quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cinco Pecados contra a Vida Consagrada

“Existem cinco pecados que hoje quase todos têm na Igreja e que interferem de forma especial na vida consagrada. Creio que esses limites podem ser superados através do aprofundamento da Palavra de Deus. Se formos homens da Palavra. Pessoas que acolhem a Palavra. Então verdadeiramente vamos superar isso, e poderemos ser verdadeiros evangelizadores no mundo de hoje. 
Qual o primeiro pecado? Eu o chamo de individualismo, isto é, cada um de nós pensa em si mesmo. Ainda o nosso EU está no centro de nossa vida, e na realidade Deus não está verdadeiramente no centro da nossa vida Cristã. Bastaria refletir quantas vezes somos individualistas. Sempre dizemos: os “meus” projetos, as “minhas” idéias, as “minhas” coisas, a “minha” pequena comunidade, o “meu” grupo. Sempre meu, meu, meu. Somos fechados dentro dessa realidade. E creio que esse é um dos grandes pecados. Isso se supera se nós nos abrimos e nos tornamos comunidade centrada na Palavra. Comunidade aberta aos irmãos, aberta às necessidades dos irmãos. Comunidade de pessoas que se consomem pelos outros. Então atenção a esse pecado.
Segundo pecado: Superficialidade espiritual. Muitas vezes eu pergunto aos meus irmãos de comunidade, padres, ou aos seminaristas da Universidade Salesiana de Roma: Qual o seu projeto de vida? E alguns dizem “eu não tenho projeto de vida”. Mas como se faz para caminhar na vida espiritual, para o Senhor, se não temos um projeto de vida? Às vezes nós nem temos, em algumas comunidades, um projeto comunitário. Um projeto de vida espiritual comunitário. Então a nossa vida espiritual é superficial. Nós não nos aprofundamos na experiência de Deus. Ficamos na superfície das coisas. Para muitos ainda, a vida cristã é fazer práticas religiosas e não viver uma fé profunda em Deus. Não ter uma relação pessoal com Deus, essa amizade pessoal com Deus. Se Jesus não é o Centro da nossa vida, se não fizemos uma experiência com ele, diante das dificuldades que encontramos tudo cai. É importante trabalhar a vida espiritual. Às vezes eu pergunto também: “você tem um Pai espiritual? Um Padre espiritual que te acompanha no caminho da vida espiritual?” Compreendo que é difícil encontrar um padre, uma pessoa capaz de dar uma direção espiritual, mas eu digo sempre que no inicio da Igreja, nos primeiros tempos do Cristianismo, tinham os Abbá e as Ammá, os pais e as mães espirituais. Pessoas simples, leigos, que guiavam espiritualmente outros. Nós temos essa necessidade de fazer um confronto espiritual com os irmãos, porque se não fizermos isso, como poderemos guiar outros? Nós saberemos guiar outros se tivermos sido guiados. Esse é outro problema que temos. Superar essa superficialidade que nós temos e chegar a uma forte experiência de Deus. Como se supera isso? Tornando-nos homens de vida interior. Interiorizando a nossa fé.  Observem que dentro de nós, somos todos um pouco doentes, enfermos, frágeis. Precisamos curar; cuidar da dimensão interior da nossa vida espiritual.
Terceiro pecado: Ativismo. Vivemos numa sociedade dinâmica onde todos correm, todos se agitam. É a sociedade das coisas rápidas, usamos internet, email… e tudo isso de modo muito rápido e veloz. Assim também é no nosso trabalho. E aqui tem um grande problema. O trabalho, o ativismo, sufoca a vida espiritual. Destroem a vida espiritual, destroem essa experiência com Deus. Penso por exemplo na vida dos salesianos, onde nós trabalhamos muito, fazemos muitas coisas, mas penso que vocês também, preocupados muitas vezes com o problema da comunicação, dos compromissos que tem com rádio, TV, jornalismo e tantas coisas… Estejam atentos. Se nós não temos uma dimensão interior, o nosso trabalho será estéril. Observem que o ativismo destrói a nossa vida. Claro, devemos trabalhar. Dom Bosco dizia que temos que “arregaçar as mangas”. Temos que trabalhar, mas trabalhar nos tornando contemplativos. Contemplativo no cotidiano, no presente, naquilo que faço. Dom Bosco foi definido como “a união com Deus”. Mas um grande obstáculo para sua canonização foi que diziam que Dom Bosco sempre ia de um lado pra outro, trabalhava, e não rezava nunca. Como poderia ser um santo alguém que não reza? Então o Papa Pio XI estava presente naquele tribunal para canonização. E para aquela pessoa que dizia dessa dificuldade, o Papa perguntou: “me diga você, quando Dom Bosco não rezava?”. Porque toda a vida de Dom Bosco era união com Deus. Tudo o que ele fazia as atividades, as viagens, o encontro com os meninos… tudo nascia de um coração aberto à ação de Deus, à ação do Espírito. Se nós não nos tornarmos pessoas contemplativas, de vida interior na ação, nós faliremos. Porque a sociedade na qual vivemos nos vira de cabeça pra baixo.  Dentro do trabalho está a presença do Espírito de Deus. E isso se adquire amando o silencio e amando a oração. Fiquem atentos ao ativismo.
Quarto pecado: racionalismo. A razão sem a fé criaria um vazio em nossa vida. A razão e a fé na nossa vida precisam dialogar. Atenção, pois o cristianismo não é uma doutrina, uma filosofia, uma ética ou uma moral. Mas o Cristianismo é experiência com uma pessoa. Não é adquirir idéias. Claro que precisamos conhecer uma Doutrina. O cristianismo é a revelação cristã, evangélica, mas sempre devemos passar todas as coisas da mente para o coração. Essa é a passagem: da razão ao coração. Esse é um grande perigo. Na Igreja primitiva se chamava gnose, agnosticismo. Alguns cristãos diziam “basta que eu saiba que Deus existe que eu conheça Deus assim, e eu serei salvo”. E o evangelista João nos diz que não basta conhecer, mas é preciso levar isso para a vida. Se o cristianismo não se traduz em vida, nós faliremos. O cristianismo é experiência de fé. Não somente adquirir idéias e noções. Eu digo sempre falando aos teólogos, que a Teologia se aprende de joelhos. Rezando. Não somente sobre os livros. O Cristianismo é a experiência com uma pessoa. È o encontro com um evento, um fato. Com este fato que é a encarnação, que é Jesus.
Quinto pecado: A separação que existe entre a fé e a vida. Digo de modo muito simples. Na Igreja somos todos bons, bonitos e comportados. Depois na vida, é outra coisa. Julgamos, criticamos… nós precisamos unir fé e vida. Nós devemos levar a fé pra vida, pro nosso trabalho. Isso acontece naquela dimensão da caridade pastoral, quando verdadeiramente nos abrimos aos outros, aos irmãos, principalmente aqueles que são frágeis, pobres, mas com coração de Jesus. “Unir fé e vida”.
(dos escritos de don Giogio Zevini)

