada e significativa do reforço positivo que os atletas masculinos recebem para agirem agressivamente.
Quanto a isso os pais têm um importante papel na orientação de valores apropriados no comportamento social de seus filhos.
Assumindo-se que o instinto para o comportamento agressivo do indivíduo é uma constante, cabe portanto ao educador, quando utilizar das lutas como conteúdo programático, explorar os aspectos educativo, filosófico e social, de suma importância no ensino de qualquer modalidade de luta.

Artigo publicado no Jornal Correio Popular, de Campinas.
*Autor: Prof. Ms. Odair Borges
Mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo.
Professor USP / PUCCAMP.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Bento XVI: Agora entendo por que João Paulo II se sentia mexicano

 

Durante uma multitudinaria serenata nos subúrbios do Colégio de Miraflores onde se hospeda em León (México), o Papa Bento XVIrompeu o protocolo para saudar a multidão e improvisar uma breve mensagem na que agradeceu todo o carinho recebido nestes dias e assegurou que já sabe o que é sentir-se um “Papa mexicano”.
Ao seu regresso da Catedral de León, onde presidiu as Vésperas diante de centenas de bispos vindos de toda a América Latina, o Papa tinha previsto descansar antes da cerimônia de despedida de amanhã segunda-feira no aeroporto de Silao.
Entretanto, nos arredores da hospedagem papal a multidão não parecia disposta a deixá-lo ir. Milhares de mexicanos faziam coros e vivas, enquanto um grupo mariachi entoava alegres melodias mexicanas tradicionais para o Santo Padre.
Em meio desta festa e quando entoavam o popular “Cielito lindo”, o Pontífice saiu da casa para saudar os pressente, recebeu das mãos de uma jovem mariachi um chapéu típico mexicano de cor branca, e o exibiu por vários minutos enquanto recebeu a saudação dos músicos e improvisou umas palavras em italiano que foram traduzidas pelo Núncio Apostólico no México, Dom Christophe Pierre.
“Muitíssimo obrigado por este entusiasmo. Nunca, nunca, fui recebido com tanto entusiasmo”, afirmou o Papa. “Devo dizer que o México vai permanecer sempre em meu coração”.
“Agora posso entender por que o Papa João Paulo II dizia ‘agora me sinto um Papa mexicano’”, acrescentou o Papa ante a ovação da emocionada multidão.
“Queridos amigos eu me sinto muito bem com vocês, mas devem entender que tenho outra viagem a Cuba, porém me retiro dando-lhes minha bênção”, e após a bênção em latim, despediu-se com a saudação em espanhol “¡Buenas Noches!”.

O sentido esponsal do corpo e a pornografia

 

A revolução sexual tem sido comparada a um esgoto com muitos bueiros. A pornografia e a masturbação são dois “bueiros” desse “esgoto”. A sexualidade pode se tornar perversa. Ao invés de tornar as pessoas livres, como deve acontecer com marido e mulher, o sexo se torna uma forma de escravidão.
A pornografia e a masturbação representam a destruição do sentido esponsal e simbólico do corpo humano. Na pornografia se apresenta uma imagem. O foco está tão somente no visível e no erótico. A pessoa humana é reduzida ao que pode ser visto. Não há nenhum traço da dimensão invisível – da intimidade e sacralidade da pessoa humana. Note-se, também, que na pornografia não há ninguém ali. É um mundo de fantasia. Ninguém está realmente presente.
Portanto, quando um homem olha repetidamente para pornografia, ele encontrará dificuldade em se relacionar com mulheres na vida real. Ele se acostuma a ver as mulheres como objetos a serem usados. Ele se contenta com uma visão apenas erótica da mulher, e por isso destrói o sentido esponsal e simbólico do corpo humano. A luxúria toma o lugar do amor, e a fantasia substitui a realidade.
Muito disso tudo pode ser dito também da masturbação. Ela é um mundo irreal de fantasia. Note-se, entretanto, o modo como a masturbação destrói o sentido esponsal do corpo. Deus dotou todos os homens e mulheres de energia sexual. Chamamos talvez de desejo sexual. Isso é bom, e faz parte da atração entre homem e mulher, que é parte constituinte do sentido esponsal do corpo. A energia sexual, portanto, precisa encontrar sua expressão no amor, não na luxúria.
A energia erótica foi feita para ser direcionada a outra pessoa, no amor. Se você é homem, então ela se direciona para a mulher, e vice versa. Na masturbação a energia sexual se volta para si mesmo. A pessoa se torna sexualmente “vesga”. O que foi feito para uma outra pessoa se volta para a gratificação de si mesmo. A masturbação, portanto, é um símbolo não do amor, mas do egoísmo.
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Trecho do Livro: “Theology of the Body Made Simple”, de Anthony Percy, p. 63.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jornalista liquida a conversa fiada sobre símbolos religiosos com 246 palavras.




