Depois de 50 anos, fizemos tudo o que o Espírito Santo nos disse no Concílio?, questionou hoje o Papa Francisco
Logo no início da Missa na Casa Santa
Marta, na manhã desta terça-feira, 16, o Papa Francisco lembrou o
aniversário do Papa emérito Bento XVI.
“Oferecemos-lhe a Missa, para
que o Senhor esteja com ele, o conforte e lhe dê muito consolo”.
Refletindo sobre a liturgia de hoje, o
Papa comentou a primeira leitura que fala sobre o martírio de Santo
Estevão. Antes de ser apedrejado, Estevão anunciou a Ressurreição de
Cristo e advertiu para a resistência ao Espírito Santo. O Santo Padre
repetiu que mesmo no meio de nós, ainda existe esta resistência.
“Ao que parece, hoje o Espírito Santo
nos incomoda, porque nos incentiva, empurra a Igreja para que vá
adiante. E nós queremos que ele adormeça, queremos domesticá-lo, e isto
não é bom porque Ele é Deus e é a força que nos consola, a força para
prosseguirmos. Mas seguir avante dificulta… a comodidade é melhor!”.
“Hoje – prosseguiu o Papa –
aparentemente estamos todos contentes com a presença do Espírito Santo,
mas não é assim. Por exemplo, vamos pensar no Concílio Vaticano II:
“O Concílio foi uma linda obra do
Espírito Santo. Pensamos no Papa João XXIII: um pároco bom, obediente ao
Espírito Santo. Mas depois de 50 anos, fizemos tudo o que o Espírito
Santo nos disse no Concílio? Não.
Comemoramos este aniversário, erguemos
um monumento, mas desde que não incomode. Nós não queremos mudar, e o
pior: alguns querem voltar atrás. Isto é ser teimoso, significa querer
domesticar o Espírito Santo; ser tolo, de coração lento”.
Francisco ressaltou que o mesmo acontece
em nossas vidas pessoais e exortou:
“Não oponhamos resistência ao
Espírito. É Ele que nos liberta. Caminhemos na estrada da docilidade do
Espírito Santo, no caminho da santidade da Igreja!”.
Fonte: Canção Nova
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