Obedecer - Sinal de Maturidade e Crescimento!

Cânon 601: “O Conselho evangélico da obediência, assumido com espírito de fé e amor no seguimento de Cristo obediente até à morte, obriga à submissão da vontade aos legítimos Superiores, que fazem as vezes de Deus quando ordenam de acordo com as próprias constituições”. 
O cânon 601, seguindo a Perfectae Caritatis n. 14, coloca a obediência numa perspectiva teológicas e cristológica: a obediência é evangélica se se baseia sobre as duas virtudes teologais da fé e da caridade e constitui um seguimento de Jesus, uma assimilação a ele que se fez obediente até a morte e à morte de cruz (cf. Fl 2,8; VC 22; 23). Nessa perspectiva cristológica aparece a estreita ligação da obediência com a caridade celibatária e virginal e com a pobreza, manifestações históricas, na vida de Jesus, da eterna relação entre o Pai e o Filho no Espírito.  Este cânon especifica que a obediência evangélica obriga a submeter a vontade aos superiores legítimos, como representantes de Deus, quando mandam segundo as constituições.É uma resposta ao individualismo que destrói a comunhão entre os homens. No entanto, há a obrigação de obedecer somente quando os legítimos superiores mandam de acordo com as constituições. Em caso contrário, o súdito tem a obrigação de desobedecer.
Em tal obediência aos superiores encontram-se três elementos: a autoridade que o superior recebe é de Deus e, portanto, não dos membros do instituto, mesmo se fosse eleito por eles, nem do próprio voto de obediência que fazem os súditos (cf. c. 618); o exercício legítimo da autoridade (cf. c. 596; 617); o voto feito a Deus, com o qual os súditos reforçam sua submissão ao superior, submissão a qual, todavia, são obrigados, independentemente dos votos, pelo fato mesmo de que participam do carisma coletivo do instituto em virtude da incorporação nele (cf. c. 654).
Também no que se refere à obediência, o código estabelece um mínimo canônico, ultrapassado o qual não se pode mais permanecer na vida consagrada (cf. cc. 590; 671; 678; 682; 696; 738; 739; 746). Salvas essas disposições gerais do Código, o direito próprio dever dar uma disciplina particular, de acordo com a natureza e as finalidades do instituto (cf. cc. 598; 662; 712; 732).
Convido aqueles que fazem parte da Vida Consagrada deixar seu testemunho

José Eduardo A. Caetano
Comunidade Vida Nova

Papa dedica intenção missionária de dezembro para crianças e jovens

O Papa Bento XVI anunciou na última terça-feira, 29, suas intenções para o mês de dezembro. As intenções especiais do pontífice, como se sabe, são duas: uma geral e uma missionária.