Carlos Brickmann, da revista Veja, liquida a conversa fiada sobre símbolos religiosos com 246 palavras.

Sempre brilhante, o jornalista Carlos Brickmann precisou de apenas 246 palavras, publicadas em seu site, para resolver o falso problema dos símbolos religiosos. Confiram:

Há religiões; também há a tradição, há também a história. A Inglaterra é um estado onde há plena liberdade religiosa e a rainha é a chefe da Igreja. A Suécia tem plena liberdade religiosa e uma igreja oficial, a Luterana Sueca. A bandeira de nove países europeus onde há plena liberdade religiosa exibe a cruz.
O Brasil tem formação cristã; a tradição do país é cristã. Mexer com cruzes e crucifixos vai contra esta formação, vai contra a tradição. A propósito, este colunista não é religioso; e é judeu, não cristão. Mas vive numa cidade que tem nome de santo, fundada por padres, numa região em que boa parte das cidades tem nomes de santos, num país que já foi a Terra de Santa Cruz.

Será que não há nada mais a fazer no Brasil exceto combater símbolos religiosos e tradicionais?

Se não há, vamos começar. Temos de mudar o nome de alguns Estados e cidades como Natal, Belém, São Luís e tantas outras. E declarar que a Constituição do País, promulgada ‘sob a proteção de Deus’, é inconstitucional.

Há vários símbolos da Justiça, sendo os mais conhecidos a balança e a moça de olhos vendados. A balança vem de antigas religiões caldeias. Simboliza a equivalência entre crime e castigo. A moça é Themis, uma titã grega, sempre ao lado de Zeus, o maior dos deuses. Personifica a Ordem e o Direito.

Como ambos os símbolos são religiosos, deveriam desaparecer também, como o crucifixo?”

D. Odilo Scherer funda a União dos Juristas Católicos de São Paulo.


 


O cardeal D. Odilo Pedro Scherer fundou no dia 20 de março (terça-feira), a União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp).

A entidade, composta por professores, magistrados, advogados e integrantes do Ministério Público de São Paulo, tem como objetivo afirmar os princípios cristãos católicos na atividade judiciária, administrativa e legislativa do Estado, bem como difundir a doutrina social da Igreja, desde o direito à vida até questões de justiça social.
Durante a sessão solene de criação da entidade, D. Odilo Scherer disse que a Igreja deve compartilhar seus ensinamentos com a sociedade.
“A Ujucasp pode ser muito significativa. A Igreja chama todos os seus membros para uma missão, que é a de levar a palavra e a lógica do Evangelho à sociedade. Nós católicos temos muito a contribuir, e isso tem de aparecer de uma forma positiva, pois lutamos por causas justas.”
O cardeal afirmou ainda que a ideia de criar a Ujucasp decorreu da necessidade de um fórum adequado para realizar discussões de natureza jurídica que tenham repercussão religiosa.

Dr. Ives Gandra – Presidente da Ujucasp.

O arcebispo de São Paulo nomeou a diretoria da Ujucasp, que tem como presidente o jurista Ives Gandra da Silva Martins. Ives Gandra manifestou alegria por compor a entidade. “Estou muito satisfeito com o convite de D. Odilo para fazer parte, junto de grandes amigos, da União dos Juristas Católicos de São Paulo. E posso garantir que saberemos defender a fé, com caridade necessária, mas falando da verdade na busca da justiça.
Como vice-presidente foi nomeado o jurista Paulo de Barros Carvalho. Também compõem a diretoria o professor Nelson Nery Junior (diretor-tesoureiro), a consultora jurídica Ana Paula de Albuquerque Grillo (diretora-secretária) e o padre José Rodolpho Perazzolo (diretor-assistente eclesiástico).
Quanto aos cargos do Conselho Consultivo, foram nomeados Antonio Carlos MalheirosFátima Fernandes RodriguesLuiz Gonzaga Bertelli, Milton Paulo de Carvalho, Dirceu de Mello e Ricardo Mariz de Oliveira.
Também esteve presente no evento o presidente a OAB/SP, Luiz Flávio D’Urso,que ressaltou a importância da criação da entidade.
“Aplaudo a iniciativa, que é muito importante, pois congrega juristas que estão em pleno exercício das várias carreiras da Justiça e com objetivos comuns. Já me vinculei como sócio fundador da Ujucasp. Acredito que a constituição da justiça deve estar calcada no princípio de fé que comungamos.”
Entidades que congregam juristas católicos já existem em outros Estados do Brasil. Todas estão articuladas com a União Internacional de Juristas Católicos, com sede em Roma (Itália).

