quinta-feira, 28 de junho de 2012

Milagre pela intercessão de Nhá Chica reconhecido pelo Vaticano



Na edição de hoje do Vatican Information Service, a Santa Sé informou que durante uma audiência privada com o Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o Papa autorizou a Congregação a promulgar o decreto do milagre da Serva de Deus Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, leiga brasileira (1808-1895). Com este reconhecimento espera-se que em breve a Venerável brasileira possa ser beatificada.
Segundo informa o site oficial da futura beata e das obras dedicadas à sua memória, Francisca de Paula de Jesus - Nhá Chica- hoje é reconhecida como Venerável, uma vez que o SantoPapa Bento XVI, na manhã da sexta-feira, dia 14 de janeiro de 2011, aprovou as suas virtudes heroicas.
Ela obteve o titulo de Serva de Deus da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano, em 1991.
A causa de canonização de Nhá Chica aguardava desde 2007 a aprovação do milagre que levaria a brasileira a ser reconhecida como beata. A grande graça atribuída a Nhá Chica refere-se a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, moradora de Caxambu, Minas Gerais. A professora e dona de casa que foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas oraçõesencomendadas à intercessão Nhá Chica. O fato se deu em 1995. 
Em 30 de abril de 2004, os religiosos brasileiros reunidos na 42ª Assembléia Geral deBispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.
No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas virtudes heroicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade. Este foi mais um passo em direção à beatificação.
Em 14 de outubro de 2011 o Milagre é reconhecido. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. (leia sobre o milagre). Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica.
O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 5 de junho de 2012. 
Hoje, o Papa Bento XVI promulgou o decreto do milagre atribuído à intercessão de Nhá Chica e espera-se que em breve, ela possa ser proclamada como beata. Se for canonizada, Nhá chica poderia ser a primeira mulher nascida no Brasil a chegar aos altares como santa.
Até o momento o único santo nascido no Brasil é São Frei Galvão.
Para mais informação, visite: www.nhachica.org.br

5 mil pessoas marcharam pela vida defendendo a aprovação do Estatuto do Nascituro



Segundo as notícias aparecidas no site do Movimento Brasil Sem Aborto, cerca de 5 mil pessoas, participaram da 5ª edição da Marcha Nacional pela Vida, em Brasília. O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida Brasil Sem Aborto liderou a mobilização que ocupou uma das faixas do Eixo Monumental durante três horas.
A Marcha foi notícia também no conhecido portal Terra, no qual informou-se que “a 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, realizada na tarde desta terça-feira,26, na Esplanada dos Ministérios, protestou contra o aborto e defendeu a aprovação do Projeto de Lei 478/2007, conhecido como Estatuto do Nascituro.” 
No ato estava presente o ex-deputado Luiz Bassuma, expulso do PT por suas posturas pró-vida,  quem afirmou em declarações reunidas pelo Portal Terra que a Constituição Brasileira defende a vida, mas não determina em que momento ela começa. 
O Estatuto do Nascituro resolveria esse problema, pois defende a vida desde o momento da concepção.
“Para Bassuma, ainda há questionamentos sobre a legalização do aborto por causa de grupos internacionais que, baseados na ideia de controle de natalidade, levam setores brasileiros, como algumas organizações feministas, a apoiar os métodos abortivos”, afirma a nota exibida no Portal Terra.
Para Jaime Ferreira, vice-presidente nacional da ONG Brasil Sem Aborto, no caso do aborto despenalizado em caso de estupro, as mulheres que sofrem esta agressam precisam entender que não são obrigadas a abortar. Ferreira também diz que o argumento de que cada mulher é dona de seu corpo não pode excluir a opção de manter a gravidez. "Eu acho que a mulher tem direito ao seu próprio corpo. Só não acho que ela tem direito ao corpo do outro, que ela carrega dentro de si", disse ao Portal Terra.
O Projeto de Lei 478/2007 continua em tramitação na Câmara dos Deputados. Ele está na Comissão de Finanças e Tributação e depois segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O homem se realiza plenamente quando faz a vontade de Deus, afirma Bento XVI



