quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fundador da Obra de Maria é eleito presidente da FRATER




A Comunidade Obra de Maria e a Renovação Carismática Católica do Brasil tem a alegria de comunicar que Gilberto Gomes Barbosa, fundador da Comunidade Obra de Maria, foi eleito o novo presidente da Fraternidade Católica, a FRATER, na última quarta-feira (30), em Assis, na Itália.

Gilberto Barbosa deixa a presidência da FRATER no Brasil, a qual é assumida por Aluízio Nóbrega, fundador da Comunidade Face de Cristo, e assume a Fraternidade Católica em âmbito mundial procedendo o atual presidente, Matteo Calisi, fundador da Comunidade de Jesus.

Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém do Pará e Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL, também acompanhou a eleição na Itália. Gilberto Barbosa ainda terá um encontro com o Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica, o ICCRS.

A Fraternidade Católica, fundada pelo Pontifício Conselho para os Leigos em 1990, é o órgão de serviço criado com a missão de atender as Novas Comunidades Carismáticas Católicas de Vida e Aliança. Seu objetivo principal é promover a comunhão, partilha e ajuda mútua entre seus membros.

Unamo-nos em oração por esta nova missão na vida deste fundador, Gilberto Barbosa e por todas as Comunidades Carismáticas Católicas do mundo.

Com notícias da RCCBrasil

Homilia do Papa: São Paulo, exemplo de amor a Cristo

Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta quinta-feira, na Capela São Sebastião, no interior da Basílica Vaticana, onde está sepultado o bem-aventurado João Paulo II.
Todas as quintas-feiras, um grupo de fiéis poloneses participa da celebração Eucarística, na Capela São Sebastião, onde descansam os restos mortais de seu compatriota Karol Wojtyla. Mas, hoje, a celebração foi presidida pelo Papa Francisco, que pronunciou uma homilia, partindo das leituras da Liturgia do dia.
Em sua reflexão, o Santo Padre destacou dois aspectos principais: a “segurança de São Paulo”, em relação ao amor a Cristo, e a “tristeza de Jesus” em relação a Jerusalém.
A respeito da “segurança de Paulo”, o Bispo de Roma citou as palavras do próprio Apóstolo: “Ninguém poderá me separar do amor de Cristo”, Com efeito, Paulo amava tanto o Senhor, porque o havia visto, encontrado e mudado a sua vida por ele, a ponto de declarar este seu amor inseparável a Cristo.
Por causa deste amor, o Senhor tornou-se o centro da sua vida; nada o separou do amor a Cristo: nem as perseguições, as enfermidades, as traições, todas as vicissitudes da sua vida. O amor a Cristo era seu ponto de referência. E o Papa acrescentou:
“Sem o amor de Cristo, sem viver este amor, sem reconhecê-lo, nutrir-nos deste amor, não podemos ser cristãos. O cristão é aquele que se sente atraído pelo olhar do Senhor, se sente amado e salvo pelo Senhor até o fim”.
Depois desta relação de amor de Paulo com Cristo, o Pontífice citou um segundo aspecto, extraído da Liturgia da Palavra de hoje: a “tristeza de Jesus” ao olhar Jerusalém e ao chorar por ela. Jerusalém não havia entendido o amor e a ternura de Deus. Ela não soube ser fiel a Jesus, não se deixou amar e tampouco amou o Senhor. Aliás, o rejeitou. E o Papa explicou:
“Estes dois ícones de hoje: por um lado, Paulo, que permaneceu fiel ao amor de Jesus, até o fim, suportando tudo por amor. Não obstante, sentia-se pecador, mas, ao mesmo tempo amado pelo Senhor. Por outro, a cidade e o povo infiel, que não aceita o amor de Jesus ou o aceita à metade, segundo a própria conveniência”.
Por isso, o Bispo de Roma exortou os fiéis presentes na celebração Eucarística, a imitarem a figura de São Paulo, a sua coragem, que vem do amor a Jesus; a contemplarem a fidelidade do Apóstolo e a infidelidade de Jerusalém. E concluiu: que o bem-aventurado João Paulo II nos ajude a imitar o amor que o Apóstolo Paulo nutria por Jesus.
Fonte: news.va

Morre Ignacio Larrañaga, fundador das ‘Oficinas de Oração e Vida’.

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Os capuchinhos do Chile informaram que o conhecido sacerdote franciscano Ignacio Larrañaga faleceu ontem no México, após uma longa vida marcada por uma experiência pastoral profunda como pregador, escritor, diretor espiritual, organizador de conferências, cursos e retiros. Um de seus maiores apostolados foi o das Oficinas de Oração e Vida.
Através do Facebook, os capuchinhos do Chile destacaram que “nesta manhã partiu para a casa do Painosso irmão Ignacio Larrañaga, conhecido por seus livros espirituais e a fundação das Oficinas de Oração e Vida”. O sacerdote, explicam,“encontrava-se no México, dando retiros e conferências, quando na madrugada de hoje foi encontrado sem vida”. “Quando tivermos mais detalhes de seus funerais, informaremos por este meio. Encomendamos a sua oração para nosso irmão que tanto bem fez à Igreja”, concluem.
O padre Ignacio Larrañaga, sacerdote franciscano, capuchinho de origem espanhola, nasceu em Loyola, no dia 4 de maio de 1928. Foi ordenado sacerdote em Pamplona e, por alguns anos, desenvolveu seu ministério sacerdotal em seu país de origem.
Enviado ao Chile, desde muito jovem, desenvolveu uma obra pastoral imensa, como pregador, escritor e organizador de conferências, cursos, retiros.
Em 1965, fundou o Centro de Estudos Franciscanos e Pastorais para a América Latina (CEFEPAL), desenvolvendo ao longo de uma década uma intensa atividade animadora, na linha franciscana e na renovação conciliar, em diversos países da América Latina e Espanha.
Em 1974, no Brasil, iniciou um método de evangelização chamado “Encontro de Experiência de Deus”, de seis dias de duração, que realizou durante 23 anos, contando com a participação de dezenas de milhares de pessoas, delegando depois esta tarefa evangelizadora para os casados de diferentes países, que hoje em dia prosseguem.
Desde o ano de 1984, iniciou a obra considerada a mais importante de sua vida: as Oficinas de Oração e Vida, cuja fundação e consolidação dedicou aproximadamente dez anos, escrevendo dois livros fundamentais para o seu eficaz funcionamento: o ‘Manual do Guia das Oficinas de Oração e Vida’ e ‘Estilo e Vida dos Guias’, e gravando sete cassetes com a mesma finalidade.
O padre Larrañaga também é autor de 16 livros que alcançaram numerosas edições e que foram traduzidos para 10 idiomas. Entre seus escritos destacam-se: “Mostra-me o teu rosto”, “O irmão de Assis”, “O pobre de Nazaré”, “Salmos para a vida”, “O silêncio de Maria”, “Do sofrimento à paz”, “O casamento feliz”.
A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 29-10-2013. A tradução é do Cepat.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Papa Francisco: Comunhão dos Santos é uma verdade consoladora da nossa Fé