sexta-feira, 16 de março de 2012

ATENÇÃO!! Desembargadores se organizam pela volta dos crucifixos!

 
Umberto Trezzi- jornal Zero Hora
Retirados dos prédios do Judiciário estadual gaúcho por determinação do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça (TJ), os crucifixos podem fazer uma reaparição lenta e gradual nos tribunais. É que cresce entre os desembargadores um movimento pelo retorno do símbolo máximo do cristianismo aos locais de julgamento
A retirada dos crucifixos dos prédios do Judiciário começou no dia 10, após decisão unânime tomada pelos cinco desembargadores que compõem o Conselho da Magistratura.
Os magistrados acolheram pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e outras entidades de defesa dos direitos de homossexuais, no sentido de que o Estado é laico e não deve manter símbolos religiosos nos seus prédios. Os desembargadores entenderam que deve ocorrer separação entre Igreja e Estado. A decisão só vale para o Judiciário (foi tomada em âmbito administrativo, interno) e provoca polêmica. Inclusive entre os juízes.

Zero Hora ouviu integrantes do Judiciário que não se importam com a presença de símbolos cristãos nas salas da Justiça. Dois deles, os desembargadores Alexandre Mussoi Moreira Carlos Cini Marchionatti, já determinaram que o crucifixo seja recolocado nas salas onde eles atuam.

Moreira, que atua na 4ª Câmara Cível do TJ, diz que o assunto ainda não transitou em julgado (não tem decisão definitiva) e a retirada dos símbolos foi precipitada.

Até sexta-feira cabem recursos internos, no Conselho da Magistratura, contra a retirada das cruzes.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Não devemos nada ao feminismo, diz jovem filósofa.

 

Na coluna “Tendências / Debates”, da Folha de S. Paulo (08.03.12), a jovem filósofa especialista em Renascença e mestre em ciências da religião pela PUC-SP Talyta Carvalho defendeu verdades que poucos tem a coragem de afirmar em alto e bom som.
Eis alguns tópicos de seu corajoso e clarividente artigo:
O ponto da discussão é: em que medida a consequência do feminismo, para a mulher contemporânea, foi o estrangulamento da liberdade de escolha?
Explico-me.
Por muito tempo, as feministas reivindicaram a posição de luta pelos direitos da mulher, exceto se esse direito for o direito de uma mulher não ser feminista.
Ilude-se quem pensa que na academia há um ambiente propício à liberdade de pensamento.
Como mulher e intelectual, posso afirmar sem pestanejar: nunca precisei “lutar” contra meus colegas para ser ouvida, muito pelo contrário.
A batalha mesmo é contra as colegas mulheres, intolerantes a qualquer outra mulher que pense diferente ou que não faça da “questão de gênero” uma bandeira.
Não ser feminista é heresia imperdoável, e a herege deve ser silenciada.
Outro direito que a mulher do século 21 não tem, graças ao feminismo, é o direito de não trabalhar e escolher ficar em casa e cuidar dos filhos — recomendo, sobre a questão, os livros Feminist Fantasies, de Phyllis Schlaffly, e Domestic Tranquility, de F. Carolyn Graglia.
Na esfera econômica, é inviável para boa parte das famílias que a esposa não trabalhe.
Na esfera social, é um constrangimento garantido quando perguntam “qual a sua ocupação?”.
A resposta “sou só dona de casa e mãe” já revela o alto custo sóciopsicológico de uma escolha diferente daquela que as feministas fizeram por todas as mulheres que viriam depois delas.

terça-feira, 13 de março de 2012

Pode um cristão praticar Yoga?

