segunda-feira, 30 de julho de 2012

Aguardo com esperança a JMJ Rio 2013, afirma Bento XVI



Em suas palavras posteriores à oração do Ângelus, o Papa Bento XVI recordou a todos os jovens do mundo que dentro de um ano tem um encontro marcado entre os dias 23 e 28 de julho de 2013 no Brasil, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que terá lugar no Rio de Janeiro.

O Santo Padre assinalou que dentro de um ano, precisamente neste período, será celebrada a JMJ na cidade do Rio do Janeiro, no Brasil. “Trata-se de uma preciosa ocasião para tantos jovens experimentarem a alegria e a beleza de pertencer à Igreja e viverem a fé”.

Na presença dos peregrinos presentes em Castel Gandolfo Bento XVI afirmou: “Aguardo com esperança este evento, e desejo animar e dar as graças aos organizadores, especialmente à Arquidiocese do Rio do Janeiro, por seu compromisso na preparação com vivacidade a acolhida de quão jovens de todo o mundo tomarão parte neste encontro eclesial tão importante”.

Este fim de semana se realizou o maior evento pré-JMJ realizado até o momento no Brasil. Trata-se do Encontro “Preparai o Caminho”, que reuniu milhares de jovens no estádio do Maracanãzinho entre os dias 27 e 29 de julho.

O programa do evento se caracterizou pelas celebrações eucarísticas com a participação do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, do Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta e de Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB. O evento foi marcado pelos concertos, conferências e o lançamento de uma campanha de arrecadação de fundos para a JMJ.

Para mais informações sobre a campanha de doação e como ajudar, visite: 

http://www.rio2013.com/pt/noticias/detalhes/426/dom-orani-lanca-campanha-de-doacao-para-a-jmj-rio2013 

Bento XVI exorta os fiéis a saciarem a fome de Deus e não só as necessidades materiais



Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, o Papa Bento XVI pediu aos fiéis que redescubram a importância de saciar não só a fome material, mas também, e sobretudo, a fome mais profunda que é a de Deus, da verdade e de amor através da participação na Eucaristia, sempre de maneira fiel e responsável.

Ao dirigir-se às centenas de peregrinos reunidos no pátio do Palácio de Castel Gandoldo, o Santo Padre explicou que “Jesus não é um rei da terra que exerce o domínio, mas um rei que serve”.

“Peçamos ao Senhor que nos faça redescobrir a importância de nos nutrir do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência da Eucaristia, para estarmos sempre mais intimamente unidos a Ele. Ao mesmo tempo, rezemos para que jamais falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor”.

O Papa expressou que “a Eucaristia é o permanente grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor se faz alimento, dá a Si mesmo para nos transformar Nele”.

Ao explicar o milagre dos pães, o Santo Padre assinalou que “Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer: Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar participantes do seu dom”? 
O Papa explicou, ao comentar o Evangelho do dia, que, logo depois da cena da multiplicação dos pães, Jesus explica na sinagoga de Cafarnaum que Ele é “o ‘pão’ que dá a vida”.

“As ações realizadas por Jesus estão paralelas àquelas da Última Ceia: “Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribui-os às pessoas que estavam sentadas” – assim diz o Evangelho (Jo 6,11).

A insistência sobre o tema do “pão” que é partilhado e o render graças (v.11, em grego eucharistesas) evocam a Eucaristia, o Sacrifício de Cristo para a salvação do mundo. O evangelista observa que a Páscoa, a festa, estava próxima. O olhar se orienta para a Cruz, o dom de amor, e para a Eucaristia, a perpetuação deste dom: Cristo se faz pão de vida para os homens”, completou o Pontífice.

Bento XVI citou Santo Agostinho e afirmou que “para que o homem pudesse comer o pão dos anjos, o Senhor dos anjos se fez homem. Se Ele não se fizesse homem não teríamos seu corpo; não tendo o corpo propriamente dele, não comeríamos o pão do altar”.

Por isso, o Santo Padre assinalou que a Eucaristia “é o permanente grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor se faz alimento, dá a Si mesmo para nos transformar Nele”.

O Papa ressaltou que na cena da multiplicação, se destaca também a presença de um garoto que, diante da dificuldade de alimentar tanta gente, coloca em comum o pouco que tinha: cinco pães e dois peixes.

