terça-feira, 30 de abril de 2013

Como se rouba em 2013

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Para começo de conversa, trago um caso hilariante, tirado de um vídeo que me foi enviado via internet. Como dizem os italianos, “se non è vero, è ben trovato”: se não é verdadeiro, pelo menos se presta para a ocasião!

Um homem estaciona o carro, desce do veículo e assalta uma farmácia. Enquanto está ocupado na rapina, nova surpresa: outro personagem aparece e leva o carro do ladrão. Ao voltar, ele olha de um lado para outro, sem acreditar no que via (ou melhor: no que não via!).

Enquanto, angustiado, procura o automóvel, surge novo larápio, que o imobiliza e lhe tira todo o dinheiro, deixando-o de mãos abanando.

Inconformado com o roubo do carro e da grana, o bandido vai até a delegacia para prestar queixas, mas, ali chegando, encontra o dono da farmácia. Acaba preso na hora.

Maurício Ferro, o “Bagulhinho” – este o seu nome de batismo e de guerra – disse que ficou impressionado com a violência: «Hoje em dia a violência é tanta, que você sai para assaltar e volta mais pobre ainda! A gente não pode levar a vida tranquilamente, está me entendendo? Roubaram meu dinheiro e meu carro novinho».

Repórter: «Diga-me uma coisa: você tinha acabado de comprar o carro?».
Bagulhinho: «Comprei nada, não! Roubei o carro ontem. Fazia um dia que estava comigo; era novinho. É pro senhor vê como estão as coisas, tá ligado? A malandragem é danada! Os caras não deixam a gente usufruir daquilo que conseguimos com o nosso suor. Esse bagulho não é maneiro não, doutor».
Repórter: «Mas, espera aí: se o carro não era seu, você está reclamando de quê?».

Bagulhinho: «Ué, do assalto em cima do meu assalto. Isso é falta de respeito».
Repórter: «Mas se nem o dinheiro era seu...».

Bagulhinho: «Como não era meu, doutor? O dinheiro era meu, sim! O dinheiro era meu, pô! Eu o roubei, é meu, fruto da minha falta de emprego».

Infelizmente, os roubos do Bagulhinho são “café pequeno” se comparados com as falcatruas que acontecem em todos os recantos do Brasil e em todas as camadas sociais. Um estudo realizado pela Federação das Indústrias de São Paulo, em 2011, revelou que os prejuízos sociais e econômicos trazidos pela corrupção ao país alcançam o valor de 69 bilhões de reais por ano.

Penso, porém, que, para uma inversão de rota, mais do que se contentar em apontar culpados, devamos lembrar o que Jesus disse a quem se preparava para apedrejar uma adúltera: «Jogue a primeira pedra quem estiver sem pecado!» (Jo 8,7). São tão frequentes e tão grandes os casos de malandragem noticiados pela imprensa, que se lhe poderiam aplicar – “mutatis mutandis” – as palavras com que o apóstolo João termina o seu evangelho: «Se fossem escritas uma a uma todas as coisas que Jesus fez, não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos» (Jo 21, 25). Até mesmo a religião pode se tornar um caminho fácil e eficaz para elevar o nível do próprio capital. Não foi por nada que, no dia 17 de janeiro de 2013, a revista Forbes incluiu algumas de suas lideranças entre os que mais enriquecem no Brasil.

É por esses e outros motivos que permanece sempre atual a reflexão feita pelo episcopado católico latino-americano em maio de 2007, durante a sua conferência de Aparecida: «Cabe assinalar, como grande fator negativo em boa parte da região, o recrudescimento da corrupção na sociedade e no Estado, envolvendo os poderes legislativos e executivos em todos os níveis, alcançando também o sistema judiciário que, muitas vezes, inclina seu juízo a favor dos poderosos e gera impunidade, o que coloca em sério risco a credibilidade das instituições públicas e aumenta a desconfiança do povo, fenômeno que se une a um profundo desprezo pela legalidade».

Quem sentiu tudo isso na pele foi Rui Barbosa (1849/1923). Por quatro vezes candidato à presidência da República – mas sempre derrotado por ser mais honesto do que rico – desabafou no final de sua vida: «De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver se agigantarem os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto!».

"O trabalho deve ser encarado como uma benção de Deus", afirma Bispo de Santa Cruz do Sul

Em um artigo intitulado "O dom do trabalho", dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, fala sobre a data que comemoramos na próxima quarta-feira, dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

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Segundo o prelado, para muitas pessoas vai ser apenas um feriado com a possibilidade de participar de festas promovidas pelas empresas, para outras é o dia de reverenciar São José, o padroeiro dos trabalhadores e celebrar as conquistas obtidas pelos trabalhadores. Ele também lembra aqueles que irão protestar contra as más condições de trabalho, contra os baixos salários pagos ou contra os direitos que estão sendo subtraídos com as políticas governamentais para conter as crises econômicas.