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Dezenas de milhares de peregrinos acolheram com grande alegria o Papa Francisco para a audiência geral desta quarta-feira. O Santo Padre propôs uma catequese sobre a comunhão dos santos:

“… hoje gostaria de falar de uma realidade muito bela da nossa fé, ou seja,a ‘comunhão dos santos’. O Catecismo da Igreja Católica recorda-nos que com esta expressão entendem-se duas realidades: a comunhão às coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas. Atento no segundo significado: trata-se de uma verdade entre as mais consoladoras da nossa fé, pois que nos recorda que não estamos sós mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo.”
Este segundo significado – disse o Papa Francisco – lembra-nos que a comunhão dos santos tem como modelo a relação de amor que existe entre Cristo e o Pai no Espírito Santo: é o amor de Deus que nos une e purifica dos nossos egoísmos, dos nossos juízos e das nossas divisões internas e externas.
“A Igreja, na sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga numa comunhão fraterna.”
Ao mesmo tempo – continuou o Santo Padre – também experimentamos que a comunhão com os irmãos leva-nos à comunhão com Deus. De fato, nos momentos de incerteza e mesmo de dúvida, precisamos do apoio da fé dos outros, sobretudo, nos momentos de dificuldade – disse o Papa Francisco – que afirmou ser muito importante abrirmo-nos aos outros:
“Como é belo apoiarmo-nos uns aos outros na aventura maravilhosa da fé! Digo isto porque a tendência a fecharmo-nos no privado influenciou também o âmbito religioso e, assim, muitas vezes é custoso pedir ajuda espiritual aos que conosco partilham a experiência cristã. Quem de nós não experimentou inseguranças, perdas e mesmo dúvidas no caminho da fé? Tudo isto não deve espantar-nos, porque somos seres humanos, marcados por fragilidades e limites.”
Finalmente – o Papa Francisco considerou – ser importante lembrar que a comunhão dos santos não acaba com a morte: todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e os santos que estão no Paraíso formam uma grande família, que se mantém unida através da intercessão de uns pelos outros.
“Esta comunhão entre o Céu e a Terra realiza-se especialmente na oração de intercessão.” “… um cristão tem que ter a alegria de ter tantos irmãos batizados que conosco caminham e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no Céu e rezam por nós. Em frente e com alegria!”
O Papa Francisco saudou todos os peregrinos presentes e em especial referiu-se aos grupos de língua portuguesa provenientes de Portugal, de Timor Leste e do Brasil.
No final da audiência o Papa Francisco fez um apelo pela paz no Iraque:
“No final da Audiência saudarei uma delegação da superintendência iraquiana, com representantes dos diversos grupos religiosos que constituem a riqueza do país, acompanhada pelo Cardeal Tauran, Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso. Convido-vos a rezar pela querida nação síria infelizmente marcada quotidianamente por trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade.”

Fonte: news.va

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Papa pede para que nos libertemos de cômodos clericalismos




A esperança não é otimismo, mas uma “ardente expectativa” em direção à revelação do Filho de Deus. Esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta.

Tomando como estímulo as palavras de S. Paulo na Primeira Leitura do dia, o Papa Francisco interroga-se: O que é a esperança para um cristão? Não é fácil compreender o que é realmente a esperança – disse o Santo Padre – mas podemos, desde logo, saber aquilo que não é. Seguramente não é otimismo:

A esperança não é otimismo, não é aquela capacidade de olhar para as coisas com bom ânimo e andar para a frente. Não, aquilo é otimismo, não é esperança. Nem a esperança é uma atitude positiva perante as coisas. Aquelas pessoas luminosas, positivas... Isto é bom, mas não é esperança. Não é fácil perceber bem o que é a esperança. Diz-se que é a mais humilde das três virtudes, porque se esconde na vida. A fé vê-se, sente-se, sabe-se o que é. A caridade faz-se e sabe-se o que é. Mas o que é a esperança? Para nos aproximarmos um pouco, podemos dizer, em primeiro lugar, que a esperança é um risco, é uma virtude arriscada, é uma virtude, como diz S. Paulo ‘de uma ardente expectativa em direção à revelação do Filho de Deus’. Não é uma ilusão.

A esperança é, portanto, mais do que otimismo, mais do que bom ânimo... Os primeiros cristãos – recordou o Santo Padre – consideravam a esperança como uma âncora na margem do Além. E a nossa vida é, precisamente, caminhar em direção a esta âncora – sublinhou o Papa Francisco:

Vem-me à mente a pergunta: onde estamos nós ancorados, cada um de nós? Estamos ancorados precisamente na margem daquele oceano tão distante ou estamos ancorados num lago artificial que nós construímos com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais? Estamos ancorados ali? Tudo cômodo, tudo seguro? Aquilo não é a esperança.

“Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais que isso. Penso em Maria, uma moça jovem, que depois que ela sentiu que era mãe mudou a sua atitude e vai, ajuda e canta aquele hino de louvor. Quando uma mulher engravida é mulher, mas já não é só mulher, é mãe. E a esperança é qualquer coisa como isto.”


Fonte: Radio Vaticano

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Francisco na homilia matutina: Jesus continua intercedendo por nós, mostrando ao Pai as suas chagas

 
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Jesus continua a rezar e a interceder por nós, mostrando ao Pai o preço da nossa salvação, ou seja, as suas chagas. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da Missa que ele celebra todas as manhãs na sua residência.