“O milagre não se realiza do nada, mas de uma primeira e modesta partilha daquilo que um simples garoto tinha consigo. Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer: Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar participantes do seu dom”, sublinhou o Papa.

Bento XVI assinalou que “a multidão ficou impressionada com o prodígio: vê em Jesus o novo Moisés, digno de poder e, no novo maná, o futuro assegurado, fica parada no elemento material, que comeram e o Senhor, “sabendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte””.

“Jesus não é um rei da terra que exerce o domínio, mas um rei que serve, que se curva até o homem para saciar não só a fome material, mas, sobretudo, a fome de algo profundo, a fome de orientação, de sentido, de verdade, a fome de Deus”, disse.

“Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos faça redescobrir a importância de nos nutrir do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência da Eucaristia, para estarmos sempre mais intimamente unidos a Ele. Ao mesmo tempo, rezemos para que jamais falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades não com as armas da violência, mas com a compartilha e o amor”, compartilhou o Santo Padre.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dom Müller: A teologia marxista da libertação está equivocada



O novo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Arcebispo alemão Gerhard Müller, explicou que a teologia marxista da libertação está equivocada, em uma entrevista concedida ao jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR) e publicada em sua edição de 25 de julho em italiano.

Devido à sua importância para o contexto atual, apresentamos duas das perguntas e suas respectivas respostas na íntegra. As perguntas se referem à teologia da libertação, ao diálogo com os lefebvristas e uma investigação às religiosas dos Estados Unidos: todos eles temas tratados pelo dicastério agora chefiado pelo Arcebispo Müller.

LOR: Você tem muitos contatos com a América Latina: como nasce esta relação?

Dom Müller: Estive com freqüência na América Latina, no Peru, mas também em outros países. Em 1988 fui convidado a participar de um seminário com Gustavo Gutiérrez. Fui com algumas reservas como teólogo alemão, também porque conhecia bem as duas declarações da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a teologia da libertação publicadas em 1984 e 1986.

Mas pude constatar que é necessário distinguir entre uma teologia da libertação equivocada e uma correta. Considero que toda boa teologia deve estar relacionada à liberdade e à alegria dos filhos de Deus. Indubitavelmente, entretanto, uma mistura da doutrina de uma auto-redenção marxista e a salvação doada por Deus, deve ser rechaçada.

Por outro lado devemos perguntar-nos sinceramente: como podemos falar do amor e da misericórdia de Deus ante o sofrimento de tantas pessoas que não têm alimento, água ou assistência sanitária, que não sabem como oferecer um futuro aos próprios filhos, onde realmente falta a dignidade humana, onde os direitos humanos são ignorados pelos poderosos?

Em última instância isto só é possível com a disposição de estar com as pessoas, de aceitá-las como irmãos e irmãs, sem paternalismo da outra parte. Se nos considerarmos a nós mesmos como família de Deus, então podemos contribuir a fazer que estas situações indignas do homem mudem e sejam melhoradas.

Na Europa, logo depois da Segunda guerra mundial e as ditaduras, construímos uma nova sociedade democrática também graças à doutrina social católica. Como cristãos devemos sublinhar que do cristianismo é que os valores de justiça, solidariedade e dignidade das pessoas foram introduzidos nas nossas Constituições.

Eu mesmo venho de Mainz. Ali, ao início do século XIX, houve um grande Bispo, o barão Wilhelm Emmanuel von Ketteler, que está nos inícios da doutrina e das encíclicas sociais. Um menino católico de Mainz tem a paixãosocial no sangue e por isso me sinto orgulhoso.

Foi certamente com miras a este horizonte do qual vim aos países da América Latina. Durante 15 anos sempre passava dois ou três meses por ano, vivendo em condições muito simples. Ao início para um cidadão da Europa central isto implica um grande esforço. Mas quando se aprende a conhecer as pessoas de forma pessoal e se vê como vivem, então a aceitação é possível. Estive também na Africa do Sul com nosso Domspatzen, o famoso coral que o irmão do Papa dirigiu por 30 anos.

Pude dar conferências em diversos seminários e universidades, não só na América Latina, mas também na Europa e na América do Norte. E isto foi o que pude experimentar: sente-se em casa em qualquer lugar, onde há um altar, Cristo está presente, onde quer que esteja, faz-se parte da grande família de Deus.