O bispo ainda explica que, em muitas oportunidades, os bispos do Brasil já manifestaram sua solidariedade e denunciaram situações injustas que afligem os trabalhadores propondo ações que favoreçam a prática da justiça social. Para ele, o mesmo ocorreu em nível de Igreja Católica Universal, quando papas publicaram importantes documentos sobre a realidade do mundo do trabalho, alertando para a exploração dos trabalhadores.

Refletindo sobre o dom do trabalho, dom Canísio afirma que durante muito tempo os cristãos entendiam o trabalho como castigo imposto por Deus por causa do pecado de Adão e Eva. Mas, de acordo com ele, nas últimas décadas, esta concepção foi revista e se começou a olhar para o trabalho como aquilo que dignifica a pessoa.

O texto inspirador é o Livro do Êxodo (20,9-10): "Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu animal, nem o estrangeiro que está em tuas portas".

Por fim, o bispo ressalta que os dias de trabalho a que o ser humano é chamado, culminam com o sábado, que é dia de descanso, e só tem direito ao descanso aquela pessoa que trabalhou. Por causa disso, completa ele, mais do que sofrimento, o trabalho deve ser encarado como uma benção de Deus. "É feliz a pessoa que consegue comer o pão obtido com o trabalho de suas mãos" (Sl 128,2).

"Sabendo que todos somos responsáveis, através do nosso trabalho, pela construção da sociedade nova, justa e fraterna, sonhada por Deus para seus filhos e filhas, pedimos que Deus, por intermédio do operário São José, que com o seu trabalho na oficina de Belém contribuiu para dar mais dignidade ao trabalho, abençoe os trabalhadores e as trabalhadoras", conclui.

Fonte: Gaudim Press 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Maioridade penal e violência por Dom Odilo Scherrer

 
Artigo de dom Odilo no Jornal O SÃO PAULO desta semana.
Maioridade penal e violência

Na semana passada, mais uma vez assistimos a fatos de violência inaudita, com acréscimos estarrecedores de maldade, como foi o caso da dentista “incendiada” num assalto no ABC Paulista, por não ter à mão a soma satisfatória para entregar aos larápios. Detalhe a mais: um menor assumiu a autoria da ação. Sempre mais crimes envolvem menores de idade. Não passa desapercebido, que muitos menores também são vítimas de ações criminosas, perdendo a vida precocemente.

De maneira inevitável, volta a discussão sobre a redução da idade penal no Brasil. Creio que a questão deva ser vista num contexto mais amplo, pois a simples imputação de responsabilidade criminal não é a verdadeira solução para o problema. Há que se perguntar sobre as razões dessa realidade preocupante, para tomar medidas para diminuir o fenômeno, se não se consegue erradicá-lo de vez.

Examinemos alguns fatores presentes no aumento da criminalidade juvenil. Muitos adolescentes, e até crianças, são “usados” por criminosos adultos, que se valem da não punibilidade de menores; isso mereceria penas bem mais severas aos eventuais “mandantes” e responsáveis de organizações criminosas, que manipulam ou envolvem menores.

Outro fato lamentável é que o crime compensa e, por isso, torna-se atraente para adolescentes e jovens, que vêem nele uma oportunidade de ganhar a vida; a ineficiência dos órgãos de segurança e de justiça, somada a persistentes fatos de corrupção, acaba abrindo espaços para a impunidade e para o desenvolvimento de organizações criminosas, que também arrebanham adolescentes e jovens. A escola, a formação profissional, o esforço disciplinado para conquistar o espaço na vida de maneira honesta perdem interesse para essa outra aposta para “vencer na vida”, geralmente ilusória e temerária; a maior parte dos adolescentes e jovens que entra no crime acaba eliminada bem antes de conquistar seu próprio “negócio”.

É preciso admitir também que há uma certa complacência cultural e social em relação ao crime; as pessoas sentem-se impotentes para reagir e lutar contra o crime e acabam se resignando numa atitude fatalista, achando que nada pode ser mudado. Fica-se com a consciência calejada diante das notícias diárias sobre chacinas, atos de violência e maldades de todo tipo. É nebulosa a consciência comum sobre o valor do bem e sobre o direito à justiça e à segurança. Vale a pena ser honesto? E o envolvimento de agentes de segurança e de justiça em atos de corrupção aumenta essa incerteza da sociedade.