Para seu interesse, ReL reproduziu um artigo sobre a relação entre yoga e do cristianismo pelo professor Joel S. Peters, que leciona teologia católica em uma escola secundária no Instituto Montvale, New Jersey (Estados Unidos).
***
“Não é raro nestes dias se ver publicidade e promoção de yoga, existem muitos livros sobre yoga , existem muitos sites da Internet que tratam de filosofia e prática, e os seminários são rotineiramente oferecidos em academias, clubes de saúde e até mesmo algumas instituições “católicas”
Na verdade alguns cristãos incorporaram yoga em suas vidas e não vem nada de errado em praticar yoga e ficariam até surpresos ao saber que representa uma ameaça espiritual de qualquer tipo.
“Existe uma grande ignorância sobre yoga” É precisamente por causa dessa ignorância sobre yoga – da parte dos cristãos professos – eu decidi  escrever este artigo. Eu não tenho nenhuma dúvida de que a vasta maioria dos crentes que praticam ioga são ignorantes da sua verdadeira natureza e propósito e eles provavelmente o veem  como “apenas um exercício.” Mas é aí que reside seu maior perigo.
Quando a ioga é reduzida a uma mera disciplina física com pouca ou nenhuma relação aos seus fundamentos espirituais, corremos o risco de ser enganados sobre algo que pode ter influência significativa no nosso bem-estar espiritual.
Afinal, O que é yoga? “As origens da Yoga remonta a 5.000 anos e os seus princípios são distribuídos através da transmissão oral. Esta tradição foi eventualmente cometido à escrita e, em seguida, yoga fez a sua aparição nos quatro textos antigos hindus conhecidas como Vedas , o mais antigo dos quais data de 1500 aC , mais tarde, um homem chamado Patanjali compilou e codificou a quantidade total de conhecimento sobre yoga. Fontes discordam sobre quando isso aconteceu, com datas que vão desde o século IV aC ao século II dC.
O seu trabalho, chamado Yoga Sutra, é o texto oficial sobre yoga , reconhecido por todas as escolas.
Hinduísmo e yoga são indissociáveis! “O “yoga” palavra deriva da raiz sânscrita yuj, que significa“união” ou “jugo”O sânscrito é a antiga língua do hinduísmo e, portanto,não deveria ser surpreendente saber que o yoga está intimamente ligado com essa religião . Na realidade, o significado de “yoga” é muito semelhante ao da palavra latina “religio”, da qual deriva a nossa palavra “religião” – que significa “manter” ou “ligar-se”.Para ambas as palavras, a implicação clara é que a pessoa tenha “união” a algo espiritual.
Mais significativo ainda é a razão que o yoga se desenvolveu. ” No hinduísmo existem três caminhos para a salvação : obras (rituais, obrigações e cerimônias que contribuem para um do mérito),conhecimento (compreensão de que a verdadeira causa do mal e da miséria não é pecado, mas a ignorância sobre a verdadeira natureza da nossa existência) e devoção (o culto de deuses e deusas hindus).
“Yoga é um sistema de filosofia hindu “, dentro dele há três escolas de filosofia: Vedanta, Sankhya e Yoga . Então, claramente colocado, a ioga é um sistema de filosofia hindu projetado para levar o praticante à iluminação espiritual ou salvaçãoDentro desse processo, o mecanismo específico é o uso de posturas físicas (asanas), juntamente com exercícios respiratórios que são especificamente concebidos para melhorar a meditação e alterar o estado da consciência para que o praticante possa alcançar a união com “realidade mais elevada.
Está fora do objetivo deste artigo lidar com os diferentes tipos de yoga, é importante notar que, apesar de que os componentes dentro de seus ramos possam variar, seu objetivo final é o mesmo, ou seja, a alteração da consciência para atingir um estado espiritual.
Yoga e religião tem forte relação. Considere os seguintes exemplos de alguns autores que tentam separar a prática física da religiosa: ” . Yoga não é uma religião, pois pode ser praticado em harmonia com qualquer crença religiosa “ . (Rammurti S. Mishra, Fundamentos de Yoga)
“Yoga” é uma abordagem holística sobre como viver a nossa vidas. Ela nos leva a uma nova forma de vida. não uma religião, para que ele possa ser combinado com qualquer religião para aumentar a riqueza de qualquer tradição “(Mischala Joy Devi, O Caminho de Cura Yoga).