Na sua intenção geral, o Santo Padre pede para que os fiéis católicos rezem "para que todos os povos da Terra, através a consciência e do respeito recíprocos, cresçam na concordância e na paz"

Já a intenção missionária de Bento XVI é dedicada às crianças e aos jovens de todo o mundo para que "sejam mensageiros do Evangelho e para que a sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de cada violência e abuso".

As intenções do Papa são conduzidas pelo Apostolado da Oração, uma associação encarregada de difundir estas intenções a todo o mundo. Hoje são mais de 50 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo que diariamente rezam pelas intenções do Santo Padre.



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por 
GaudiumPress

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Evangelização da Vida Consagrada - Pe. Amedeo Cencini

Congresso destaca a complementariedade na Nova Evangelização
Por Maria Emília Marega

ROMA, terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Congresso “A Vida Consagrada e a Nova Evangelização- A imprescindível Complementariedade”, reuniu cerca de 150 religiosas de mais de 20 Congregações diversas. O Evento acontece todos os anos, com temas relevantes para a vida consagrada feminina, organizado pelo Ateneo Regina Apostolorum em Roma. “Como evangeliza a vida consagrada” foi o tema apresentado por  Pe. Amedeo Cencini.
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Pe. Amedeo Cencini é religioso canossiano, mestre em ciências da educação pela Universidade Salesiana de Roma e doutor em psicologia pela Universidade Gregoriana da mesma cidade. Especializou-se em psicologia no Instituto Superior de Psicoterapia Analítica. Escritor de vários livros, entre eles: “A árvore da vida”; “Virgindade e celibato hoje”.
“A vida consagrada é evangelização em si mesma, é uma bela e boa notícia”, com essas palavras, Cencini, iniciou sua participação no Evento. “A vida consagrada manifesta a Caritas do Eterno”, especialmente pelas obras de caridade direcionadas àquelas pessoas que vivem a “tentação de não se sentirem amadas”.
Pe. Amedeo utilizou a imagem da escada de Jacó, que está no livro do Gênesis, para explicar a dinâmica entre o céu e os homens, sendo os Consagrados responsáveis por este dinamismo e “os Institutos de Vida Contemplativa e os Institutos de Vida Ativa são complementares” nesta ação.
O movimento descendente seriam as ações caritativas, de assistência social, de educação realizada por estes Institutos, que revelam a face de Cristo. “O único desejo do homem é ver a face de Cristo e a vida consagrada responde a esse desejo”, afirmou Cencini.
Neste tempo histórico, a “Igreja pede para entrarmos na Nova Evangelização”.  E sobre como a vida consagrada é chamada a evangelizar hoje, Pe. Amedeo disse: - “Devemos recuperar a transparência interior” e prosseguiu indagando às participantes: “Vocês têm certeza de que o serviço executado por vocês revela a face do Pai?”.
“Os Institutos de Vida Consagrada devem continuar no serviço caritativo e sacramental”, mas é preciso “mostrar as raízes, de onde deriva a inspiração destes gestos de amor, onde está apoiada a escada”. E continuou: “Não basta apenas ser competente e cumprir os serviços caritativos”. “Existe o risco de que a caridade não seja evangelizadora”.
Pe. Amedeo falou dos serviços prestados, especialmente na área da educação, pelos Institutos Religiosos. “As pessoas gostam, mas os serviços são desfrutados e as questões fundamentais como a vida e a morte, são buscadas fora”. Não existe mais aquela “relação automática entre obra e evangelização”.
“Uma obra é evangélica quando provoca no coração de quem recebeu a ação o mesmo desejo de servir”, afirmou Cencini. Ele continuou sua reflexão falando sobre a importância de ser transparente e de mostrar a estrada que leva ao encontro com Cristo, através dos diversos Carismas. “Cada carisma propõe uma via autêntica, uma estrada para ver Deus, e indicar a estrada significa evangelizar”- e continuou - “os Carismas são culturas que devem penetrar nas outras culturas”.
Pe Amedeo falou sobre a Espiritualidade dos Institutos , como um dom de Deus, ou seja, é universal. A Espiritualidade foi inspirada pelo Espírito Santo e promove relação, “não é somente a oração, ou falar de oração como prática a ser executada”, mas promover e estabelecer relação.
No final do Evento Pe.Amedeo respondeu ao ZENIT - Como seria, na prática, entrar nas outras culturas?
É um grande projeto. Primeiro, é necessário entender a própria cultura, a própria língua, e ser apaixonado por ela. É preciso estar atento à realidade que se evangeliza,entender a linguagem atual, os meios utilizados pelos jovens, por exemplo, a internet; compreender a sensibilidade da sociedade, que tem perspectivas, desejos. Não estar fechado em si mesmo por medo; se tem medo do homem, tem medo de Deus. Nada que é humano é estranho.
O Congresso contou com a participação do Prof. German Sánches, leigo consagrado do Regnum Christi, diretor do Instituto Superior de Ciências Religiosas do Regina Apostolorum de Roma, que explicou a origem da expressão Nova Evangelização; do bispo de Palestrina, Mons. Domenico Sigalini, apresentando o cenário da nova evangelização para a vida consagrada na Itália; e de Pe Fábio Ciardi, membro da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, que falou sobre a força do Carisma na Nova Evangelização.
O evento prosseguiu com a celebração da Santa Missa e a participação do Prefeito da Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, que celebrava 39 anos de sua ordenação sacerdotal naquele dia.
A Ata do Congresso será publicada e entregue ao novo Dicastério para Promoção da Nova Evangelização, na pessoa do Monsenhor Rino Fisichella.