O centro da homilia foi o trecho em que Jesus passa toda a noite rezando ao Pai antes de escolher os doze Apóstolos. “Jesus organiza o seu time – destacou o Papa – e logo depois é cercado por uma grande multidão que veio para ouvi-lo e ser curada. São as três relações de Jesus, observa o Pontífice: com o Pai, com os seus Apóstolos e com as pessoas. E Cristo reza ainda hoje:
Ele é o intercessor, aquele que reza e pede a Deus conosco e diante de nós. Jesus nos salvou, somos justos graças a Ele. Agora Ele se foi, mas reza. Jesus não é um espírito! Jesus é uma pessoa, é um homem, com carne como a nossa, mas na glória. Jesus tem suas chagas nas mãos, nos pés, e quando reza mostra ao Pai o preço da salvação.
Num primeiro momento, explicou Francisco, Cristo fez a redenção, nos salvou. Agora, Jesus intercede e reza por nós. “Penso no que Pedro sentiu quando o renegou e depois Jesus olhou para ele e chorou. Ele sentiu que Jesus tinha rezado por ele e por isso se arrependeu. “Nós, irmãos, devemos rezar uns pelos outros”, disse o Papa, exortando todos nós a pedirmos a intercessão de Cristo:
Ele reza por mim; Ele reza por todos nós e reza corajosamente porque mostra ao Pai o preço da nossa salvação: as suas chagas. Pensemos nisso e agradeçamos ao Senhor. Agradeçamos por ter um irmão que reza conosco, por nós, que intercede por nós. E falemos com Jesus, dizendo: ‘Senhor, Tu és o intercessor, me salvastes, me justificastes. Mas agora, reza por mim’. E confiemos os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas, para que Ele os leve ao Pai.
Fonte: Rádio Vaticano

Papa Francisco convida a meditar sobre as caraterísticas da família cristã


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A oração familiar é a primeira caraterística fundamental da vida de uma família cristã, disse o Papa Francisco na sua homilia, durante a celebração eucarística de enceramento da Peregrinação da Família no Ano da fé, esta manhã na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e famílias provenientes das diversas partes do mundo.

O texto do Evangelho deste domingo, diz o Papa, põe em evidência dois modelos de oração: um que é um modelo falso, o do fariseu e o outro modelo que é o autêntico, o do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime ação de graças a Deus pelos seus benefícios e pela sua misericórdia, mas sim a auto satisfação. De facto, o Fariseu se considera justo, bondoso e fortificado deste seu ser justo e bondoso ele julga os outros. O publicano pelo contrário, não multiplica as palavras, a sua oração é simples e humilde porque permeada pela consciência da própria indignidade , da sua miséria humana e por isso desejoso do perdão e da misericórdia de Deus.
<rezais algumas vezes em família? Algumas famílias o fazem certamente. Mas tantos perguntam-me: como se faz para rezar juntos em família? A oração é algo de pessoal e por outro lado não se encontra nunca um tempo apropriado, tranquilo para o efeito etc. Sim, é verdade, mas é também uma questão de humildade, de reconhecer que, tal como o publicano, também nós temos necessidade de Deus. Todas as famílias precisam de Deus, da sua misericórdia. E é preciso simplicidade! Rezar juntos a oração do Pai nosso durante as refeições. Isso é possível e não requer algo de extraordinário. Recitar juntos o terço em família é bonito, dá tanta força e rezar uns para os outros. A oração fortifica a família>>.

A segunda caraterística fundamental da vida de uma família cristã, disse o Papa, é a família como santuário da fé, o lugar onde se conserva a fé. Na segunda Carta à Timóteo, o apostolo Paulo afirma ter conservado a fé. Mas como a conservou, perguntou ainda o Papa Francisco?<<Não num cofre. Não a escondeu num lugar subterrâneo como fez o servo preguiçoso. S. Paulo comparou a sua vida àquela de uma batalha e de corrida. Ele conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas anunciou-a irradiou-a, levou-a aos confins da terra. Ele se opos decididamente, de forma vigorosa a todos aqueles que a queriam conservar, aqueles que queriam imbalsamar a mensagem de Cristo limitando-a aos meros confins da Palestina. Por isso ele fez opções corajosas, foi para territórios hostís, deixou-se provocar por todos aqueles que vivivam em lugares longínquos, de culturas diferentes, falou com franqueza sem medo. S. Paulo conservou a fé porque tal como a recebeu, doou-a, andando nas periferias e sem nunca permanecer nas posições difensivas>>. Daí, que também a partir deste exemplo de S. Paulo, cada família pode perguntar-se: de que maneira nós preservamos a nossa fé? A conservamos só para nós, nas nossas famílias como um bem privado, um conmto bancário ou somos capazes de partilhá-la mediante o testemunho da nossa vida de acoglimento, de abertura aos outros. Recordando por conseguinte o frenesím das famílias jóvens desta nossa era, o Papa chamou a atenção do fato que também nesta corrida pode haver espaço para uma corrida, um frensim da fé”. 
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Finalmente, o Papa Francisco salintou como terceira carateristica da vida da família cristã, a alegria: a família como lugar da vida na alegria. E neste sentido disse o Papa: <<A verdadeira alegria que se vive na família não é algo de superficial, não provém das coisas, das circunstâncias mais ou menos favoráveis. A verdadeira alegria provém da harmonia profunda que reina entre pessoas, aquela alegria que todos sentem no fundo do seu coração e que os faz viver a beleza de estarem juntos, ajudarem-se mútuamente no caminho da vida. Mas na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus na família, o seu amor misericordioso, respeitoso de todos. Só Deus sabe criar a harmonia das diferenças>>.
Neste sentido o Papa recordou a todos que quando falta o amor de Deus também a família corre o risco de perder a harmonia, prevalendo por consiguinte no seio familiar, o inidividualismo que é sinal do fim da alegria. Por isso é necessário, exortou ainda o Papa, que as famílias vivam sempre com fé e simpliciodade como a Sagrada Família de Nazaré.
No final da celebração, o Santo Padre dirigiu-se, em oração, num “olhar de admiração e confiança”, à Sagrada Família de Nazaré, nela contemplando – disse – “a beleza da comunhão do amor verdadeiro” e recomendando todas as famílias.
À Família de Nazaré, “atraente escola do santo Evangelho”, o Papa pediu que a todos ensine uma “sapiente disciplina espiritual”, dando “o olhar límpido que sabe reconhecer a obra da Providência nas realidades quotidianas da vida”.