Mas há um fator ainda mais preocupante. O crime é muito mais divulgado, quase em forma de apologia, do que a prática do bem e a educação para a vida virtuosa e honesta. É uma forma de educação subliminar para a vida desonesta. Alguém já viu nos Meios de Comunicação um apelo claro à prática da justiça, à honestidade, à virtude por iniciativa do Estado? Ou alguma chamada em que se diga claramente que os atos de violência, quaisquer que sejam, são reprováveis e devem ser evitados? Quem está educando para a prática do bem e para a vida honesta?

Mas quem ousa falar publicamente em honestidade e em virtude, sem ser logo tachado de “conservador” e “careta”? Neste caso, de maneira estranha, dir-se-á que isso é moralismo e que não é competência do Estado educar para atitudes morais e virtudes. E qual seria a educação que o Estado deve dar? Será o próprio Estado que, através de suas instâncias competentes, deverá investir pesadamente para reprimir e punir as ações criminosas. Não valeria a pena investir bem mais numa educação preventiva explícita contra a criminalidade? Por que a educação para a virtude e os comportamentos dignos não merece investimentos semelhantes aos encargos resultantes das condutas criminosas?

Há ainda um fator a ser considerado: se os desvios de conduta e as atitudes anti-sociais são fruto de uma deseducação social, deve-se acrescentar que também resultam de uma falta de educação de crianças e adolescentes por parte de quem deveria fazê-lo. Falo da família, que sempre de novo é cobrada quando aparece um menor infrator. Mas quem apóia a família e estimula os pais no cumprimento de seu dever? Prefere-se desmantelar a família e tirar-lhe a capacidade e até a competência para educar. Como podem ser educados os filhos de pais ausentes? Como pode educar uma família, cada vez mais desfigurada na sua natureza e competência? Como educar, se falta quase tudo em casa, se escola e família não interagem adequadamente? Como educar, se há estímulo aberto a toda sorte de promiscuidade sexual?

Falar em diminuição da “idade penal” pode ser uma reação de pânico diante de situações dolorosas, que merecem todo nosso respeito e solidariedade. Mas a solução para a criminalidade juvenil precisa ser vista num contexto mais amplo.

Francisco: "Vergonhar-se é a atitude do verdadeiro cristão".



Vergonhar-se dos próprios pecados é a virtude do humilde que se prepara para acolher o perdão de Deus: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã presidida na capela da Casa Santa Marta, com a participação de funcionários da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica e de algumas religiosas.

Comentando a primeira Carta de S. João, em que se diz que “Deus é luz e Nele não há trevas”, o Papa Francisco destacou que “todos nós temos obscuridades na nossa vida”, momentos “em que há escuridão em tudo, inclusive na própria consciência”, mas isso não significa caminhar nas trevas:

“Caminhar nas trevas significa estar satisfeito de si mesmo; estar convencido de que não precisa de salvação. Essas são as trevas! Olhem seus pecados, os nossos pecados: todos somos pecadores, todos… Este é o ponto de partida. Se confessamos nosso pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar.”

Isso é o que acontece no Sacramento da Reconciliação, afirmou Francisco, acrescentando que confessar não é como ir à tinturaria, para limpar a sujeira de nossas roupas:

“O confessionário não é uma tinturaria: é um encontro com Jesus que nos espera, que nos espera como somos. Temos vergonha de dizer a verdade, ‘fiz isso, pensei aquilo’, mas a vergonha é uma virtude verdadeiramente cristã e também humana... a capacidade de vergonhar-se é uma virtude do humilde.

Esta é a virtude que Jesus pede a nós: a humildade e a docilidade:

“Humildade e docilidade são como uma moldura da vida cristã. Um cristão vive sempre assim, na humildade e na docilidade. E Jesus nos espera para nos perdoar. Confessar não é como ir a uma “sessão de tortura”. “Não! Confessar-se é louvar a Deus, porque eu pecador fui salvo por Ele. E ele me espera para me repreender? Não, com ternura para me perdoar. E se amanhã fizer a mesma? Confesse-se mais uma vez... Ele sempre nos espera”.

Francisco então concluiu: “Que o Senhor nos dê esta graça, esta coragem de procurá-lo sempre com a verdade, porque a verdade é luz e não com as trevas das meias-verdades ou das mentiras diante de Deus. Que ele nos dê essa graça”. 