LOR: O que pensa das discussões com os lefebvristas e com as religiosas americanas?

Dom Müller: Para o futuro da Igreja é importante superar os enfrentamentos ideológicos donde quer que provenham. Existe uma única revelação de Deus em Jesus Cristo que foi confiada à Igreja inteira. Por isso não são negociáveis em relação à Palavra de Deus e não se pode acreditar e ao mesmo tempo não acreditar. Não se podem pronunciar os três votos religiosos e logo não tomá-los a sério. Não posso fazer referência à tradição da Igreja e logo aceitar apenas algumas das suas partes.

O caminho da Igreja segue adiante e todos são convidados a não fechar-se em um modo de pensar autorreferencial, mas a aceitar a vida plena e a fé plena da Igreja. Para a Igreja Católica é totalmente evidente que o homem e a mulher têm igual valor: já o relato da criação o disse e o confirma a ordem da salvação. O ser humano não tem necessidade de emancipar-se nem de criar ou inventar-se a si mesmo. Ele já está emancipado e liberado através da graça de Deus.

Muitas declarações se referem à admissão das mulheres ao sacramento da Ordem ignorando um aspecto importante do ministério sacerdotal. Ser sacerdote não significa criar uma posição. Não se pode considerar o ministério sacerdotal como uma espécie de posição de poder terreno e pensar que a emancipação se dará só quando todos possam ocupá-la.

A fé católica sabe que não formos nós quem colocamos as condições para a admissão ao ministério sacerdotal e que atrás do sacerdote estão sempre a vontade e a chamada de Cristo. Convido a renunciar às polêmicas e à ideologia e a inundar-se na doutrina da Igreja.

Nos próprios Estados Unidos as religiosas e os religiosos realizaram coisas extraordinárias para a Igreja, para a educação e a formação dos jovens. Cristo necessita de jovens que prossigam este caminho e que se identifiquem com a própria opção fundamental. O Concílio Vaticano II afirmou coisas maravilhosas para a renovação da vida religiosa, como também sobre a vocação comum à santidade. Importante reforçar a confiança recíproca em lugar de brigar os uns contra os outros.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Padre explica o que será a Santa Missa especial no Ano da Fé



O Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI foi oficialmente apresentado no dia 21 de junho. Uma das ações anunciadas foi que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos aprovou o formulário de uma Santa Missa especial pela Nova Evangelização.

Em sua intervenção sobre o Ano da Fé, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, disse que a iniciativa é um sinal para que, em especial neste Ano, a transmissão da fé aconteça na oração e na Eucaristia, que é a centralidade da vida cristã. 

O padre Rivelino Nogueira, da diocese de Lorena (SP), esteve em Roma durante a apresentação do Ano da Fé. Ele explicou que a proposta do formulário para missa especial constitui uma peculiaridade para que seja abordada a temática do Ano. 

“Este formulário vai ser uma Missa própria com a temática do Ano da Fé. São as orações presidenciais, prefácio, vigílias. Temos que aguardar a Congregação do Culto Divino apresentá-lo”, explicou. 

O sacerdote lembrou que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, afirmou que a fé deve ser "professada, celebrada, vivida e pregada" para poder ser transmitida. “O melhor lugar para a transmissão da fé é uma comunidade nutrida e transformada pela vida litúrgica e pela oração”, disse.

E a fé está diretamente ligada à liturgia. Padre Rivelino destacou que a fé não é eficaz sem a liturgia e os sacramentos, porque esta ausência implica na falta da graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Para ele, as celebrações e demais encontros são uma boa oportunidade para introduzir os fiéis no Ano da Fé.

“Aqui está o ponto alto para todos os sacerdotes aproveitarem bem o Ano da Fé, usando as celebrações, encontros, retiros, catequeses para trabalhar nas suas comunidades. Cada diocese, com o seu bispo diocesano, vai programar atividades, encontros, celebrações, a nível de diocese”, enfatizou. 