A oração do Papa a Jesus, Maria e José prosseguiu invocando da Sagrada Família “a estima do silêncio” que torne as famílias “cenáculos de oração, transformando-as em pequenas Igrejas domésticas, renovando o desejo de santidade, mantendo a nobre fadiga do trabalho, da educação, da escuta, da compreensão recíproca e do perdão”.
E concluiu esta oração nos seguintes termos:
“Sagrada Família de Nazaré, restabelece na nossa sociedade a consciência do carácter sagrado e inviolável da família, bem inestimável e insubstituível. Que cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz para as crianças e para os idosos, para quem está doente ou sozinho, para quem é pobre e necessitado. Jesus, Maria e José, nós vos rezamos confiadamente, a vós nos confiamos com alegria.  E ainda antes de concluir a celebração com a bênção final, o Santo Padre dirigiu uma saudação afectuosa a “todos os peregrinos, especialmente a vós, queridas famílias, vindas de tantos países”…
Saudou também expressamente os Bispos e fiéis da Guiné Equatorial, vindos a Roma por ocasião da ratificação do Acordo com a Santa Sé:

“Que a Virgem Imaculada proteja o vosso amado povo e vos obtenha a graça de progredir no caminho da concórdia e da justiça”
Introduzindo a recitação da tradicional oração do Angelus, o Papa quis confiar especialmente à Virgem “as famílias do mundo inteiro, de modo particular as que vivem situações de maior dificuldade”. E repetiu, por três vezes, com a imensa assembleia presente na Praça de São Pedro: “Maria, Rainha das Famílias, rogai por nós!”

Já depois da bênção, o Papa desejou a todos bom domingo e… um bom almoço…Vi auguro buona domenica e buon pranzo. Arrivederci!
Fonte: news.va

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CATEQUESE com Papa Francisco - 23 de outubro de 2013




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Continuando as catequeses sobre a Igreja, hoje gostaria de olhar para Maria como imagem e modelo da Igreja. Faço isso retomando uma expressão do Concílio Vaticano II. Diz a Constituição Lumen gentium: “Como já ensinava Santo Ambrósio, a Mãe de Deus é figura da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (n. 63).

1. Partamos do primeiro aspecto, Maria como modelo de fé. Em que sentido Maria representa um modelo para a fé da Igreja? Pensemos em quem era a Virgem Maria: uma moça judia, que esperava com todo o coração a redenção do seu povo. Mas naquele coração de jovem filha de Israel havia um segredo que ela mesma ainda não conhecia: no desígnio do amor de Deus estava destinada a tornar-se a Mãe do Redentor. Na Anunciação, o Mensageiro de Deus chama-a “cheia de graça” e lhe revela este projeto. Maria responde “sim” e daquele momento a fé de Maria recebe uma luz nova: concentra-se em Jesus, o Filho de Deus que dela se fez carne e no qual se cumprem as promessas de toda a história da salvação. A fé de Maria é o cumprimento da fé de Israel, nela está justamente concentrado todo o caminho, toda a estrada daquele povo que esperava a redenção, neste sentido é o modelo da fé da Igreja que tem como centro Cristo, encarnação do amor infinito de Deus.

Como Maria viveu esta fé? Viveu na simplicidade das mil ocupações e preocupações cotidianas de toda mãe, como fornecer o alimento, a vestimenta, cuidar da casa… Justamente esta existência normal de Maria foi terreno onde se desenvolveu uma relação singular e um diálogo profundo entre ela e Deus, entre ela e o seu Filho. O “sim” de Maria, já perfeito desde o início, cresceu até o momento da Cruz. Ali a sua maternidade se espalhou abraçando cada um de nós, a nossa vida, para nos guiar ao seu Filho. Maria viveu sempre imersa no mistério de Deus feito homem, como sua primeira e perfeita discípula, meditando cada coisa no seu coração à luz do Espírito Santo, para compreender e colocar em prática toda a vontade de Deus.
Podemos fazer-nos uma pergunta: deixamo-nos iluminar pela fé de Maria, que é nossa Mãe? Ou a pensamos distante, muito diferente de nós? Nos momentos de dificuldade, de provação, de escuridão, olhamos para ela como modelo de confiança em Deus, que quer sempre e somente o nosso bem? Pensemos nisso, talvez nos fará bem encontrar Maria como modelo e figura da Igreja nesta fé que ela tinha!

2. Vamos ao segundo aspecto: Maria modelo de caridade. De que modo Maria é para a Igreja exemplo vivo de amor? Pensemos em sua disponibilidade para com a prima Isabel. Visitando-a, a Virgem Maria não lhe levou somente uma ajuda material, também isto, mas levou Jesus, que já vivia em seu ventre. Levar Jesus àquela casa queria dizer levar a alegria, a alegria plena. Isabel e Zacarias estavam felizes pela gravidez que parecia impossível em sua idade, mas é a jovem Maria que leva a eles a alegria plena, aquela que vem de Jesus e do Espírito Santo e se exprime na caridade gratuita, no partilhar, no ajudar, no compreender.

Nossa Senhora quer trazer também a nós o grande presente que é Jesus e com Ele nos traz o seu amor, a sua paz, a sua alegria. Assim é a Igreja, é como Maria: a Igreja não é um negócio, não é uma agência humanitária, a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar Cristo e o seu Evangelho a todos; não leva a si mesma – se pequena, se grande, se forte, se frágil, a Igreja leva Jesus e deve ser como Maria quando foi visitar Isabel. O que levava Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igreja, levar Jesus! Se por hipótese, uma vez acontecesse que a Igreja não levasse Jesus, aquela seria uma Igreja morta! A Igreja deve levar a caridade de Jesus, o amor de Deus, a caridade de Jesus.