Fonte: Radio Vaticano

sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Pensar na vida depois da morte não é alienação", explica Francisco




“O caminho de fé não é alienação: prepara nosso coração para ver o maravilhoso rosto de Deus”: foi o que disse o Papa em sua homilia na missa presidida na Casa Santa Marta, onde reside. Como habitualmente, Francisco inspirou sua reflexão na liturgia do dia, que traz as palavras de Jesus aos discípulos: “Não se perturbe o vosso coração”.

“Estas palavras de Jesus são realmente lindas. No momento de se despedir, Jesus falou de coração a seus discípulos. Ele sabia que seus discípulos estavam tristes, percebia isso. Então começou a lhes falar como um amigo, comportando-se como um pastor. E disse: tenham fé em Deus e também em mim, e começou a lhes falar do céu, da pátria definitiva; que “estava indo preparar-lhes um lugar, que na casa do Pai havia muito lugar e que Jesus iria nos preparar um lugar”.

Francisco se interrogou: “o que significa isso? Alugar um quarto no céu?”. E respondeu: “preparar um lugar significa predispormo-nos a ver, a sentir e a entender a beleza daquilo que nos espera, da pátria para a qual nos encaminhamos”.

“Toda a vida cristã é um trabalho de Jesus e do Espírito Santo para nos preparar um lugar, preparar nossos olhos para ver... Os nossos olhos, os olhos de nossa alma, precisam ser preparados para verem o rosto maravilhoso de Jesus. É necessário preparar o nosso ouvido para ouvir as coisas e as palavras bonitas. Mas, principalmente, é preciso preparar o coração para amar, amar ainda mais”.

“No caminho da vida – ressaltou o Papa – o Senhor prepara nosso coração com provações, consolações, tribulações e coisas boas. Alguns pensam que esta idéia é uma alienação, que a vida é concreta e que não se sabe o que existe além dela...”. “Jesus, no entanto, nos diz que não é assim, insistindo “tenham fé em mim; o que digo é a verdade, não te engano”.

Francisco concluiu que “preparar-se ao céu é começar a saudá-lo de longe. Isto não é alienação, é a verdade, é deixar que Jesus prepare nosso coração e nossos olhos para tamanha beleza, para o caminho de retorno à pátria”.

Enfim, o Papa rezou para que o Senhor nos dê forte esperança, coragem e humildade para deixar que Ele prepare a nossa morada, a “morada definitiva em nosso coração, em nossos olhos e em nossos ouvidos”.

Fonte: Radio Vaticano

Viagem do Papa ao Rio em vias de definição final




A comitiva que avalia as propostas para a agenda do Papa Francisco no Brasil prosseguiu sua missão na tarde de quinta-feira, 25, com visitas ao Palácio Guanabara, Copacabana e Campus Fidei, em Guaratiba. A delegação é formada pelo responsável pelas viagens internacionais do Papa Francisco, Alberto Gasbarri, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, diretores da JMJ Rio2013 e representantes das três esferas de governo.

No Palácio Guanabara, uma reunião tratou do ato protocolar para recepcionar o Santo Padre. Em Copacabana e Guaratiba, foram feitas análises técnicas para utilização dos espaços. 

Durante a manhã, a comitiva passou pelas comunidades de Mangueira, Tuiuti, Jacarézinho, Mandela, Varginha e outras comunidades do Complexo de Manguinhos, na Zona Norte, para avaliar a viabilidade da visita do Papa; além da Quinta da Boa Vista, um dos pontos turísticos da cidade, que sediará a Feira Vocacional da JMJ Rio2013; e do Palácio da Cidade, que pode receber um encontro do Papa com esportistas.

Gasbarri chegou ao Rio de Janeiro, terça-feira, 23. A viagem ao Brasil cumpre uma agenda que visa definir o programa do Santo Padre durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro.

No primeiro dia ele participou de reuniões reservadas com Dom Orani João Tempesta, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, representantes dos governos federal, estadual e municipal, no Palácio São Joaquim e no auditório da Arquidiocese. 

De tarde visitou a Base Aérea do Galeão e o hotel Golden Tulip, em Copacabana. Ele confirmou a participação do Papa nos Atos Centrais da JMJ (Cerimônia de Acolhida ao Papa, Via Sacra, em Copacabana, Vigília e Missa de Envio, no Campus Fidei, em Guaratiba). O primeiro Ato Central da JMJ é a Missa de Abertura, presidida por Dom Orani, que ocorre sem a presença do Papa. 

Na quarta-feira 24, ele esteve em Aparecida (SP) e, também, visitou as instalações do Centro de Estudos do Sumaré, uma das possíveis residências do Sumo Pontífice durante a JMJ Rio2013, e o Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, antigo Venerável Ordem Terceira (VOT). A visita do Papa a um hospital foi sugerida ao Vaticano e está sendo estudada.