Fonte: Zenit

O Valor das Dificuldades

Uma leitura que nos faz resgatar os valores cristãos, isso resume este link do livro : "O Valor das Dificuldades" que disponibilizo abaixo. Boa leitura!


http://www.padrefaus.org/wp-content/uploads/2011/04/ovalordasdificuldades.pdf


Fraternalmente,


José Eduardo A. Caetano
Escola Comunitária


Comunidade Católica de Vida e Aliança Vida Nova

Comunidade Vida Nova - Nossa História

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Começamos nossa caminhada no dia 16 de Abril de 1988. Éramos muito jovens…
Nascemos de uma experiência na Renovação Carismática Católica, e fomos aconselhados pela Igreja a viver nossa experiência de fé como Grupo de Jovens, o que durou uns quatro anos.
Crescemos depressa na Pastoral, mas éramos muito diferentes dos Grupos de Jovens convencionais. Entusiastas, gostávamos de muita atividade, muita oração e tínhamos grandes laços fraternos. Ficamos sobre os cuidados do Pároco como uma expressão renovada de Grupo de Jovens, pois congregávamos muitos com nossa espiritualidade carismática.
Três anos mais tarde, unimo-nos à Renovação Carismática Católica, por termos uma afinidade com sua maneira de ser, de pregar e de servir na Igreja. Nesse período servimos e despontamos em muitos aspectos, ganhamos também a afeição da Equipe de Serviço Diocesana, ocupamos cargos de Liderança Diocesanos e Estaduais, buscamos junto ao Bispo entender nossa vocação e recebemos de suas mãos um Diretor Espiritual, para ajudar-nos a estruturar e institucionalizar nosso estilo de vida. Nesse mesmo período, Jesus Eucarístico veio ficar permanentemente conosco. Abrimos nosso Centro de Evangelização e a Casa de Formação, abrimos novas frentes de apostolado e a cada dia o Senhor nos ajuntava outros, ainda poucos, mas que na vivência do carisma e da vida fraterna enriquecem a vocação, tornando cada vez mais concreto e visível o carisma de testemunhar a misericórdia.
Hoje estamos reestruturando nossos Estatutos para receber da Igreja o Reconhecimento Eclesial.
“Do menor nascerá toda uma tribo, e do mínimo, uma nação poderosa, sou eu, o Senhor, que em tempo oportuno realizarei essas coisas.” Isaías 60,22
Fonte: www.comunidadevidanova.com

Por que os jovens abandonam a Igreja?

Um livro tenta entender as razões
Pe. John Flynn, LC


É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.
Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.
1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.
2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.
3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.
Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.
Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.
O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.
Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.
Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.
Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.
Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.
Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.
Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.
De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.
Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.
A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.
Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.
Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.
Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.
Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.
Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.
Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.
Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.
No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.
Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.
Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

Fonte: Zenit

Frei Raniero Cantalamessa fala sobre Tempo do Advento


Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa
Maria é "a melhor companheira de viagem durante o Advento", afirma o pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa.

No último domingo, 27, a Igreja deu início a um novo Ano Litúrgico, com o início do Tempo do Advento. Segundo o frei capuchinho, a Palavra de Deus é sempre a mesma, mas, também, sempre nova, "porque cai em meio a situações novas e porque o Espírito Santo lança luz sobre essas novas implicações".