Falamos de Maria, de Jesus. E nós? Nós que somos a Igreja? Qual é o amor que levamos aos outros? É o amor de Jesus, que partilha, que perdoa, que acompanha, ou é um amor aguado, como se diluísse o vinho com água? É um amor forte ou frágil, tanto que segue as simpatias, que procura um retorno, um amor interessado? Outra pergunta: Jesus gosta do amor interessado? Não, não gosta, porque o amor deve ser gratuito, como o seu. Como são as relações nas nossas paróquias, nas nossas comunidades? Nós nos tratamos como irmãos e irmãs? Ou nos julgamos, falamos mal uns dos outros, cuidamos de cada um como o próprio jardim, ou cuidamos uns dos outros? São perguntas de caridade!

3. Brevemente um último aspecto: Maria modelo de união com Cristo. A vida da Virgem Maria foi a vida de uma mulher do seu povo: Maria rezava, trabalhava, ia à sinagoga… Mas cada ação era cumprida sempre em união perfeita com Jesus. Esta união alcança o ponto alto no Calvário: aqui Maria se une ao Filho no martírio do coração e na oferta da vida ao Pai pela salvação da humanidade. Nossa Senhora fez sua a dor do Filho e aceitou com Ele a vontade do Pai, naquela obediência que dá frutos, que dá a verdadeira vitória sobre o mal e sobre a morte.

É muito bonita esta realidade que Maria nos ensina: ser sempre mais unidos a Jesus. Podemos perguntar-nos: nós nos lembramos de Jesus somente quando algo não vai bem e temos necessidade ou a nossa relação é constante, uma amizade profunda, mesmo quando se trata de segui-Lo no caminho da cruz?

Peçamos ao Senhor que nos doe a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida e na vida de cada comunidade eclesial reflita-se o modelo de Maria, Mãe da Igreja. Assim seja!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Igreja celebra memória litúrgica de João Paulo II, futuro santo



João Paulo II faleceu aos 84 anos e foi beatificado seis anos após sua morte
Nesta terça-feira, 22, a Igreja celebra a memória litúrgica do beato João Paulo II. A data coincide com o início de seu ministério petrino, em 22 de outubro de 1978. Neste ano, a celebração ganhou um tom especial, já que fiéis em todo o mundo vivem a expectativa pela canonização do beato, que será em 27 de abril de 2014.

Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978. Com um dos pontificados mais longo da história – quase 27 anos como Sucessor de Pedro - o Papa polaco cativou fiéis em todo o mundo com sua simpatia.

Seu pontificado foi marcado por intensas atividades. Pode-se citar a conclusão da redação do Código de Direito Canônico, reformulado com base no Concílio Vaticano II, e a redação e promulgação do Catecismo da Igreja Católica (CIC). Em termos de número, visitou 129 países, escreveu 14 encíclicas, proclamou 476 santos e 1.318 beatos.

Uma atenção especial foi dedicada por João Paulo II à juventude. Em 1984, no Encontro Internacional da Juventude com o Papa, na Praça São Pedro, ele entregou aos jovens a Cruz, que seria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), instituída por ele mesmo em 1985.

O Pontífice também enfrentou momentos difíceis. Em 13 de maio de 1981, foi vítima de um atentado na Praça São Pedro. O tiro que o atingiu submeteu-o a uma delicada cirurgia com extração de parte do intestino. Em julho de 1992, precisou de uma nova internação hospitalar, desta vez para retirar um pequeno tumor também no intestino. Em 1994, em consequência de uma queda, fraturou o fêmur.

Após 84 anos de vida e quase 27 à frente da Igreja católica, João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005. Ele foi beatificado em 1º de maio de 2011 em cerimônia presidida pelo então Papa Bento XVI na Praça São Pedro.

Fonte: Canção Nova

Papa reflete sobre caminhos que ajudam a entender o mistério de Deus


Papa reflete sobre caminhos que ajudam a entender o mistério de Deus
Contemplação é um dos passos, segundo o Papa, que ajuda a entender melhor o mistério de Deus / Foto: Arquivo-Rádio Vaticano
A homilia do Papa Francisco nesta terça-feira, 22, na Casa Santa Marta, desenvolveu-se a partir de termos como contemplação, proximidade e abundância para compreender o mistério de Deus. O Santo Padre explicou que não se pode entendê-lo somente com a inteligência e que o grande “desafio” do Pai Celeste é inserir-se na vida humana para curar as chagas do homem, como fez Jesus.
Partindo da Primeira Leitura do dia, ele explicou que quando a Igreja quer dizer algo sobre o mistério de Deus usa somente uma palavra: “maravilhoso”. “Contemplar o mistério, isto que Paulo nos diz aqui, sobre nossa salvação, sobre nossa redenção, somente se entende de joelhos, na contemplação. Não somente com a inteligência. Quando a inteligência quer explicar um mistério sempre se torna louca!”.
A proximidade também ajuda, segundo Francisco, a entrar no mistério de Deus. Ele lembrou como Deus está próximo ao homem, desde o primeiro momento até imergir-se na vida humana através de seu Filho Jesus.
“Pra mim, vem a imagem da enfermeira em um hospital: cura as nossas feridas uma a uma, mas com as suas mãos. Deus se envolve, coloca-se nas nossas misérias, aproxima-se das nossas chagas e as cura com as suas mãos (…) Deus não nos salva somente por um decreto, uma lei; salva-nos com ternura, com carícias, salva-nos com a sua vida, por nós”.
Quanto à terceira palavra – abundância – o Pontífice disse que onde há abundância de pecado há superabundância de graça. Lembrando que os homens têm os seus pecados, ele explicou que o “desafio” de Deus é vencer isto, curando as chagas, como fez Jesus.
“A graça de Deus sempre vence, porque é Ele mesmo que se doa, que se aproxima, que nos acaricia, que nos cura (…) Este mistério não é fácil de entender, não se entende bem somente com a inteligência. Somente, talvez nos ajudarão estas palavras: contemplação, proximidade e abundância”.
Fonte: Radio Vaticano