Fonte: Radio Vaticano

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Festa de S. Marcos: "Testemunhar o Evangelho com Humildade".



O Papa presidiu na manhã desta quinta-feira, na Casa Santa Marta, a Missa na Festa de S. Marcos Evangelista. Participaram alguns membros da Secretaria do Sínodo dos Bispos, acompanhados pelo Secretário-Geral, Dom Nikola Eterović, e um grupo de agentes da Gendarmeria Vaticana.

No centro da homilia do Papa, o trecho do Evangelho de São Marcos em que se narra a Ascensão de Jesus. O Senhor, antes de subir ao Céu, envia os apóstolos a anunciarem o Evangelho até os confins do mundo, não somente em Jerusalém ou na Galileia:

“Não: em todo o mundo. O horizonte… o horizonte vasto… E como se pode ver, esta é a missionariedade da Igreja. A Igreja vai avante com esta pregação a todos, em todo o mundo. Mas não avança sozinha, mas com Jesus. O Senhor trabalha com todos os que pregam o Evangelho. Esta é a magnanimidade que os cristãos têm que ter.”

A primeira Carta de S. Pedro – destaca o Papa – define o estilo cristão da pregação, que é o da humildade:

“O estilo da pregação evangélica tem esta atitude: a humildade, o serviço, a caridade e o amor fraterno. Esta palavra, conquistar, não é correta. Devemos pregar no mundo. O cristão não deve ser como os soldados que quando vencem a batalha fazem tabula rasa de tudo.”

O cristão – prossegue o Papa – “anuncia o Evangelho com o seu testemunho, mais do que com as palavras”:

“Quando nós agimos com esta magnanimidade e também com esta humildade, quando nós não nos assustamos com as coisas grandes, com o horizonte, mas nos importamos também com as coisas pequenas – a humildade, a caridade cotidiana – o Senhor confirma a Palavra. E devemos ir avante. O triunfo da Igreja é a Ressurreição de Jesus. Mas tem a Cruz, antes. Peçamos hoje ao Senhor que nos torne missionários na Igreja, apóstolos na Igrejas, mas com este espírito: uma grande magnanimidade e também uma grande humildade. Assim seja”.
 
Fonte: Radio Vaticano

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A que ponto chegamos?

Como a indiferença religiosa criou um mundo cada vez mais hostil à fé católica.

"Vivemos numa época em que são evidentes os sinais do secularismo. Deus parece ter desaparecido do horizonte de várias pessoas ou ter-se tornado uma realidade diante da qual o homem permanece indiferente" (Bento XVI)
 

As palavras acima pertencem ao Papa Emérito Bento XVI e foram proferidas no ano de 2011, durante uma Audiência Geral. Apesar do aparente pessimismo quanto à cultura moderna, o discurso do Santo Padre é preciso e, ao mesmo tempo, preocupante. Primeiro porque reflete sobre o avanço cada vez mais desenfreado do secularismo e do indiferentismo religioso. Segundo porque faz alusão aos sinais dessa nova cultura que, sob muitos aspectos, se apresenta de maneira violenta e agressiva contra a religião cristã.

Se no passado os gritos de ordem dos opositores da Igreja eram frequentemente recheados de bonitos apelos pela "tolerância", "pluralidade", "respeito" e "igualdade", hoje, a ação desses grupos não tem qualquer pudor de se valer de ofensas, injúrias e até violência física e verbal. Uma mostra do processo de imbecilização da sociedade que, infelizmente, parece caminhar a passos largos. Quando se coloca de lado a reta razão e se se deixa levar pelas ideologias utópicas, cheias de promessas de um "mundo melhor", o homem assume o risco de criar um ainda pior que o anterior. E a História é prova disso. 

No entanto, apesar do testemunho contundente do fracasso das ideologias revolucionárias, a quantidade daqueles que se decidem pelos modismos da época multiplica-se de uma maneira inaudita. Ao mesmo tempo, a repressão a tudo que se refere à religiosidade, seja em termos morais, seja culturais, tem quase status de cláusula pétrea dentro da agenda secularista. Achou um exagero? Então leia os casos a seguir!

Bruxelas - Bélgica - um bispo católico atacado por um grupo de mulheres seminuas protestando contra a "homofobia". (termo cunhado para rotular de preconceituoso qualquer crítica ao homossexualismo). A cena é chocante. Trata-se das ativistas do Femen e do arcebispo de Mechelen-Bruxelas, Dom Andre-Joseph Leonard, em mais um episódio grotesco da loucura feminista.