Na manhã deste 27 de junho durante a habitual Audiência Geral das quartas-feiras na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI lamentou que algumas vezes o homem acredite ter o poder de Deus, mas recordou que a sua plena realização está em fazer a vontade do Pai servindo com caridade a outros.
O Santo Padre sublinhou que: "A lógica humana, em vez, busca muitas vezes a autorrealização no poder, no domínio, nos meios potentes. O homem continua querendo construir com as próprias forças a torre de Babel para chegar à mesma altura de Deus, para ser como Deus. A Encarnação e a Cruz nos recordam que a plena realização está no conformar a própria vontade humana àquela do Pai, no esvaziar-se do próprio egoísmo para encher-se do amor e da caridade de Deus e, assim, tornar-se realmente capaz de amar os outros".
"Adão queria imitar a Deus, isto em si não é ruim, mas errou na ideia de Deus. Deus não é alguém que só quer grandeza. Deus é amor que se doa já na Trindade e depois na criação. E imitar a Deus quer dizer sair de si mesmo e doar-se no amor", adicionou.
Neste sentido, explicou que na oração, na relação com Deus, devemos abrir "a mente, o coração e a vontade à ação do Espírito Santo, para entrar nesta mesma dinâmica de vida".
"Nossa oração é feita, como vimos na quarta-feira passada, de silêncio e palavra, de canto e de gestos que envolvem a pessoa inteira: da boca à mente, do coração ao corpo inteiro. É uma característica que encontramos na oração hebraica, especialmente nos Salmos", disse o Santo Padre ao referir-se a "um dos cantos ou hinos mais antigos da tradição cristã, que São Paulo nos apresenta como aquele que é, de certo modo, o seu testamento espiritual: A Carta aos Filipenses".
Bento XVI recordou que São Paulo escreve esta carta enquanto está no cárcere condenado à morte, e "expressa sua alegria de ser discípulo de Cristo, de poder ir ao Seu encontro, até o ponto de ver a morte não como uma perda, mas como ganho".
São Paulo, através de sua carta convida à alegria, "uma característica fundamental –recordou-, de nosso ser cristãos e de nossa orar".
"São Paulo escreve: “alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos (Fl 4,4).
Mas como é possível se alegrar diante de uma condenação à morte então iminente? De onde, ou melhor, de quem São Paulo atrai a serenidade, a força e a coragem para ir ao encontro do martírio e do derramamento de sangue?”, questionou o Papa.
“Encontramos a resposta no centro da Carta aos Filipenses, naquilo que a tradição cristã denomina “carmen Christo”, o canto para Cristo, ou mais comumente chamado “hino cristológico”; um canto no qual toda a atenção está centrada sobre os “sentimentos” de Cristo Jesus".
Bento XVI disse que “estes sentimentos são apresentados nos versículos sucessivos: o amor, a generosidade, a humildade, a obediência a Deus, o dom de si. Trata-se não só e não simplesmente de seguir o exemplo de Jesus, como uma coisa moral, mas de envolver toda a existência no seu modo de pensar e agir".
Neste contexto, o Papa recordou aos fiéis que a oração "deve conduzir a um conhecimento e a uma união no amor sempre mais profundo com o Senhor, para poder pensar, agir e amar como Ele, Nele e por Ele".
"Exercer isso, aprender os sentimentos de Jesus, é o caminho da vida cristã", sublinhou.
Além disso, Bento XVI indicou que este canto condena "todo o itinerário divino e humano do Filho de Deus e engloba toda a história humana: do ser na condição de Deus, à encarnação, à morte de cruz e à exaltação na glória do Pai está implícito também no comportamento de Adão, do homem no início."
"Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não vive o seu “ser como Deus” para triunfar ou para impor sua supremacia, não o considera um poder, um privilégio ou um tesouro invejável”.
“Na verdade, “despiu-se”, esvaziou-se de si assumindo, como diz o texto grego, a “morphe doulos”, a “forma de escravo”, a realidade humana marcada pelo sofrimento, pela pobreza, pela morte, assimilou-se plenamente aos homens, exceto no pecado, agindo assim como verdadeiro servo a serviço dos outros".
“Neste sentido, Eusébio de Cesaréia, no século IV, afirma: “Ele tomou sobre si as fadigas daqueles que sofrem. Fez suas as nossas doenças humanas. Sofreu e passou por tribulações por nossa causa: isso em conformidade com seu grande amor pela humanidade”.
“São Paulo -continua o Papa- segue traçando o quadro “histórico” no qual se realizou esta inclinação de Jesus: “humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte (Fl 2,8). O Filho de Deus se tornou verdadeiro homem e cumpriu um caminho na completa obediência e fidelidade à vontade do Pai até o sacrifício supremo da própria vida. “Ainda mais, o Apóstolo especifica “até a morte, e uma morte de cruz”“.
"Sobre a Cruz, Jesus Cristo chegou ao máximo grau da humilhação, porque a crucificação era a pena reservada aos escravos e não às pessoas livres", recordou.
"Na Cruz de Cristo, o homem é redimido e a experiência de Adão é remediada: Adão, criado a imagem e semelhança de Deus, afirma ser como Deus com suas próprias forças, coloca-se no lugar de Deus e assim perde sua dignidade original que lhe foi dada”.
“Jesus, em vez, estava “na condição de Deus”, mas inclinou-se, colocou-se na condição humana, na total fidelidade ao Pai, para redimir o Adão que está em nós e devolver ao homem a dignidade que havia perdido.", afirmou.
Deste modo, o Santo Padre reiterou seu chamado a imitar Jesus, que voltou "a dar à natureza humana através de sua humanidade e obediência, o que se perdeu pela desobediência de Adão".
“Como São Francisco diante do crucifixo, digamos também nós: Grande e magnífico Deus, iluminai o meu espírito e dissipai as trevas de minha alma; dai-me uma fé íntegra, uma esperança firme e uma caridade perfeita, para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a vossa santíssima vontade. Amém!”, concluiu.