” Algumas pessoas pensam que o yoga é ginástica, exemplificados pelo headstand, a postura de lótus, outros acham que é um sistema de meditação. No entanto há aqueles que olham, talvez com medo, como uma religião . Todos estes estereótipos são falsos. ” (Georg Feuerstein e Stephan Bodian, editores, Living Yoga).
“Mas o que é yoga? não apenas o relaxamento, meditação ou apenas um método respiratório; não apenas cruzar as pernas, fechar os olhos, colocar os polegares e índices e “OM …” cantarem e certamente não um culto ou uma religião “ (Larry e Richard Payne Usatine, Yoga Rx).
Se a ioga não é realmente uma ação religiãosa, então como explicar o fato de que ela tem um papel proeminente nos Vedas, o Bhagavad-Gita e os Upanishads , que são os livros sagrados hindus?
Assim, essas negações refletem a ignorância, na melhor das hipóteses, por parte desses autores (o que é insustentável à luz do nível destes mestres de yoga) e na pior das hipóteses, uma distorção deliberada do que realmente é yoga …Ambas as explicações têm problemas.
Por que a prática do yoga é um problema para o cristão? “No coração do hinduísmo existe a visão de mundo monista – que defende que toda a realidade é, em última análise uma e ela tem um “essência” comum de Deus. Em outras palavras, meu próprio ser ou identidade é realmente a mesma identidade como todos os outros seres.
Embora os rótulos variam de acordo com esta substância (por exemplo, a consciência cósmica universal, eterna, etc.), O mesmo conceito básico, ou seja, é que o universo é entendido como um poder eterno, divino e espiritual , e que todos entidades existentes – incluindo os humanos – são extensões da mesma. 
Yoga é o veículo que une o praticante (masculino = yogi, feminino = Yogini) com esta energia cósmica
A tarefa do iogue é, portanto, dupla: (1) rejeitar a noção como  ”errada” que cada pessoa é um ser único diferente do resto da criação, e (2) “tornar-se um “com esta energia cósmica conhecido como uma realidade maior  e totalizante.
A visão acima é estranha – até mesmo diametralmente oposta – a visão cristã. Assim, o contexto real que define o yoga é desviado radicalmente a partir da percepção cristã da realidade, através do qual o crente deve reconhecer certamente que: (a) é de fato uma criação única de Deus ( b) nem o homem nem o universo criado é divino, e (c) o propósito da vida é o crescimento em relação do Criador com um pessoal, amorosa, divina, embora eternamente distinto do que foi criado, ele chama em comunhão com ele. A discrepância entre esses dois pontos de vista não poderia ser maior .
E sobre os benefícios de saúde de yoga? “Mas não é possível alcançar benefícios físicos da yoga para além dos aspectos religiosos? Esta pergunta é enganosa e revela um certo desconhecimento do autor da pergunta. É enganosa, porque pressupõe que podem surgir é uma dicotomia entre as posturas físicas do yoga e da espiritualidade por trás , em sua verdadeira natureza.O corpo e  o espiritual caminham juntos. “sugerem que se pode obter apenas benefícios físicos da yoga, sem ser afetado – de alguma forma – para a sua fundação espiritual .
Yoga não é primariamente o relaxamento do corpo , mas o uso de meios físicos para atingir um fim espiritual.
Portanto, a questão de separar o físico do espiritual é realmente uma contradição em termos. De fato, se se consulta a enorme quantidade de material disponível, torna-se patentemente claro que as considerações relativas aos benefícios físicos são secundários . Normalmente, a ioga é apresentada como sendo principalmente para atualizar o potencial espiritual, atingir a “liberdade”, transcendendo o ego e assim por diante. Yoga tem um componente espiritual independentemente do consciente “
Seria como se um católico perguntasse se se pode receber a Eucaristia e não ser parte de algo religioso.
Ou pensar o contrário. Se um ateu  consome uma Hóstia Consagrada podemos argumentar que recebeu o Corpo de Cristo? Podemos dizer que simplesmente foi “submetido a mecanismos físicos” para receber, mas não se envolveu em uma atividade espiritual?
Tecnicamente falando, a Eucaristia é uma realidade espiritual independente das crenças do destinatário, o mesmo é verdadeiro na yoga. Assim como a presença real de Cristo está contida dentro da hóstia consagrada, independentemente de saber se alguém acredita ou não, do mesmo modo a ioga tem um componente espiritual que é real, independentemente do propósito específico do praticante, ou dos efeitos físicos positivos. ” Mas espere “- você disse -” Eu estive praticando yoga há algum tempo, e como resultado eu me tornei mais calmo e tem tido um efeito no meu bem-estar físico positivo.