Durante uma conferência de Dom Leonard numa universidade da cidade, as senhoras desnudas invadiram o auditório e tacaram-lhe água, enquanto gritavam e blasfemavam de maneira histérica. Não obstante à agressão, Dom Leonard não reagiu e sequer lhes dirigiu o olhar. Respondeu apenas com um beijo na imagem da Virgem Santíssima.

 
Feministas Radicais do FEMEM invadem conferência e atacam Dom Andre-Joseph Leonard
 
Paris - França - uma tarde de domingo de Páscoa e uma família reunida no Jardim Luxemburgo para comemorar a festa cristã. É uma situação aparentemente normal. Mas havia um inconveniente, pelo menos para a militância gay. O pai, Franck Talleu, vestia uma camisa com a estampa de uma família tradicional. Foi o suficiente para que a polícia o abordasse e o levasse preso por ferir os sentimentos das minorias sexuais. Após ser liberado, Talleu se questionou ao dar uma entrevista para o jornal francês Le Figaro: "Se um único desenho de uma família em uma camiseta é imoral, o que dizer de um casal na rua de mãos dadas com seus filhos? Será que vão prender, multar todo mundo?"

 
Franck Talleu preso por vestir uma blusa com desenho de uma família tradicional.
 
Universidade do Estado de Ohio - Estados Unidos - um grupo pró-vida expõe imagens de bebês abortados quando, de repente, uma mulher decide destrui-las. "Vocês querem uma super população na Terra? Vocês realmente querem pagar impostos por bebês que são filhos de viciados em crack?", questionava a jovem, enquanto quebrava todas as placas do movimento pró-vida. Segundo o site LifeSiteNews, infelizmente, tem se tornado comum ataques de pessoas a favor do aborto a manifestações pacíficas de grupos em defesa da vida. No começo do mês, manifestantes que rezavam a bíblia em frente a uma clínica abortista do Estado de Mississipi foram abordados por um homem com duas facas. A intenção do rapaz era cortar os banners dos pró-vida. Apesar do susto, ninguém se feriu.

E no Brasil, nem é necessário recordar os vergonhosos ataques dos militantes gayzistas aos membros do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, durante uma pacífica manifestação contra o aborto e o "casamento" gay, em Curitiba-PR. As cenas ainda estão frescas na memória e provocam asco. São o triste retrato de uma geração que, à imagem e semelhança da manada de porcos do Evangelho, se atira em direção ao abismo cantando hinos de aleluia. 

Diante dessas más notícias, porém, a reação de muitos é de fraqueza e desânimo. E aqui, há de se fazer um mea culpa, pois se as coisas chegaram neste ponto, a responsabilidade, em grande parte, está nas costas de tantos católicos que mantiveram um silêncio escandaloso, quando, na verdade, deveriam ser os primeiros a se levantarem em defesa da cruz de Cristo. Mas será possível que Santa Catarina de Sena terá que vir à Terra de novo ensinar o povo cristão a ser homem? Para onde foi o profetismo e o testemunho dos mártires que durante séculos exalaram o odor da santidade com o derramamento de sangue?

Já Pio XII criticava a letargia espiritual dos católicos diante das investidas ameaçadoras do inimigo de Cristo. O Papa os chamava de "cadáveres ambulantes". Mas não, o cristão não é, nem pode ser um "cadáver ambulante", sua vocação é de ser sal da terra e luz do mundo. E somente um novo despertar da fé será capaz de modificar o rumo dessa época, que, terrivelmente, "jaz no maligno" (Jo 5, 19). "Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás"!

Fonte: Equipe Christo Nihil Praeponere

Catequese com Papa Francisco – 24/04/2013

Catequese com Papa Francisco - 24/04/2013
CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 24 de abril de 2013


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No Credo nós professamos que Jesus “de novo virá na glória para julgar os vivos e os mortos”. A história humana começou com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus e se conclui com o juízo final de Cristo. 

Muitas vezes nos esquecemos destes dois pólos da história, e sobretudo a fé no retorno de Cristo e no juízo final às vezes não é assim tão clara e forte no coração dos cristãos. Jesus, durante a vida pública, concentrou-se sempre na realidade da sua última vinda. Hoje gostaria de refletir sobre três textos evangélicos que nos ajudam a entrar neste mistério: aquele das dez virgens, aquele dos talentos e aquele sobre o juízo final. Todos os três fazem parte do discurso de Jesus sobre os fins dos tempos, no Evangelho de São Mateus.