Na próxima sexta-feira, 2, Cantalamessa começa a série de meditações tradicionalmente feitas ao Papa e à Cúria Romana durante as sextas-feiras deste Tempo Litúrgico da Igreja.

Confira a entrevista do frei à Rádio Vaticano.

Rádio Vaticano – Nos ciclos anuais do Tempo Litúrgico, quais são as novidades a se colher e viver?
Frei Raniero Cantalamessa – A novidade vem do Espírito, porque, a cada ano, o Espírito dá vida nova às palavras que escutamos, e que escutamos em um contexto sempre novo. Portanto, como a Palavra de Deus é sempre aquela – e a cada vez, no entanto, é nova, porque cai em meio a situações novas e porque o Espírito Santo lança luz sobre essas novas implicações –, assim, neste momento, a Igreja está vivendo dois grandes temas: a evangelização, que será o tema do Sínodo do próximo ano, e, depois, o Ano da Fé convocado por Bento XVI. Portanto, já o Advento se presta a começar a dar um sentido concreto a esse Ano da Fé e, ao centro do Advento, há propriamente a fé de Maria, há a fé dos pastores, dos Magos. Não se pode começar, portanto, de melhor maneira o Ano da Fé do que vivendo exatamente a plenitude do Advento.


RV – Como predispor-se para viver plenamente o Tempo do Advento?
Frei Cantalamessa – A predisposição exterior é aquela de se dar um pouco mais de espaço de silêncio, de oração, de contemplação. Os tempos fortes servem-nos também para isto: para produzir uma ruptura com o ritmo habitual da vida. Não se pode certamente diminuir o compromisso, o trabalho, mas se pode diminuir o ruído da televisão e de outras coisas, de tal forma que se possa entrar em um clima de maior silêncio, de maior interioridade. No fundo, contudo, aquilo que decide é a abertura maior ou menor ao Espírito Santo, porque é o Espírito Santo a ser a presença viva de Cristo. O Advento tem sentido enquanto revivemos a expectativa, a vinda de Cristo: mas quem torna Cristo presente na Igreja, na história, é Ele, é o Espírito Santo. O Espírito Santo vem sobre Maria e o Espírito Santo, neste Tempo de Advento, deveria vir sobre todos os cristãos. E ele vem. O importante é que seja desejado, esperado, porque, como diz São Boaventura: "O Espírito Santo vai lá onde é esperado, desejado e amado".


RV – Uma expectativa que tem a duração de quatro semanas. Como se desenvolve o percurso litúrgico?
Frei Cantalamessa – Há, no interior do Advento, um caminho de aproximação que se intensifica. No início, por exemplo, na liturgia, escuta-se, sobretudo, Isaías – textos de Isaías que anunciam o Advento da salvação de longe. Depois, nas segunda e terceira semana, a figura central é João Batista, que é já o precursor e, portanto, nos aproximamos um pouco mais. O último domingo do Advento é dominado pela figura de Maria que é, eu diria, a melhor companheira de viagem durante o Advento, porque viveu este tempo como toda a mãe na iminência do parto: com uma interioridade, uma intensidade, uma ternura particulares. Portanto, Maria pode ajudar-nos certamente a andar ao encontro de Cristo, não de uma forma qualquer, sem amor, mas andar ao encontro de Cristo com o coração, mais ainda que com o tempo.

Fonte: www.cancaonova.com


Igreja Católica: 34 mil novos membros a cada dia

Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da Igreja Católica no mundo. Os dados são de um estudo revelado pelo relatório anual da ‘Situação da missão global’, realizado este ano. De acordo com o estudo, atualmente o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis.
A notícia foi divulgada pela Agência Analisis Digital, depois retomada pela Agência Zenit, que destacaram,  com base nos dados, que no mundo há dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.
Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos. “Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo.
Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes "clássicos" são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia.
Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia.
Aqueles que o estudo define "cristãos marginais" (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.
“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”.
Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina).
A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

Fonte: Zenit

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dicas para vivermos bem o Advento

Diante da grandiosidade desse tempo litúrgico que se aproxima, resolvi escrever 4 pontos que nos ajudarão a viver bem esse tempo único de conversão e de graças que é o Advento. Lembrando que existe uma ação de Deus toda especial que nos convida à conversão e ao retorno a vida sobre o senhorio de Jesus. O fato de estarmos esperando a vinda de Jesus nos enche de alegria e esperança, pois sabemos que não seremos decepcionados, Jesus virá e não tardará. Por isso preparemo-nos para recebê-lo hoje em nossos corações.