Francisco na missa matutina: A ganância destrói as relações

A ganância, pensar só no dinheiro destrói as pessoas, destrói as famílias e as relações com os outros: foi o que disse o Papa esta manhã durante a Missa na Casa Santa Marta. O convite não é escolher a pobreza em si mesma, mas utilizar as riquezas que Deus nos dá para ajudar quem precisa.
Comentando o Evangelho do dia, em que um homem pede a Jesus que ajude a resolver uma questão de herança com o seu irmão, o Papa fala sobre a nossa relação com o dinheiro:
Isso é um problema de todos os dias. Quantas famílias destruídas vemos pelo problema do dinheiro: irmão contra irmão; pai contra filho… E esta é a primeira consequência desse atitude de desejar dinheiro: destrói! Quando uma pessoa pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro destrói! É assim ou não? O dinheiro é necessário para levar avante coisas boas, projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa.
Jesus conta a parábola do homem rico, que vive para acumular “tesouros para si mesmo e não é rico para Deus”. A advertência de
Jesus é para manter-se diante de toda cupidez: É isso que faz mal: a cupidez na minha relação com o dinheiro. Ter mais, mais e mais… Isso leva à idolatria, destrói a relação com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude que se chama ganância. Esta ganância também provoca doença… E no final – isso é o mais importante – a cupidez é um instrumento da idolatria, porque vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, se fez pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o abaixar-se para servir. Ao invés, a cupidez nos leva para a estrada contrária: leva um pobre homem a fazer-se Deus pela vaidade. É a idolatria!
Por isso – prossegue o Papa –, Jesus diz coisas tão fortes contra esta atitude de posse em relação ao dinheiro. Ele nos diz que não se pode servir a dois senhores: ou a Deus ou ao dinheiro. Diz que não devemos nos preocupar, pois o Senhor sabe do que precisamos, e nos convida “ao abandono confiante no Pai”. O homem rico da parábola continua a pensar somente nas riquezas, mas Deus lhe diz: “Insensato, esta noite ser-te-á reclamada a alma!”. “Esta estrada contrária a de Deus – conclui o Papa – é uma insensatez, que nos leva para longe da vida, destrói qualquer fraternidade humana”:
O Senhor nos ensina qual é o caminho: não é o caminho da pobreza pela pobreza. Não! É o caminho da pobreza como instrumento, para que Deus seja Deus, para que Ele seja o único Senhor! Não o ídolo de ouro! E todos os bens que temos, o Senhor nos dá para que levemos avante o mundo, a humanidade, para ajudar os outros. Que fique hoje no nosso coração a Palavra do Senhor: ‘Cuidado e mantenham distância de toda cupidez, porque mesmo que alguém viva na abundância, a sua vida não depende daquilo que possui’.
Fonte: News.va

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Papa: “A luta contra o mal é dura e longa, requer paciência e resistência”

A luta contra o mal é dura e longa, requer paciência e resistência”: foi o que recordou o Papa Francisco, na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro. “Assim – explica o Santo Padre – há uma luta que deve ser levada avante todos os dias. Deus está ao nosso lado, a fé n’Ele é a força, e a oração é a expressão da fé”.
Inspirando-se na parábola da viúva que pede com insistência a um juiz desonesto para ter justiça, o Papa observa:

“Clamar dia e noite” a Deus! Impressiona-nos esta imagem da oração. Mas vamos nos perguntar: por que Deus quer isso? Ele já não conhece as nossas necessidades? Que sentido tem “insistir” com Deus? Esta é uma boa pergunta, que nos faz aprofundar um aspecto muito importante da fé: Deus nos convida a rezar com insistência não porque não sabe do que precisamos, ou porque não nos ouve. Pelo contrário, Ele ouve sempre e sabe tudo sobre nós, com amor.
No nosso caminho cotidiano, – continuou o Papa Francisco, especialmente nas dificuldades, na luta contra o mal fora e dentro de nós, o Senhor está ao nosso lado; nós lutamos com ele ao lado, e a nossa arma é precisamente a oração, que nos faz sentir a sua presença, a sua misericórdia, a sua ajuda.
Mas a luta contra o mal é difícil e longa, exige paciência e resistência – como Moisés, que tinha que levantar os braços para fazer vencer o seu povo (cf. Ex 17,8-13 ) . É assim: há uma luta que deve continuar a cada dia; Deus é o nosso aliado, a fé n’Ele é a nossa força, e a oração é a expressão da fé.
Por isso, Jesus nos garante a vitória, mas pergunta: “O Filho do homem quando vier, encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18:08 ). Se se apaga a fé, se se apaga a oração, e nós caminhamos nas trevas, nos perdemos no caminho da vida, disse o Papa.
Francisco continuou dizendo que devemos aprender da viúva do Evangelho a rezar sempre, sem se cansar:
“Era notável esta viúva! Ela sabia lutar pelos seus filhos! E penso em tantas mulheres que lutam por sua família, que rezam, que não se cansam jamais. Uma recordação, hoje, todos nós, a essas mulheres que com o seu comportamtento nos dão um verdadeiro testemunho de fé, de coragem, um modelo de oração. Uma recordação a elas! Rezar sempre, mas não para convencer o Senhor com a força da palavras! Ele sabe melhor do que nós do que precisamos! A oração perseverante é ao invés a expressão de fé em um Deus que nos chama a lutar com ele, cada dia, cada momento, para vencer o mal com o bem”.

Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou que neste domingo comemoramos o Dia Mundial das Missões. Qual é a missão da Igreja, perguntou? Difundir em todo o mundo a chama da fé, que Jesus acendeu no mundo: a fé em Deus, que é Pai, Amor, Misericórdia. O método da missão cristã – acrescentou – não é fazer proselitismo, mas o da chama compartilhada que aquece a alma.
O Pontífice agradeceu a todos aqueles que, através da oração e da ajuda concreta apóiam o trabalho missionário, em especial, a preocupação do Bispo de Roma pela difusão do Evangelho.
“Neste dia estamos próximos a todos os missionários e missionárias, que trabalham muito sem fazer barulho, e dão a vida. Como a italiana Afra Martinelli, que trabalhou por muitos anos na Nigéria: dias atrás, foi assassinada, num assalto; todos choraram, cristãos e muçulmanos. Ela proclamou o Evangelho com a vida, com o trabalho que realizou, um centro de educação; assim espalhar a chama da fé, combateu o bom combate!”