Antes de tudo, recordamos que, com a Ascensão, o Filho de Deus levou para junto do Pai a nossa humanidade por Ele assumida e quer atrair todos a si, chamar todo mundo a ser acolhido entre os braços abertos de Deus, a fim de que, ao final da história, toda a realidade seja entregue ao Pai. Há , porém, este “tempo imediato” entre a primeira vinda de Cristo e a última, que é propriamente o tempo que estamos vivendo.

Neste contexto do “tempo imediato” coloca-se a parábola das dez virgens (cfr Mt 25,1-13). Trata-se das dez moças que esperavam a chegada do Esposo, mas estes demoram e elas adormecem. Ao anúncio repentino de que o Esposo está chegando, todas se preparam para acolhê-lo, mas enquanto cinco dessas, prudentes, levaram o óleo para alimentar as próprias lâmpadas, as outras, tolas, permanecem com as luzes apagadas porque não o têm; e enquanto o procuram chega o Esposo e as virgens tolas encontram fechada a porta que introduz à festa de casamento. Batem insistentemente, mas agora é tarde demais, o Esposo responde: não vos conheço. O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera pela sua chegada é o tempo que Ele nos dá, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes de sua vinda final; é um tempo de vigilância; tempo no qual devemos ter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade, no qual ter aberto o coração ao bem, à beleza e à verdade; tempo de viver segundo Deus, porque não conhecemos nem o dia, nem a hora do retorno de Cristo. Aquilo que nos foi pedido é para estarmos preparados para o encontro – preparados para um encontro, para um belo encontro, o encontro com Jesus – , que significa saber ver os sinais da sua presença, ter viva a nossa fé, com a oração, com os Sacramentos, ser vigilantes para não adormecermos, para não nos esquecermos de Deus. A vida de cristãos adormecidos é uma vida triste, não é uma vida feliz. O cristão deve ser feliz, a alegria de Jesus. Não nos adormeçamos!

A segunda parábola, aquela dos talentos, faz-nos refletir sobre a relação entre como usamos os dons recebidos de Deus e o seu retorno, no qual nos perguntará como os utilizamos (cfr Mt 25,14-30). Conhecemos bem a parábola: antes da partida, o patrão dá a cada servo alguns talentos, a fim de que sejam utilizados bem durante a sua ausência. Ao primeiro doa cinco, ao segundo dois e ao terceiro um. No primeiro dia de ausência, os dois primeiros servos multiplicam os seus talentos – estes são moedas antigas – , enquanto o terceiro prefere enterrar o próprio e conservá-lo intacto para o patrão. Com o seu retorno, o patrão julga os seus operários: elogia os dois primeiros, enquanto o terceiro é lançado às trevas exteriores, porque escondeu por medo o talento, fechando-se em si mesmo. Um cristão que se fecha em si mesmo, que esconde tudo aquilo que o Senhor lhe deu é um cristão … não é cristão! É um cristão que não agradece a Deus por tudo aquilo que lhe deu! Isto nos faz dizer que a espera pelo retorno do Senhor é o tempo de ação – nós estamos no tempo de ação – , o tempo no qual colher os frutos dos dons de Deus não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo no qual procurar sempre fazer crescer o bem no mundo. E em particular neste tempo de crises, hoje, é importante não se fechar em si mesmo, enterrando o próprio talento, as próprias riquezas espirituais, intelectuais, materiais, tudo aquilo que o Senhor nos deu, mas abrir-se, ser solidários, ser atentos ao outro. Na Praça, vi que há muitos jovens: é verdade isto? Há muitos jovens? Onde estão? A vocês, que estão no início do caminho da vida, pergunto: já pensaram nos talentos que Deus deu a vocês? Já pensaram em como podem colocá-los a serviços dos outros? Não enterrem os talentos! Apostem em grandes ideais, aqueles ideais que alargam o coração, aqueles ideais de serviço que tornam fecundos os vossos talentos. A vida não é dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos é dada para que a doemos. Queridos jovens, tenham uma grande alma! Não tenham medo de sonhar com coisas grandes!

Enfim, uma parábola sobre o trecho do juízo final, no qual vem descrita a segunda vinda do Senhor, quando Ele julgará todos os seres humanos, vivos e mortos (cfr Mt 25,31-46). A imagem utilizada pelo evangelista é aquela do pastor que separa as ovelhas dos cabritos. À direita estão colocados aqueles que agiram segundo a vontade de Deus, socorrendo o próximo que tem fome, sede, o estrangeiro, nu, doente, encarcerado – disse “estrangeiro”: penso que tantos estrangeiros que estão aqui na diocese de Roma: o que fazemos por eles? – enquanto para a esquerda vão aqueles que não socorreram o próximo.