Há 35 anos Papa Ratzinger era criado Cardeal



Hoje o quadro Memória Histórica volta ao dia 27 de junho de 1977, para lembrar esse momento inesquecível na vida de Bento XVI.

Palácio Apostólico. O Papa Paulo VI dá início ao Consistório para a criação de quatro novos cardeais, entre eles o Arcebispo de Munique e Freising, Joseph Ratzinger.

“O Consistório é circunstância solene na vida da Igreja: os Cardeais, reunidos em torno ao Papa, expressam a unidade que faz a Igreja viver: este é um momento privilegiado na vida da Igreja, porque o Sucessor de Pedro se encontra junto aos seus conselheiros e colaboradores mais próximos, expressão de fraternidade episcopal, aos quais confia suas solicitações pastorais e universais”.

Às vésperas da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo – “colunas da Igreja pela qual deram a vida” – o Papa Paulo VI invocou os santos e pediu intercessão de Nossa Senhora antes de dirigir a palavra a cada um dos novos Cardeais

“A agora nomeamos Cardeais da Santa Romana Igreja os eleitos eclesiásticos...Joseph Ratzinger, Arcebispo de Mônaco e Frisinga".

Ao falar da fidelidade dos novos Cardeais ao serviço à Igreja e ao Papa, Paulo VI nomeou as qualidades de cada um dos novos cardeais, entre eles, Ratzinger.

“Atestamos essa fidelidade também ao senhor, Cardeal Ratzinger, cujo alto magistério teológico em prestigiosas cátedras universitárias da Alemanha e em numerosas e válidas publicações, mostrou como a pesquisa teológica – que a via mestre da “Fé em busca de entendimento” não pode e não deve estar desconectada da profunda, livre e criadora adesão ao Magistério que autenticamente interpreta e proclama a Palavra de Deus; e que agora, da Arquidiocese de Mônaco e Freising, o Cardeal Ratzinger orienta a nossa confiança como eleito do rebanho nos caminhos da verdade e da paz”.