Em seguida o Santo Padre recordou Stefano Sándor, que neste sábado foi beatificado em Budapeste. “Ele era um salesiano leigo, exemplar no serviço aos jovens, no oratório e na educação profissional. Quando o regime comunista fechou todas as obras católicas, – disse o Papa – ele enfrentou a perseguição com coragem, e foi morto aos 39 anos. Vamos nos unir à ação de graças da Família Salesiana e da Igreja húngara.
O Santo Padre expressou ainda sua proximidade às populações das Filipinas atingidas por um forte terremoto, e convidou todos a rezarem por aquela “querida nação, que recentemente sofreu diversas calamidades”.
O Papa Francisco saudou também os jovens que deram vida à manifestação “100 metros de corrida e de fé”, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura, recordando que “o crente é um atleta do espírito”!
Nas saudações conclusivas saudou o grupo de oração “Raio de Luz”, do Brasil e as Fraternidades da Ordem Secular Trinitária (SP)

Fonte:news.va

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

‘Geração Y’, o futuro da Igreja

A paixão do Beato João Paulo II pelos jovens era nítida, e foi refletida em sua iniciativa de criar a Jornada Mundial da Juventude. Uma das frases que marcou o seu pontificado diz, justamente, sobre isso: “A Igreja só será jovem quando o jovem for Igreja”.
Também o Papa Bento XVI, em sua viagem ao Brasil em 2007, disse que os jovens não são o futuro da Igreja, mas sim o presente. Mas o grande questionamento é: “Qual o rosto jovem que podemos ver na Igreja hoje?”.
Nos últimos dez anos, 35 milhões de adolescentes deixaram a infância para trás e passaram a integrar o maior contingente de jovens que o Brasil já teve (IBGE 2011), o que contribuiu para a revolução das mídias sociais no nosso país.
Essa geração tem sede de um futuro promissor e, por isso, busca uma vida profissional estável e, principalmente, um espaço na sociedade, pois este é o desejo deles: serem ouvidos e respeitados.
Claro que tudo isso não vem por acaso. Em meio a tantos desejos, também surgem os questionamentos que podem intimidar os despreparados com as perguntas que não se satisfazem com simples respostas.
Aprenderam, ainda muito novos, que poderiam mudar o mundo. Por conta disso, acreditaram e se preparam para tal. E não é por acaso também que o Beato João Paulo II, durante um encontro com jovens na Praça de São Pedro, reproduziu a frase de Santa Catarina: “Jovens, se vocês forem o que devem ser, incendiarão o mundo!”
Eles são conhecidos popularmente como “Geração Y”, nasceram em um cenário sem a repressão política e economicamente estável, convivendo com a tecnologia desde muito cedo, o que gerou uma grande facilidade de adaptação.
Diariamente, em nossas paróquias e comunidades, convivemos a todo instante com esses jovens, mas será que estamos preparados para acolhê-los?
Há quem os acuse de mimados, egoístas, superficiais, mas, ao contrário do que nos parece, quando devidamente entendidos, esses jovens são fortes aliados na transformação. Por isso, trazem consigo características como:
  • Facilidade em trabalhar em equipe;
  • Convívio pacífico com a diversidade;
  • Praticidade na solução de problemas;
  • Criatividade;
  • Ousadia;
  • Originalidade.
Com certeza, eles serão responsáveis pelas próximas descobertas que facilitarão, ainda mais, nossas vidas. Em outras palavras, são sinais da modernidade, por isso, se sua paróquia não possui um site ou um canal de comunicação eficaz e interativo, como as redes sociais, essa é a hora de investir nos jovens e atribuir-lhes responsabilidades que condizem com sua personalidade.
Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), a Geração Y busca a realização desde cedo. E no estudo realizado com cerca de 200 jovens, 99% deles responderam que só participam de atividades que os realizam e seriam capazes de dizer ‘não’ a empregos que remuneram bem, porém, não trazem sentido a suas vidas.
Ou seja, eles são movidos por suas paixões. E quando bem direcionados, assim como ensina o YouCat, “uma paixão por servir ao bem ou a um hábito positivo, são atitudes interiores que podem se transformar em virtudes”.
Se formos analisar, algumas características de Jesus se identificam, até hoje, com o jovem da Geração Y (ousadia, verdade, senso de urgência em mudar o mundo, adaptação à realidade que está inserido, entre outras coisas).
Não podemos nos esquecer de que a vida pública do Senhor ocorreu durante Sua juventude e com todo vigor; assim, Ele marcou a história da humanidade. O jovem de hoje almeja fazer a sua parte, mas assim como temos um forte propósito, um exemplo a oferecer na Igreja Católica, o mundo moderno oferece inúmeros outros em uma linguagem mais adequada às suas realidades.
Por isso, entender os jovens desta geração e ir ao seu encontro é trazer para a nossa Igreja a renovação, a alegria e o dinamismo de que a evangelização tanto precisa.
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Audiência Geral: “Somos missionários. Uma Igreja fechada em si mesma trai sua própria identidade”


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Nesta quarta-feira, mais uma vez a Praça S. Pedro ficou lotada para a Audiência Geral com o Papa Francisco.