01. Renovar nossa entrega de vida a Jesus Cristo.

Submetendo todo o nosso ser ao único e verdadeiro Deus sem nenhuma restrição. Aqui se faz necessário renovarmos nossa entrega de vida a Jesus. Percebermos tudo o que em nós não se submente mais ao Evangelho, a mentalidade de Cristo e termos coragem e romper com tudo o que nos rouba do mesmo. Coragem para romper com o velho. Coragem para iniciar um novo tempo no seguimento de Cristo. Jesus, Senhor do meu corpo, do meu pensar, do meu agir, dos meus relacionamentos e até da minha fraqueza.

02. Alimentar a alegria

Trata-se de alimentar a alegria interior que transborda no exterior. Essa alegria é alimentada na intimidade com Deus e no amor aos irmãos. A alegria é uma das grandes marcas do Advento, alegria que se expressa em todo o nosso ser. Alegria que faz o outro feliz. Alegria em poder contar sempre com o grande e infinito amor de Deus, que nos renova a cada dia. Devemos nesse Advento expulsar do nosso coração toda e qualquer tristeza. É tempo de alegria, de intensa alegria, pois o Senhor está chegando.

03. Unidos à Igreja de Cristo

Viver intensamente a unidade com o Corpo de Cristo, a Santa mãe Igreja. Participar ativamente das atividades da sua paróquia, grupo de oração, comunidade, etc. Não podemos nos dispensar de viver a unidade nunca, em nenhum momento, principalmente nesse tempo de Advento, quando juntos como Igreja nos preparamos para receber Jesus. Nossa vida sacramental deve ser avaliada. Tenho participado da Santa Missa com frequência? Tenho buscado o Sacramento da Confissão? Participo ativamente da Missa no Domingo, dia do Senhor? Essas são perguntas que nos ajudam a enxergar se estamos ou não vivendo a unidade tão essencial nesse momento de preparação.

04. Caminhar com Maria

Permanecer unido à Nossa Senhora. Permanecer no colo da mãe. Aprender com ela a esperar o Emanuel no silêncio e na oração, na partilha e no serviço aos irmãos. Esse tempo é propício para renovarmos nossa devoção filial a Nossa Senhora. Qual a sua devoção mariana? O terço, rosário, ofício da imaculada Conceição, ladainha, etc. Essas e outras devoções muito conhecidas pelo nosso povo brasileiro nos ajudam a caminhar com aquela que disse sim á vontade do Pai, dando Jesus ao mundo.

Que o Espírito Santo nos ajude a viver intensamente esse tempo de Graça sem desperdiçarmos absolutamente nada do que Deus tem para nós seu povo amado. Um bom e Santo Advento.



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por Vanilton Lima Missionário da Comunidade de Vida Shalom

Missa de Renovação dos Compromissos da Comunidade Vida Nova

No dia 26 de Novembro de 2011 às 17h00min em Nova Jerusalém, através da solenidade da Santa Missa presidida pelo Padre Helder Salvador, os membros consagrados de Vida e Aliança renovaram os seus compromissos temporários, enquanto os membros do Catecumenato, período de formação inicial, transitaram para mais uma etapa da formação inicial: o Discipulado

A expressão que se ouviu pela maioria dos membros, logo após a solenidade foi: "Que Missa! Foi à melhor de todas"!

Realmente, expresso minha concordância com a partilha, pois realmente foi uma Missa de suscitar um desejo maior pela busca diária de ser: Um consagrado!

Mas, como nos disse Padre Helder na homília com uma citação: "Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade"! (Livro - O pequeno príncipe -Antoine de Saint-Exupéry). Foi assim que nos portamos na preparação, sabendo da Missa, diga-se de passagem, por nosso Fundador: "um compromisso inegociável e de extrema importância na vida de um consagrado", fizemos reunião de discernimento pela Escola Comunitária, Reunião da Liturgia mais a Escola Comunitária, buscamos um Rito que falasse mais a nossa realidade, providencialmente na busca de um sacerdote Deus nos deu o Padre Helder que é um homem tão importante para a nossa história comunitária, mutirão para infra estrutura local, correções do rito, preparação do coquetel de confraternização, ensaio do Rito, atitudes de preparação espiritual pelos membros: Missa diária, Completas, Confissão, Grupo de Oração, Oração Pessoal, sem citar alguns conflitos interpessoais, enfim sabíamos que Deus agiria as 17h00min do dia 26 de Novembro de 2011 e, desde muito antes, nos preparamos para recebê-Lo da melhor forma possível, pois esse encontro com Jesus, no seu Corpo e Sangue, tinha um preço para nós: A verdadeira felicidade!

Quero destacar os momentos finais de nosso ensaio aonde cantávamos:Amém... Amém; conduzido por nosso Fundador que nos recordava momentos da história pessoal de alguns de nós. Destaco também a homília do Padre Helder com relação à vigilância, nos levando a refletir na nossa história pessoal: "a memória do nosso encontro com Cristo e do grande mistério de sermos seus consagrados".