Bento XVI nomeia dois novos bispos para o Brasil



O Papa Bento XVI nomeou na manhã desta quarta-feira, 27, dois novos bispos para o Brasil: padre José Eudes Campos do Nascimento será o novo bispo de Leopoldina (MG) e padre Sérgio de Deus Borges foi nomeado bispo auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo (SP).

Monsenhor José Eudes

Nasceu em Barbacena, Minas Gerais, em abril de 1966. Cursou Filosofia no Instituto Santo Tomás de Aquino, em Belo Horizonte (MG) e Teologia no Seminário São José, em Barbacena. Foi ordenado padre no dia 22 de abril de 1995, em sua cidade natal. Atuou como pároco da paróquia São Gonçalo do Amarante, em Catas Altas da Noruega (MG); Assessor da Pastoral da Juventude; pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rio Pomba (MG) e finalmente pároco da paróquia Santa Efigênia, em Ouro Preto, desde 2009.

Monsenhor José Eudes sucederá a Dom Dario Campos, transferido para a Diocese de Cachoeiro do Itapemirim (ES), em 27 de abril de 2011. Desde então, a Diocese de Leopoldina está vacante, sendo administrada pelo monsenhor Alexandre dos Santos Ferraz.

Monsenhor Sérgio de Deus

Nasceu em Alfredo Wagner, Santa Catarina, em setembro de 1966. Realizou seus estudos em Filosofia com os freis Capuchinhos, em Ponta Grossa (PR), e Teologia, no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina. Além disso, é licenciado em Pedagogia e especialização em Gestão do Ambiente Escolar, pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Fez mestrado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense e especialização em Matrimônio e Família pela Pontifícia Universidade Santa Cruz. Atualmente cursa o doutorado pela Pontifícia Universidade Católica Argentina.

Antes disso, monsenhor Sérgio foi ordenado presbítero em fevereiro de 1993 e incardinado na diocese de Cornélio Procópio (PR), onde exerceu as funções de pároco da paróquia São Miguel e São Francisco, membro do Conselho Presbiteral e Colégio de Consultores, assessor da Pastoral da Juventude, assessor da Pastoral do Dízimo, administrador paroquial da paróquia Nossa Senhora da Conceição, assessor da Pastoral Familiar, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Jataizinho (PR), desde 2011, e presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pontifício Conselho da Cultura apresenta Festival Internacional de Cinema Católico



Com o apoio do Pontifício Conselho da Cultura, foi apresentada no Salão de convenção Conciliazione de Roma, a terceira edição do Festival Internacional de Cinema Católico, que recolhe filmes que promovem valores e modelos positivos.
Na apresentação participaram Dom Franco Perazzolo, membro do Pontifício Conselho da Cultura; a Presidente do Festival e diretora de cinema, Liana Marabini; Ganni Quranta, importante cenógrafo vencedor de um Oscar, e Maria Pia Ruspoli, atriz e membro do jurado.
Liana Marabini expressou que o século XXI "é o século das conversões, e devemos ajudar a isso através do cinema".
"Com o cinema, podemos criar e dar às pessoas modelos de vida positivos, tanto através das palavras, como dos personagens. Por isso eu costumo comprometer-me muito em meus filmes, tento dirigi-los sempre com atores importantes. Eles são os modelos de hoje em dia para as pessoas, e se eles interpretarem personagens positivos, isso será de muita inspiração para as conversões", acrescentou.
A diretora do Festival indicou aos jornalistas que nestes momentos "há uma busca especial dos valores de Deus", e denunciou que atualmente, "a indústria do cinema é muito hostil com o desenvolvimento de temáticas católicas".
O festival se desenvolverá entre os dias 2 a 5 de julho, e vai expor 15 filmes selecionados entre mais de mil candidatos.
O Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi abrirá o evento, que se celebra sob o lema "Cinema e Nova Evangelização". Os responsáveis esperam que esta manifestação sirva para dar um lugar aos produtores e diretores de cinema, documentários, séries de TV, curta-metragens e programas que promovam os valores universais e os modelos positivos.
Entre os finalistas ao prêmio de Melhor Filme está a produção espanhola "Uma Canção", de Imaculada Hoces, nomeada a 12 Prêmios Goya 2013; a americana "War of the Vandeè", do Jim Morlino; e "Churchmen", uma produção francesa dirigida pelo Rodolphe Tissot.
O Peixe de Prata, símbolo dos cristãos, será o desejado galardão a ser entregue ao Melhor Filme, Melhor Documentário, Melhor Curta-metragem, Melhor Atriz e Ator protagonistas, e Melhor Diretor.
Enquanto isso, o prêmio para a melhor carreira já está destinado a Robert Hossein, diretor de "Uma mulher chamada Maria", cuja estreia acompanhará a inauguração do festival.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Já está no ar site dedicado ao Ano da Fé. Visite!