Antes das 10h, o Pontífice já estava em meio aos fiéis, a bordo do seu jipe, para cumprimentá-los com bênçãos, carinhos e aperto de mãos. Em sua catequese, o Papa falou de mais uma característica da Igreja professada no Credo: a apostolicidade. Professar que a Igreja é apostólica, explicou Francisco, significa destacar o elo profundo, constitutivo que ela tem com os Apóstolos. “Apostolo” é uma palavra grega que quer dizer “mandado”, “enviado”. Os Apóstolos foram escolhidos, chamados e enviados por Jesus, para continuar a sua obra. Partindo desta explicação, o Papa destacou brevemente três significados do adjetivo “apostólica” aplicado à Igreja.
Em primeiro lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada sobre a pregação dos Apóstolos, que conviveram com Cristo e foram testemunhas da sua morte e ressurreição. “Sem Jesus, a Igreja não existe. Ele é a base e o fundamento da Igreja”, recordou o Papa, afirmando que a Igreja é como uma planta, que cresceu, se desenvolveu e deu frutos ao longo dos séculos, mas mantêm suas raízes bem firmes em Cristo.
Em segundo lugar, a Igreja é apostólica, porque Ela guarda e transmite, com ajuda do Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, dando-nos a certeza de que aquilo em que acreditamos é realmente o que Cristo nos comunicou. “Ele é o ressuscitado e suas palavras jamais passam, porque Ele está vivo. Hoje Ele está entre nós, está aqui, nos ouve. Ele está no nosso coração. E esta é a beleza da Igreja. Já pensamos em quanto é importante este dom que Cristo nos fez, o dom da Igreja, onde podemos encontrá-Lo? Já pensamos que é justamente a Igreja – no seu longo caminhar nesses séculos, apesar das dificuldades, dos problemas, das fraquezas, os nossos pecados – que nos transmite a autêntica mensagem de Cristo?”
Enfim, a Igreja é apostólica porque é enviada a levar o Evangelho a todo o mundo. De fato, a palavra apóstolo significa “enviado”. Esta é uma bela responsabilidade que somos chamados a redescobrir: a Igreja é missionária e não pode ficar fechada em si mesma.
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Papa Francisco, ao saudar um grupo de bombeiros presente na Praça São Pedro, acabou colocando o capacete da corporação.
“Insisto sobre este aspecto da missionariedade, porque Cristo convida todos a irem ao encontro dos outros. Nos envia, nos pede que nos movamos para levar a alegria do Evangelho. Devemos nos perguntar: somos missionários ou somos cristãos de sacristia, só de palavras mas que vivem como pagãos? Isso não é uma crítica, também eu me questiono. A Igreja tem suas raízes, mas olha sempre para o futuro, com a consciência de ser enviada por Jesus. Uma Igreja fechada trai sua própria identidade. Redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica.”
Após a catequese, o Pontífice saudou os peregrinos de língua portuguesa, em especial os fiéis brasileiros de São José dos Campos, Santos e São Paulo. Em polonês, recordou os 35 anos da eleição à Sé de Pedro de João Paulo II.
Fonte: news.va

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Papa na missa matutina: “Adorar Deus para amar ao próximo”

A idolatria e a hipocrisia não poupam a vida cristã. O Papa Francisco alertou, esta manhã, para ambos os ‘vícios’, na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta. Para não ceder à tentação destes pecados, o Pontífice recomenda a prática dos Mandamentos do amor a Deus e ao próximo.
Mais uma vez, a liturgia da missa inspira o Papa a uma reflexão sobre as ‘armadilhas’ com que os fiéis convivem dia a dia. Francisco parte das palavras de São Paulo para estigmatizar o pecado da idolatria, que preferem “adorar as criaturas que o Criador”:

“O egoísmo do próprio pensamento, o pensamento onipontente… eu penso a verdade e faço a verdade com o meu pensamento”.
Hoje, dois mil anos depois das críticas de São Paulo, a idolatria se manifesta em outras formas e modos:
“Ainda hoje existem muitos ídolos e muitos idólatras que se acham ‘sabidos’, inclusive entre nós, cristãos, que trocam a glória incorruptível de Deus com a imagem do próprio ‘eu’, as minhas idéias, a minha comodidade…”. “Jesus aconselha: não olhe as aparências, vá diretamente à verdade. Se é vaidoso, carreirista, ambicioso; se se vangloria de si mesmo porque se acha perfeito, pede um pouco de esmola e isto vai curar a sua hipocrisia. Esta é a estrada do Senhor: adorar Deus, amar Deus sobretudo, e amar o próximo. Tão simples, mas tão difícil”, completou o Papa.
Fonte: news.va

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Homilia do Papa na Missa de conclusão das Jornadas Marianas do Ano da Fé – 13 Outubro

«Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas» (Sl 97, 1).
Encontramo-nos hoje diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador.
Precisamente olhando Maria à luz das Leituras que acabámos de escutar, queria refletir convosco sobre três realidades: Deus surpreende-nos, Deus pede-nos fidelidade, Deus é a nossa força.
A primeira: Deus surpreende-nos. O caso de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, é notável: para se curar da lepra, vai ter com o profeta de Deus, Eliseu, que não realiza ritos mágicos, nem lhe pede nada de extraordinário. Pede-lhe apenas para confiar em Deus e mergulhar na água do rio; e não dos grandes rios de Damasco, mas de um rio pequeno como o Jordão. É uma exigência que deixa Naamã perplexo, surpreendido: Que Deus poderá ser este que pede uma coisa tão simples? A vontade primeira dele é retornar ao País, mas depois decide-se a fazê-lo, mergulha no Jordão e imediatamente fica curado. Vedes!? Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele.
Esta é a experiência da Virgem Maria: perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projetos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me!
Hoje perguntemo-nos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, nos meus projetos? Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo?
2. Na passagem lida de São Paulo, ouvimos o Apóstolo dizer ao seu discípulo Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo; se perseverarmos com Ele, também com Ele reinaremos. Aqui está o segundo ponto: lembrar-se sempre de Cristo, perseverar na fé. Deus surpreende-nos com o seu amor, mas pede fidelidade em segui-Lo. Pensemos quantas vezes já nos entusiasmámos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compromisso, mas depois, ao surgirem os primeiros problemas, abandonámos. E, infelizmente, isto acontece também com as opções fundamentais, como a do matrimônio. É a dificuldade de ser constantes, de ser fiéis às decisões tomadas, aos compromissos assumidos. Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os dias.
Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz. Estão aqui hoje muitas mães; pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz.
Sou um cristão intermitente, ou sou cristão sempre? Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Deus pede-nos para Lhe sermos fiéis, todos os dias, nas ações quotidianas; e acrescenta: mesmo se às vezes não Lhe somos fiéis, Ele é sempre fiel e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar a retomar o caminho, a voltar para Ele e confessar-Lhe a nossa fraqueza a fim de que nos dê a sua força.
3. O último ponto: Deus é a nossa força. Penso nos dez leprosos do Evangelho curados por Jesus: vão ao seu encontro, param à distância e gritam: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós» (Lc 17, 13). Estão doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure. E Jesus responde, libertando-os a todos da sua doença. Causa estranheza, porém, o fato de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz. O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força. É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.
Vejamos Maria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um ato de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: «A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua ação em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil! Nós quantas vezes dizemos obrigado em família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus.
Continuando a Eucaristia, invocamos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amen
Fonte: news.va