Padre Rivelino lembrou ainda a importância de se redescobrir o mistério da Eucaristia, que é o grande centro da fé cristã. “O próprio Ano da Fé vai ajudar os fiéis a professarem mais a fé, assumirem com mais responsabilidade o seu Batismo, sua missionariedade, como discípulos, missionários e evangelizadores, é esta a preocupação do Santo Padre”, finalizou. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Os homens de hoje podem reencontrar aquele olhar verdadeiramente livre e pacífico sobre o mundo


Em mensagem enviada aos membros dos Institutos Seculares, o Papa Bento XVI exortou-os a alimentarem "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo" abraçando "com caridade as feridas do mundo e da Igreja". Os membros do Instituto estão reunidos em Assis, região italiana da Úmbria, até a próxima quinta-feira, 26, no Congresso que tem como tema "À escuta de Deus 'nos sulcos da história': a secularidade fala à consagração".
"Homens e mulheres capazes de um olhar profundo e de bom testemunho dentro da história". Essa é a definição do Papa para os consagrados, na mensagem a eles enviada através do Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone.
Num tempo como o atual, cercado de interrogações, os consagrados podem seguir sua vocação olhando para o Espírito Santo, ou seja, "estar no mundo assumindo todos os seus pesos e os seus anseios, com um olhar humano que coincida sempre mais com o olhar divino", escreveu o Santo Padre.
O Pontífice ressaltou que, nesse sentido, a identidade dos consagrados revela a sua importante missão na Igreja, isto é, "ajudar a realizar o seu estar no mundo", porque mediante "a teologia da história, parte essencial da nova evangelização", os homens de hoje podem reencontrar aquele olhar "verdadeiramente livre e pacífico sobre o mundo", de que têm necessidade.
Daí o chamado central que o Papa faz ao fato de que "a relação entre Igreja e mundo" deve ser vivida "no signo da reciprocidade". Isso significa que não é só a Igreja que faz ações para ajudar os homens a serem mais humanos, mas também o mundo dá sua contribuição à Igreja para que ela possa compreender melhor a si mesma e "viver melhor a sua missão".
O Pontífice evocou a importância da formação, entendida como a educação para "aquela sabedoria que tem sempre consciência da centralidade humana e da grandeza do Criador". Ele evidenciou que esse tipo de cultura torna leigos e presbíteros "capazes de se deixar interrogar pelas complexidades do mundo" de hoje e de "empenhar-se num discernimento da história à luz da Palavra de Vida".
Disso vêm as exortações que o Papa lança aos Institutos seculares: ser "disponíveis a construir percursos de bem comum, sem soluções pré-confeccionadas", sempre prontos a arriscar; ser criativos segundo o Espírito Santo; alimentar "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo"; "abraçar com caridade as feridas do mundo e da Igreja". No fundo, o objetivo é "viver uma vida alegre e repleta, acolhedora e capaz de perdão, porque fundada em Jesus Cristo". (RL)

E quando o jogo na internet e o videogame se tornam um vicio?



O bom senso materno e paterno no controle dos jogos de internet utilizados pelos filhos

A revista Catolicismo publica uma entrevista muito proveitosa para os pais de família. A entrevistada é a Sra. Elizabeth Woolley — norte-americana fundadora do Online Gamers Anonymous (Jogadores Anônimos Online). Ela alerta os pais sobre o perigoso mundo da internet e dos videogames, que poderá viciar seus filhos.

Tendo como objetivo auxiliar as famílias a controlar e salvaguardar os pequenos dos malefícios dos jogos de computador, aqui transcrevo a entrevista com a Sra. Woolley.

Aos pais, um apelo ao dever

A senhora poderia explicar por que fundou Online Gamers Anonymous?