Três meses antes da abertura do Ano da Fé entra no ar o website do evento: www.annusfidei.va.
Na conferência para a imprensa, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou o portal, a logomarca, o hino e o calendário dos eventos principais presididos pelo Papa.
Todos os detalhes sobre os eventos do Ano da Fé podem ser encontrados no novo portal
O segundo jubileu na história dedicado à fé começará no próximo dia 11 de outubro com a celebração eucarística presidida pelo Papa com os padres sinodais e conciliares. Na programação está prevista também a cerimônia com o sacramento da Confirmação administrada pelo Santo Padre.
“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende apoiar a fé de tantos crentes que no trabalho cotidiano não cessam de confiar com convicção e coragem a própria existência ao Senhor Jesus”, explicou Dom Fisichella, declarando que as várias iniciativas durante o Ano da Fé têm como objetivo despertar a fé em partes do mundo de tradição cristã.
A respeito do site, o prelado informou que todos os detalhes sobre os eventos e outras informações sobre o Ano da Fé podem ser encontrados nele, que contém subsídios, livros e todos os tipos de dispositivos. Em colaboração com as edições São Paulo foi publicada uma série de pequenos livros com as bases da fé católica
Sobre a logomarca do Ano da Fé, o presidente do dicastério explicou que ela salienta o caráter catequético do evento. Segundo o prelado, a imagem da Igreja representa um barco que navega sobre as ondas. Seu mastro é uma cruz. Este iça as velas queformam o trigrama de Cristo: IHS. Na logomarca, ao fundo, se vê representado o sol associado ao trigrama que se refere à Eucaristia.(foto abaixo)
Uma outra iniciativa do Vaticano dedicada ao Ano da Fé será a promoção da imagem do Cristo Pantocrátor da Catedral de Monreale com o credo niceno-constantinopolitano impresso atrás com um convite para aprendê-lo de cor.

Bento XVI: Exemplo de São João Batista nos chama à conversão



O Papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista, cuja festa da sua Natividade se celebra hoje, chama os cristãos “conversão, a testemunhar a Cristo e anunciá-lo todo o tempo”.
Em suas palavras prévias à oração mariana do Ângelus, frente aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre recordou a vida de São João Batista e indicou que “com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo a quem a liturgia celebra o nascimento, e assim faz porque ele está intimamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus”.
“Desde o ventre materno, de fato, João é o precursor de Jesus: sua prodigiosa concepção foi anunciada pelo Anjo a Maria, como sinal que “nada é impossível a Deus””.
Bento XVI assinalou que “o pai de João, Zacarias – marido de Isabel, parente de Maria –, era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou logo no anuncio de uma paternidade então inesperada e, por isso, permanece mudo até o dia da circuncisão do menino, no qual ele e a mulher deram o nome indicado por Deus, isto é, João, que significa “Deus é cheio de graça”.
“Animado pelo Espírito Santo, Zacarias assim falou sobre a missão do filho: “E tu, menino, serás profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados”.
O Papa explicou que “tudo isso se manifestou trinta anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judéia”.
“Quando um dia, de Nazaré, vem o próprio Jesus a se deixar batizar, João primeiramente se negou, mas depois concorda, e vê o Espírito Santo posar sobre Jesus e ouve a voz do Pai celeste que o proclama Seu Filho”.
O Santo Padre assinalou que “a sua missão não estava ainda cumprida: pouco tempo depois, ele foi convidado a preceder Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes e, assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que primeiro reconheceu e anunciou publicamente”.
O Papa Bento XVI também recordou que "a Virgem Maria ajudou a parente idosa Isabel a levar até o fim a gravidez de João. Ela ajuda todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e ardor profético", concluiu.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Programação do Ano da Fé divulgada no Vaticano



Ontem, 21 de Junho, foi apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé o programa de atividades para o Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI de 11 de outubro a 24 de novembro de 2013.