Isto nos diz que nós seremos julgados por Deus sobre a caridade, sobre como o temos amado nos nossos irmãos, especialmente os mais frágeis e necessitados. Certo, devemos sempre ter bem presente que nós somos justificados, somos salvos pela graça, por um ato de amor gratuito de Deus que sempre nos precede; sozinhos não podemos fazer nada. A fé é, antes de tudo, um dom que nós recebemos. Mas para dar frutos, a graça de Deus pede sempre a nossa abertura a Ele, a nossa resposta livre e concreta. Cristo vem trazer-nos a misericórdia de Deus que salva. A nós é pedido para nos confiarmos a Ele, para corresponder ao dom do seu amor com uma vida boa, feita de ações animadas pela fé e pelo amor.

Queridos irmãos e irmãs, olhar para o juízo final não nos causa medo; impulsiona-nos para viver melhor o presente. Deus nos oferece com misericórdia e paciência este tempo a fim de que aprendamos a cada dia a reconhecê-Lo nos pobres e nos pequenos, a fim de que nos comprometamos com o bem e sejamos vigilantes na oração e no amor. O Senhor, ao término da nossa existência e da história, possa reconhecer-nos como servos bons e fiéis. Obrigado.

Médicos do Vaticano aprovam milagre que tornará Wojtyla santo

“Santo subito!”: a canonização do Papa Wojtyla caminha a passos largos e poderia ser celebrada já no próximo mês de outubro. Papa João Paulo II 
De fato, nos últimos dias, a Comissão Médica da Congregação para as Causas dos Santos reconheceu que é inexplicável uma cura atribuída ao beato João Paulo II. Um suposto “milagre” que, se aprovado também pelos teólogos e cardeais – o que é muito provável –, fará com que o Pontífice polaco, que morreu em 2005, obtenha a auréola de santo em um tempo recorde, apenas oito anos depois de sua morte. 

Tudo aconteceu em grande segredo, com a máxima discrição. Em janeiro, o postulador da causa, mons. Slawomir Oder, apresentou uma possível cura milagrosa à Congregação vaticana para os santos, para uma opinião preliminar. 

Como é sabido, depois da aprovação de um milagre para a proclamação de um beato, o procedimento canônico prevê o reconhecimento de um segundo milagre que deve acontecer depois da cerimônia de beatificação.

Dois médicos da comissão vaticana examinaram previamente este novo caso, e ambos deram um ditame favorável. O dossiê com os registros médicos e os testemunhos foi então apresentado oficialmente ao dicastério, que imediatamente o incluiu em sua agenda, para ser examinado. Nos últimos dias, o tema foi discutido por uma comissão de sete médicos, presidida pelo doutor Patrizio Polisca, cardiologista de João Paulo II, médico pessoal de Bento XVI e, agora, do Papa Francisco. A comissão médica também deu um parecer favorável, a primeira via livre oficial por parte do Vaticano, definindo como inexplicável a cura atribuída à intercessão do beato Karol Wojtyla.

Trata-se da superação do primeiro obstáculo fundamental, já que o suposto milagre terá agora que ser aprovado pelos teólogos e logo pelos cardeais e bispos da Congregação, antes de ser submetido ao Papa para o “sim” definitivo. Mas, de todo modo, o trâmite da comissão é considerado o passo mais importante: nem os teólogos nem os cardeais entram de fato nas valorações clínicas relativas ao caso.

Fica evidente, pelos passos que já foram dados, a vontade da Congregação para as Causas dos Santos de proceder de maneira rápida, como aconteceu com a beatificação de João Paulo II, celebrada por seu sucessor Bento XVI, em 1º de maio de 2011. Esta larga estrada que segue aberta para Wojtyla indica que também o Papa Francisco está a favor da canonização do Pontífice polaco.

Todavia, é prematuro falar de datas para a canonização, mas a rapidez com a qual está acontecendo o processo do milagre deixa aberta a possibilidade de que se celebre no domingo, dia 20 de outubro, aproveitando a festa litúrgica assinalada para o bem-aventurado Wojtyla, fixada em 22 de outubro.

A canonização tornará João Paulo II o segundo Papa santo do último século, depois de Pio X. Outros dois Papas beatificados mas não declarados santos são Pio IX e João XXIII. Outro Pontífice que está vendo chegar sua beatificação é Paulo VI: depois da conclusão do processo já foi apresentado à Congregação para as Causas dos Santos um milagre atribuído a sua intercessão. Espera-se, por outro lado, a indicação de um milagre para a causa de Pio XII. Enquanto isso, o processo do Papa Luciani já se encontra em fase avançada. Como se vê, a história do papado do século XX está cheia de auréolas.

Fonte: Ecclesia Una