Perante tudo isso, venho agradecer, em nome da Escola Comunitária, a todos os membros, pois a abertura do nosso coração proporcionou esse grande momento, cujo nos preparamos para bem viver.

Consagramos esse próximo ano, que liturgicamente iniciamos, nas mãos de Maria Santíssima!
A Virgem Maria “fazia memória”, ou seja, continuamente revivia no seu coração, o quanto Deus operou no seu ser e, na certeza desta realidade, vivia o ministério de ser Mãe do Altíssimo. O Coração Imaculado de Maria era constantemente disponível e aberto ao “possível”, a concretização da amorosa Vontade de Deus nas circunstâncias quotidianas e nas mais inesperadas. Também hoje, do Céu, a Virgem Maria guarda-nos na memória viva de Cristo e nos abre de par em par à possibilidade da divina Misericórdia.

Com estes sentimentos, peço a cada um, família Vida Nova, “apoio orante” para as vocações ao nosso Carisma que nos foi confiado, implorando ao Senhor, que nos ajude a tornarmo-nos, a cada dia, aquilo que somos!

Fraternalmente,

José Eduardo Arêas Caetano
Escola Comunitária

Advento, a realização e confirmação da Aliança

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

Por que um Blog?

“Quem descobriu Cristo deve conduzir os outros a Ele. Uma grande alegria não se pode ter para si. É preciso transmiti-la. Em vastas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo caminha igualmente sem Ele. Mas existe, ao mesmo tempo, também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. É espontâneo exclamar: não é possível que esta seja a vida! Deveras, não. E assim, juntamente com o esquecimento de Deus existe um “boom” do religioso. Não quero desacreditar tudo o que existe neste contexto. Pode existir nisto também a alegria sincera da descoberta. Mas para dizer a verdade, não raramente a religião se torna quase um produto de consumo. Escolhe-se aquilo de que se gosta, e alguns sabem até tirar dela um proveito. Mas a religião procurada a seu “bel-prazer” no fim não nos ajuda. É cômoda, mas no momento da crise abandona-nos a nós próprios. Ajudai, queridos amigos, os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo! Procuremos nós próprios conhecê-lo sempre melhor para poder de maneira convincente guiar também os outros para Ele. Por isso, é tão importante o amor pela Sagrada Escritura e, por conseguinte, é importante conhecer a fé da Igreja que nos apresenta o sentido da Escritura. É o Espírito Santo que guia a Igreja na sua fé crescente e que a fez e faz penetrar cada vez mais nas profundezas da verdade”.
Bento XVI, Homilia, 21/8/2005.

“Cuidado com os cristãos” – O filme.

Beware of Christians (Cuidado com os cristãos), é um novo filme que traça as aventuras (e desventuras) de Alex Carroll, Matt Owen, Michael B. Allen e Will Bakke, recém-formados e amigos de longa data em Dallas, como eles atravessam 10 países europeus perguntando aos moradores e turistas  sobre a relevância da fé cristã no mundo de hoje.
Falam  sobre o materialismo nas ruas de Londres, capital financeira da Europa, as discussões sobre sexo na exuberante Barcelona, Paris, Budapeste, Roma e mais além, o filme explora o que significa ser um seguidor de Jesus agora … e que diferença isso faz.
Segundo www.bewareofchristians.com, o site do filme: “Alex, Matt, Michaele terão crescido como cristãos crentes na Bíblia que fizeram todas as coisas certas. Quando eles cresceram e ficaram mais velhos, eles perceberam que o Jesus da Bíblia não é exatamente parecido como o saudável, rico, Jesus americanos que eles foram treinados para conhecer e amar. Eles logo percebem que os seus preconceitos e lealdade às coisas mundanas determinaram a sua opinião sobre o cristianismo.
“Suas viagens características em 10 cidades europeias, incluindo Barcelona, Roma, Budapeste e Munique. Começando em Londres,  narram a partir de uma mesa redonda em um estúdio de  cidade por cidade, abordando temas como materialismo, sexualidade, álcool e entretenimento. Quando a jornada avança, eles constroem um vínculo profundo com o outro e descobrem um novo significado para as palavras, “‘confiando em Jesus.’ Até o final de suas aventura, eles realmente começam a entender a alegria e redenção que vem de desistir do mundo para seguir a Jesus. ”