No ato estiveram presentes o Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella e o Subsecretário do dicasterio, Dom Graham Bell.

Conforme foi informado à imprensa, os eventos mais importantes deste especial ano contarão com a presença do Santo Padre e serão realizados em Roma. Entre estes destaca-se a abertura do Ano da Fé na Praça de São Pedro (na quinta-feira 11 de outubro) com uma solene Eucaristia, concelebrada por todos os Padres sinodais, os presidentes das Conferências Episcopais e alguns clérigos que participaram do Concílio Vaticano II.

Em 21 de outubro se canonizarão sete mártires e confessores da fé.
Entre eles o francês Jacques Barthieu; o filipino Pedro Calugsod; o italiano Giovanni Battista Piamarta; a espanhola María Del Carmen; a iroquesa Katheri Tekakwhita e as alemãs Madre Marianne (Barbara Cope) e Anna Schäffer.

Em 25 de janeiro de 2013, na tradicional celebração ecumênica na Basílica de São Paulo Extramuros, rezar-se-á para que "através da profissão comum do Símbolo os cristãos (...) não esqueçam o caminho da unidade".

No dia 28 de abril o Santo Padre celebrará a crisma de um grupo de jovens e no domingo 5 de maio estará dedicado à piedade popular e ao trabalho das confrarias.

No dia 18 de maio, vigília de Pentecostes, haverá um encontro de movimentos eclesiais na Praça de São Pedro. No domingo 2 de junho, celebração do Corpus Christi, haverá uma solene adoração Eucarística, que será realizado à mesma hora em todas as catedrais e igrejas do mundo.

O domingo 16 de junho estará dedicado ao testemunho do Evangelho da Vida. No dia 7 de julho concluirá na Praça de São Pedro a peregrinação dos seminaristas, noviças e noviços de todo o mundo.

No dia 29 de setembro haverá uma celebração pelo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica enquanto o 13 de outubro estará dedicado à presença da Maria na Igreja.

Finalmente, em 24 de novembro de 2013 se celebra a jornada de encerramento do Ano da Fé.

Do mesmo modo, indicou-se que os diversos dicasterios têm em programadas iniciativas publicadas no calendário. Entre os eventos culturais destaca-se uma exposição sobre São Pedro em Castel Sant'Angelo (7 fevereiro- 1 maio 2013) e um concerto na Praça de São Pedro (22 de junho 2013).

A Jornada Mundial da Juventude, que será celebrada no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho de 2013 também ocorrerá no contexto do ano da Fé e contará com a presença do Santo Padre.

Ano da Fé será ocasião para redescobrir alegria do encontro com Cristo, ressalta Dom Fisichella



O Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou esta manhã na Santa Sé o Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013 como uma ocasião para "voltar a descobrir o caminho da fé" e ressaltar "o entusiasmo renovado do encontro com Cristo".

O ato, realizado no Escritório de Imprensa da Santa Sé, contou também com a participação de Dom Graham Bell, subsecretário deste dicasterio.
Durante a apresentação, Dom Fisichella recordou que o Santo Padre, em sua carta apostólica Porta Fidei, falou "da exigência de voltar a descobrir o caminho da fé para ressaltar cada vez mais a alegria e o entusiasmo renovado do encontro com Cristo", razão pela qual convocou-se este ano especial cujo início coincide com o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e 20º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

