terça-feira, 30 de abril de 2013

"O trabalho deve ser encarado como uma benção de Deus", afirma Bispo de Santa Cruz do Sul

Em um artigo intitulado "O dom do trabalho", dom Canísio Klaus, bispo da diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, fala sobre a data que comemoramos na próxima quarta-feira, dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

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Segundo o prelado, para muitas pessoas vai ser apenas um feriado com a possibilidade de participar de festas promovidas pelas empresas, para outras é o dia de reverenciar São José, o padroeiro dos trabalhadores e celebrar as conquistas obtidas pelos trabalhadores. Ele também lembra aqueles que irão protestar contra as más condições de trabalho, contra os baixos salários pagos ou contra os direitos que estão sendo subtraídos com as políticas governamentais para conter as crises econômicas.

O bispo ainda explica que, em muitas oportunidades, os bispos do Brasil já manifestaram sua solidariedade e denunciaram situações injustas que afligem os trabalhadores propondo ações que favoreçam a prática da justiça social. Para ele, o mesmo ocorreu em nível de Igreja Católica Universal, quando papas publicaram importantes documentos sobre a realidade do mundo do trabalho, alertando para a exploração dos trabalhadores.

Refletindo sobre o dom do trabalho, dom Canísio afirma que durante muito tempo os cristãos entendiam o trabalho como castigo imposto por Deus por causa do pecado de Adão e Eva. Mas, de acordo com ele, nas últimas décadas, esta concepção foi revista e se começou a olhar para o trabalho como aquilo que dignifica a pessoa.

O texto inspirador é o Livro do Êxodo (20,9-10): "Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu animal, nem o estrangeiro que está em tuas portas".

Por fim, o bispo ressalta que os dias de trabalho a que o ser humano é chamado, culminam com o sábado, que é dia de descanso, e só tem direito ao descanso aquela pessoa que trabalhou. Por causa disso, completa ele, mais do que sofrimento, o trabalho deve ser encarado como uma benção de Deus. "É feliz a pessoa que consegue comer o pão obtido com o trabalho de suas mãos" (Sl 128,2).

"Sabendo que todos somos responsáveis, através do nosso trabalho, pela construção da sociedade nova, justa e fraterna, sonhada por Deus para seus filhos e filhas, pedimos que Deus, por intermédio do operário São José, que com o seu trabalho na oficina de Belém contribuiu para dar mais dignidade ao trabalho, abençoe os trabalhadores e as trabalhadoras", conclui.

Fonte: Gaudim Press 

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