“O PARA QUÊ” DO FORMADOR PESSOAL

Será necessário prudência e sabedoria para trilhar esse caminho, e também humildade e discrição de quem sabe que está, em última análise, diante do mistério de Deus que cria e molda, e da criatura que livre e responsavelmente aceita, ou não, ser moldada por Ele.
Portanto, a missão dos formadores é ser mestre: Convidar o formando a fazer uma experiência apaixonante no seguimento a Jesus Cristo, conforme a experiência própria do Carisma.
A formação pessoal é um dom do Espírito Santo. É preciso compreender que Deus coloca em mãos frágeis grandes obras.
O formador pessoal lida com o mistério da pessoa humana, por isso tem consciência de que o formador por Excelência é o próprio Espírito Santo, que plasma no ser humano a pessoa de Cristo.
O formador é um pai (mãe) que gera para Cristo, e participa da paternidade de Deus.
É na formação pessoal que todas as situações da história passada presente, inclusive os medos e desejos futuros, devem vir para a luz do Espírito Santo através da partilha com o nosso formador pessoal, para que nada nos acuse. Sendo dóceis as moções do Espírito, por meio da formação pessoal poderemos crescer na liberdade interior, tornando-nos mais próximos de Cristo.
Ter alguém que nos ajude nos discernimentos e orientações rumo à santidade, é algo necessário na vida de todos e principalmente os que vivem a vida fraterna. A Igreja diz que não podemos nos acomodar e esperarmos tudo do Espírito Santo. O Espírito é quem nos dirige, mas, muitas vezes, Ele precisa de meios para fazê-lo, e o melhor meio é o irmão cheio desse mesmo Espírito e maduro no Carisma da Comunidade.

É importante saber que o Formador tem o papel de autoridade particular sobre o formando, sendo que este se compromete a obedecer ao formador através dos compromissos desta Comunidade. O Formador Pessoal é ainda aquele que orienta e ajuda a discernir a vontade de Deus para o formando, o que transcende as realidades puramente espirituais, podendo chegar também às realidades de vida num âmbito geral (familiar, profissional, afetivo, sexual, etc.)

Fraternalmente,

José Eduardo Arêas Caetano
Escola Comunitária

Comunidade Católica de Vida e Aliança Vida Nova

Os Santos Baluartes

Muitos são os perigos que as comunidades nascentes enfrentam para que se mantenham fiéis à inspiração inicial que Deus lhes deu. Não raras vezes sentem forte a tentação de fecharem-se em si mesmas, deixando de atender às necessidades da Igreja e do mundo. Outras vezes ainda, buscando um rápido reconhecimento passam a agir como se fossem apenas instituições de caridade. Podendo também tornar-se vítimas de um ativismo tal que se distanciem da oração, passando a depositar todas as suas esperanças no trabalho das próprias mãos. E por ai vai.
Diante de tantas situações de risco é imprescindível lembrar que Deus nunca nos desampara, muito pelo contrário, sempre nos garante ajuda oportuna. Por isso, gostaria de tratar neste artigo sobre a importância dos Santos baluartes frente a todos os perigos que citei. Segundo o Michaelis – dicionário da língua portuguesa – baluarte é a “pessoa ou lugar que oferece forte apoio no perigo”.
É tradição segura nas novas comunidades recorrer a um baluarte, a um santo reconhecido pela Igreja, desfrutando de toda a mística que este desenvolveu com Deus. Neste sentido não ajuda em nada recorrer a uma variedade de apoios, pois não será possível aprofundar-se em nenhum deles, uma vez que não basta apenas conhecer e reproduzir a espiritualidade que o baluarte viveu, mas esta deve ser atualizada à luz deste novo carisma.
A vida do baluarte somada à experiência carismática das novas fundações irá inspirar a espiritualidade, a fraternidade, o apostolado, a relação com a Eucaristia e com a Maria Santíssima, e tudo o mais que se referir à existência desta nova comunidade. Assim, a falta de aprofundamento na vida deste apoio espiritual, poderá gerar um empobrecimento em cada uma das dimensões vitais da comunidade.
O baluarte não é apenas um santo de devoção que intercede pelas necessidades da obra, mas um verdadeiro mestre espiritual que nos conduz a intimidade com o Senhor, nosso Deus. Por isso se faz tão indispensável. Com ele ou ela, aprenderemos a nos relacionar com a Igreja, servindo-a com grande amor; também seremos instruídos sobre uma autêntica devoção à Santa Mãe de Deus; resumindo, compreenderemos como, em tudo, agradar a Deus.
Não demoremos em nos dedicar no conhecimento da vida e obras de nossos santos baluartes. Que eles nos ajudem a trilhar com determinação a vontade plena de Deus a nosso respeito!

Deus nos abençoe!

José Eduardo Arêas Caetano
Escola Comunitária

Comunidade Católica de Vida e Aliança Vida Nova