Do mesmo modo, indicou o prelado, este ano se propõe a "sustentar a fé de tantos crentes que, em meio da fadiga cotidiana, que não cessam de confiar, com convicção e valentia, sua existência ao Senhor Jesus. Seu testemunho, que não é notícia (...) é o que permite à Igreja apresentar-se ao mundo de hoje, como no passado, com a força da fé e com o entusiasmo dos singelos".
O Arcebispo também explicou que o Ano da Fé se insere em um contexto "caracterizado por uma crise generalizada que corresponde também à fé".
"A crise de fé é a expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o ser humano abandonado a si mesmo (...) É necessário ir além da pobreza espiritual na que se encontram muitos contemporâneos, que já não percebem a ausência de Deus em sua vida, como uma carência que deve ser preenchida. O Ano da Fé quer ser um caminho que a comunidade cristã brinda aos que vivem com nostalgia de Deus e com o desejo de encontrá-lo de novo", afirmou.

Nesse sentido, disse que o programa toca "a vida diária de cada crente e a pastoral ordinária da comunidade cristã para voltar a encontrar o espírito missionário necessário para dar vida à nova evangelização".

Para isso, anunciou que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dosSacramentos aprovou o formulário de uma Missa especial "Para a Nova Evangelização". "Um sinal para que neste ano (...) se da primazia à oração e especialmente à Eucaristia, fonte e cume da vida cristã", indicou.

Logotipo do Ano da Fé

Durante o ato, Dom Fisichella também apresentou o logotipo do Ano da Fé, que consiste em uma barca, imagem da Igreja, cujo mastro é uma cruz com as velas desdobradas e o trigrama de Cristo (IHS). O sol, no fundo, recorda a Eucaristia.

Também está sendo preparado o hino oficial do evento. Ademais, no início de setembro será publicado o Subsídio pastoral "Viver o Ano da Fé".

Durante o ato, informou-se que uma pequena imagem do Cristo da catedral de Cefalú, Sicilia (Itália), em cujo reverso está escrita a Profissão de Fé, acompanhará aos fiéis e peregrinos ao longo deste ano especial.

Finalmente, indicou-se que os fiéis poderão consultar um site criado para o Ano da Fé, o mesmo que poderá ser visto desde todos os dispositivos móveis e em diversos idiomas.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Com a oração contemplamos o plano de amor de Deus para os homens, afirma o Papa



Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI convidou os fiéis a praticarem a oração constante porque com ela nos abrimos à contemplação do grande mistério que é o plano de amor de Deus para a história humana e de cada pessoa.
Diante de cerca de 8.000 peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, o Papa refletiu sobre o primeiro capítulo da Carta de São Paulo aos Efésios e "que começa com uma oração, que é um hino de bênção, uma expressão de gratidão e alegria".
Nesse sentido, o Papa indicou que é normal que o ser humano reze para pedir a ajuda de Deus. Para isso, assinalou, o Senhor nos ensinou o Pai Nosso com o qual nos mostra "as prioridades da nossa oração, limpa e purifica os nossos desejos e, assim, limpa e purifica o nosso coração."
"Assim, por si mesmo, é normal que na oração peçamos alguma coisa, mas não deveria ser exclusivamente assim. Existe ainda motivo de agradecimento e devemos ser um pouco atentos para ver que de Deus recebemos tantas coisas boas: é tão bom para conosco que é conveniente, é necessário, dizer obrigado. E deve ser também uma oração de louvor", expressou.
Nesse sentido, em sua carta aos Efésios, São Paulo ‘bendiz Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque Nele nos fez “conhecer o mistério de sua bondade’.
“O mistério de sua vontade”. “Mysterion”, “Mistério”: um termo mencionado muitas vezes na Sagrada Escritura e na Liturgia. Não gostaria agora de abordar a filosofia, mas a linguagem comum indicada quando não se pode conhecer, uma realidade que não podemos afirmar com nossa própria inteligência", indicou o Papa.
“O hino que abre a Carta aos Efésios nos conduz pela mão em direção a um significado mais profundo deste termo da realidade que nos indica. Para os crentes, “mistério” não é tanto o desconhecido, mas antes a vontade misericordiosa de Deus, o seu designo de amor que em Jesus Cristo foi revelado plenamente e nos oferece a possibilidade de, “com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo” (Ef 3,18-19)”.
O “mistério desconhecido” de Deus é revelado, ele é que Deus nos ama e nos ama desde o início da eternidade, destacou Bento XVI.
O Papa indicou que “o apóstolo agradece e louva, mas reflete também sobre os motivos que impulsionam o homem a este louvor, a este agradecimento, apresentando os elementos fundamentais do plano divino e suas etapas".
"Antes de tudo, devemos bendizer Deus Pai, porque – assim escreve São Paulo – Ele “nos acolheu nele antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”".
"São Paulo continua: Deus nos predestinou, nos elegeu para sermos “adotados como filhos seus por Jesus Cristo”, a sermos incorporados em seu Filho Unigênito. O apóstolo destaca a gratuidade deste maravilhoso desígnio de Deus sobre a humanidade. Deus nos escolhe não porque somos bons, mas porque Ele é bom", acrescentou.
Nesse sentido, o Papa explicou que "no cento da oração de benção, o Apóstolo explica o modo em que se realiza o plano de salvação do Pai em Cristo, em seu Filho amado. Escreve: “pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados segundo as riquezas de sua graça”. O sacrifício da cruz de Cristo é o evento único e irrepetível no qual o Pai mostrou de modo luminoso o seu amor por nós, não somente com palavras, mas de modo concreto", indicou.
"São Paulo convida a considerar o quanto é profundo o amor de Deus que transforma a história, que transformou sua própria vida, deixando de ser perseguidor de cristãos para ser Apóstolo incansável do Evangelho. Repitamos ainda mais uma vez as palavras tranquilizadoras da Carta aos Romanos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”? Animou o Papa.
Ao final de sua catequese, o Santo Padre disse que São Paulo fecha a bênção divina com uma referência ao Espírito Santo "que foi derramado em nossos corações”; o Paráclito – diz Paulo – “é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória".
Bento XVI explicou: "A redenção ainda não foi concluída – o sabemos –, mas terá seu pleno cumprimento quando aqueles que Deus adquiriu forem totalmente salvos".
"Devemos aceitar que o caminho da redenção é também um caminho nosso, porque Deus quer criaturas livres, que digam livremente ‘sim’; mas é, sobretudo e primeiramente, um caminho Seu. Estamos em Suas mãos e agora é nossa liberdade andar sobre a estrada aberta por Ele”.
“Andemos sobre esta estrada da redenção, juntos a Cristo e sintamos que a redenção se realizará", afirmou.
Fazendo um resumo, o Papa disse que a visão apresentada por São Paulo "nesta grande oração de benção nos conduziu a contemplar a ação das três Pessoas da Trindade: o Pai, que nos escolheu antes da criação do mundo, pensou em nós e nos criou; o Filho, que nos redimiu com o seu sangue, e o Espírito Santo, penhor de nossa redenção e glória futura".
"Na oração constante, no relacionamento cotidiano com Deus, aprendemos também nós, como São Paulo, a ver cada vez mais claramente os sinais deste projeto e desta ação: na beleza do Criador que tudo criou (cfr Ef 3,9), como canta São Francisco de Assis: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas", afirmou.
"Queridos amigos, quando a oração alimenta a nossa vida espiritual nós nos tornamos capazes de conservar aquilo que São Paulo chama de “mistério da fé” numa consciência pura (cfr 1 Tm 3,9). A oração, como modo de “habituar-se” a estar junto de Deus, gera homens e mulheres inspirados não pelo egoísmo, pelo desejo de possuir, pela sede de poder, mas pela gratuidade, pelo desejo de amar, pela sede de servir, inspirados, isto é, por Deus, e somente assim podem levar a luz à escuridão do mundo", acrescentou o Papa.
“Gostaria de concluir esta Catequese com o epílogo da Carta aos Romanos. Com São Paulo, também nós rendemos glória a Deus porque disse-nos tudo sobre si em Jesus Cristo e deu-nos o Consolador, o Espírito de verdade”, finalizou o Santo Padre.