Bem, mais uma vez não posso negar as ” boas”  conseqüências físicas da yoga, mas eu suspeito que os seus efeitos espirituais podem ser mais sutis e, portanto, mais evasivo de identificar. Note-se que os seres humanos são espíritos encarnados, de modo que quando nos envolvemos em uma atividade espiritual que deve, naturalmente, produzir algum tipo de resultado.
O barômetro final de qualquer prática espiritual do ponto de vista católico é se este esforço leva a uma profunda relacionamento com Cristo!
A Igreja Católica formalmente tem algo a dizer sobre yoga? “Sim. Na Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da Meditação Cristã, 1989 (a seguir: “aspectos”), a Congregação para a Doutrina da Fé se concentra em várias práticas espirituais orientais e sua inclusão na vida espiritual dos cristãos.
Numa nota de rodapé na página 2 afirma especificamente que “A expressão ‘métodos orientais’. São considerados métodos inspirados pelo hinduísmo e o budismo, como o ‘Zen’, a ‘meditação transcendental’ ou ‘Yoga ‘. m
“Embora este documento não condene expressamente o yoga, recomendada cautela na utilização de práticas espirituais, meditaçãoou mística que são desprovidas de um contexto marcadamente cristão, por exemplo, o número 12 diz: “Estas e outras propostas para harmonizar a meditação cristã com técnicas orientais precisam ser continuamente monitoradas com discernimento cuidadoso do conteúdo e método, para evitar cair no sincretismo “.
Ele também afirma que os aspectos físicos (por exemplo, posturas de yoga) ” podem afetar a nossa espiritualidade : “A experiência humana mostra que a posição e atitude do corpo não são sem influência no recolhimento e disposições do espírito.Este é um fato para que a atenção tem sido dada alguns escritores espirituais do Oriente e do Ocidente cristão. “(# 26) Não deve ser confundido com o Espírito Santo “De todas as observações do documento, o mais digno de atenção é tão cru quanto a isso euforia espiritual e física – o que deve resultar da prática de yoga – nem sempre o que parece ser: “Alguns exercícios físicos automaticamente produzem uma sensação de calma e relaxamento, sensações agradáveis, talvez até fenômenos de luz e calor semelhantes a um ser espiritualidentificar isso com as consolações autênticas do Espírito Santo seria uma forma totalmente errada de conceber a vida espiritual .
Dar-lhes um significado simbólico típico da experiência mística, quando a condição moral da pessoa em causa não corresponde com ele, representam uma espécie de esquizofrenia mental que também poderia levar a perturbação psíquica e, às vezes, a desvios morais. “(# 28) É Difícil conciliar Cristianismo com yoga “
Em 2003, o Pontifício Conselho da Igreja Católica para o Diálogo Inter-religioso publicou um documento intitulado Jesus Cristo: Portador da Água da Vida. Embora focado no movimento do Nova Era, encontramos novamente incluído o tema da yoga: “Entre as tradições que desaguam a Nova Era estão as antigas práticas de ocultismo egípcio, a Cabala , o gnosticismo dos primeiros cristãos, o Sufismo, a sabedoria dos druidas, o cristianismo Celtic, a alquimia medieval, renascentista hermetismo, zen-budismo, yoga, etc “.. (# 2.1) “
Como no documento que o precedeu, aconselha cuidados no uso de práticas não-cristãs.
Seria imprudente e falso dizer que tudo ligado a esse movimento é bom, ruim ou tudo o que lhe diz respeito. No entanto, dada a visão subjacente da religiosidade Nova Era em geral é difícil de conciliar com a doutrina cristã e da espiritualidade . “(# 2) Um estado de consciência alterada “Essa” visão subjacente “carrega uma semelhança impressionante com a visão hindu de mundo e muitos dos termos e conceitos utilizados no movimento da Nova Era, essencialmente, transmitir a mesma realidade que é o objetivo do Yoga: um estado alterado de consciência, que é como um meio para uma experiência espiritual transcendente.
Além disso, a própria noção de seres humanos que se fundem com a consciência cósmica divina contradiz o que a Igreja diz sobre uma experiência real mística: “Para abordar esse mistério de união com Deus, que os Padres gregos chamado de divinização do homem, e de apreender com precisão a maneira pela qual elas são feitas, é preciso primeiro lembrar que o homem é essencialmente uma criatura, por isso nunca será possível absorção do ser humano no ser divino, mesmo nos mais elevados estados de graça. “( Aspectos , # 14, grifo do autor)
Pode a ioga ajudar-nos a orar?
Para os cristãos que queiram utilizar as técnicas de meditação da yoga como uma preparação ou uma ajuda à oração, devemos estar conscientes da verdadeira natureza de toda a atividade espiritual, “Aoração cristã é sempre determinada pela estrutura da fé cristã , em que brilha a verdade de Deus e a criatura. Assim configurado, propriamente falando, como um diálogo pessoal, íntimo e profundo, entre o homem e Deus. Ela expressa, portanto, a comunhão das criaturas redimidas com a vida íntima das Pessoas da Trindade “(Aspectos, # 3).
“Devemos ser igualmente cuidadosos com a diferença fundamental para cristãos e hindus a cerca das experiências místicas:” Para os cristãos A vida espiritual é uma relação com Deus que está se tornando cada vez mais profunda com a ajuda da graça , em um processo que também ilumina o relacionamento com nossos irmãos.
“Espiritualidade”,no conceito da Nova Era significa experimentar estados de consciência dominados por um sentido de harmonia e de fusão com o Todo . Assim, “misticismo” não se refere a um encontro com o Deus transcendente na plenitude do amor, mas a experiência engendrada, girando sobre si mesma , um sentido exultante de estar em comunhão com o universo, a individualidade, vamos afundar no grande oceano do Ser “. ( Transportadora , # 3,4)
Há outros riscos associados com ioga? “Sim Lembre-se que aspectos afirmaram que uma discrepância entre uma experiência mística e o estado de alma de uma pessoa pode levar a “Os distúrbios psíquicos.”
Em outras palavras, uma pessoa que está tendo uma experiência mística não profundamente baseada em Cristo poderá enfrentar algumas anomalias graves espirituais . Não deve nos surpreender, então, ao descobrir que os fenômenos psíquicos são essenciais para o “benefícios” de yoga. Poderes ocultos condenados por Deus “.
Por exemplo, Rammurti S. Mishra (citado acima) afirma que através do yoga uma pessoa pode” adquirir o poder de ver e saber, sem a ajuda de outras maneiras … “” saber eventos passados ​​e eventos futuros … “,” abrir o terceiro olho em você, que é chamado … “olho divino” [a] “auras de experiência e corpos astrais que” vêm para servir o iogue [] “e obter poderes de clarividência e visão.
Basta folhear as páginas do Antigo Testamento para ver que tais habilidades são poderes muito ocultos e são condenados por Deus no Deut mais inequívoca e contundente. (Lev. 19:26,31. 18:09 -14; 2 Reis 17:13-15, 17-18, 2 Crônicas 33:1-2,6) “
Dos quatro professores de yoga acima mencionados, Mishra não está sozinho em dizer que a ioga pode desenvolver as habilidades nota psíquica ou submeter uma pessoa a fenômenos psíquicos.
Feuerstein e Bodian  afirmam que as experiências possíveis através do yoga incluem ” sonho lúcido, estado sem corpo, clarividência e outros poderes psíquicos , bem como ecstasy, estados místicos, e no ápice do todos eles de nascimento “.
Em”Silva, Mira e Shyam Mehta, Yoga: O Caminho Iyengar, somos informados de que” estados superiores de consciência [de yoga] … resultam em sabedoria espiritual. Eles também oferecem várias realizações sobrenaturais (siddhis), de acordo com o objetivo da meditação.
Dadas estas admissões feitas por professores de yoga, de que sua prática é um desenvolvimento inevitável de habilidades psíquicas – na verdade, é o seu verdadeiro objetivo –  o cristão que a pratica vive  um sério dilema moral e espiritual: deve desenvolver uma atividade cujo objetivo principal é cultivar “poderes” que Deus expressamente condena? não evitando o fato de que Yoga promove esses recursos e não podemos esconder o fato de que Deus nos diz que eles são espiritualmente nocivos para suas criaturas.
A Yoga tem uma opinião contrária ao cristianismo, está intrinsecamente baseada em uma filosofia evisão de que são substancialmente contrário para a fé cristã . Sua finalidade expressa é alcançar estados alterados de consciência que levam a um “nascimento” espiritual.
…E pensávamos que a ioga era apenas um exercício físico. “