Sra. Wooley — Em 2002, meu filho Shawn viciou-se em um jogo chamado Everquest. Em três meses ele largou o emprego, foi despejado de sua casa e ficava a noite inteira acordado jogando no computador.Apesar de nossos ingentes esforços para auxiliá-lo a restabelecer a normalidade em sua vida, ele cometeu suicídio um ano e meio mais tarde.
Pouco tempo depois de seu suicídio, concedi uma entrevista ao “Milwaukee Journal Sentinel”, e foi então que me dei conta de quantas famílias estão sendo destruídas e sofrem como a minha.
Em 2002 eu decidi fundar o site Online Gamers Anonymous para ajudar essas pessoas a terem um lugar para se encontrar e saberem que não estão sozinhas. Faço questão de informar que esses jogos podem assumir o controle de suas vidas da mesma forma como o álcool e as drogas. Alguns jogadores me disseram que a pessoa pode tornar-se viciada em menos de 24 horas. Assim, ao passar dos jogos sociais para os jogos que provocam o vício, ela não consegue voltar atrás. Esses jogos podem tornar-se a droga preferida, devendo ser considerados como tal.
O nosso website www.olganon.org divulga pesquisas sobre o modo como esses jogos afetam as crianças, prejudicando o seu normal crescimento e seu desempenho social, e procura alertar os pais a esse respeito. Organizamos diversas reuniões semanais nas quais os viciados contam a sua história e apoiam-se mutuamente no esforço de abandonar o vício, além de debaterem muitos assuntos relacionados com o problema deles.

A senhora daria algum conselho aos pais que têm videogames em casa?

Sra. Wooley — O elemento crucial é garantir uma vida equilibrada aos filhos. Eles não podem ser criados com base em uma só atividade, pois do contrário vão ter problemas. Mesmo quando a criança protesta, a missão dos pais é dizer “não”, e guiá-los para outras atividades.
Ser pai ou mãe não é fácil, mas posso garantir que a vida podia ser perfeitamente normal antes da existência de videogames. Como pais, precisamos encontrar ou criar outras atividades para os nossos filhos que não sejam somente a de fazê-los sentar-se diante de uma tela de computador. Isso significa engajá-los em esporte, em encontros sociais e atividades educacionais. Mas é necessário oferecer-lhes opções. Se a criança disser que não quer abandonar o jogo, é preciso estabelecer limites ou então ela acabará tendo problemas.

Que tipo de pessoa tem inclinação para tornar-se viciada e quais são as consequências?

Sra. Wooley — Qualquer pessoa pode se viciar. Certas universidades confessam que o videogame é responsável por uma grande porcentagem de desistências. Muitas delas mantêm agora psicólogos para tratar do problema do vício no jogo entre os alunos. Estão também investigando se os estudantes estão envolvidos em videogames antes de lhes conceder bolsas de estudo. Elas sabem que podem estar perdendo uma bolsa se o candidato for um viciado. Eu conheço diversos pais que perderam as economias aplicadas no estudo dos filhos por causa disso. Muitos jovens que estão sendo arrastados para esse vício são de fato gênios. Eles são bastante inteligentes e cheios de motivação. A prova é que muitos desses jogos exigem horas de esforço tedioso, concentração e paciência. É triste ver todo esse potencial intelectual sendo jogado no lixo. Além das considerações que se podem fazer sobre o modo pelo qual o videogame prejudica as vidas e a educação, temos que levar em conta o quanto se poderia ganhar caso esses jovens capazes estivessem resolvendo os reais problemas da sociedade. Os videogames se tornaram em vez disso um poderoso fator de estupidificação da sociedade.
Às vezes, pessoas já crescidas e com emprego sério podem ficar viciadas. Eu conheço várias delas que possuíam trabalho e casa, mas perderam tudo por causa dos videogames.
Houve um caso extremo de um senhor na Flórida que perdeu seu emprego e teve que ir viver na rua. Ele acabou arranjando trabalho num restaurante a fim de conseguir dinheiro suficiente para ir ao gaming café, onde fica jogando o resto do dia. Quando o gaming café fecha, ele vai dormir na rua e no dia seguinte repete a mesma coisa. Muitos pais deixam a família para terem mais tempo de jogar. Eles perdem completamente a preocupação pelos filhos, porque tudo quanto eles julgam poder fazer é jogar. Mulheres adultas são mais inclinadas a engajar-se em jogos sociais como Farmville, SIMS e Second Life, porque gostam de fazer coisas conjuntas. Isso frequentemente causa problemas, pois as mulheres casadas acabam deixando os maridos e a família, abandonando os próprios filhos, para estarem com uma pessoa do jogo. Há muitos exemplos disso. Um caso extremo foi o do casal coreano que deixou o filho real morrer de má nutrição porque passavam todo o tempo disponível cuidando do “filho virtual”.

A maioria dos videogames dá às crianças uma sensação de que elas são algo ou que estão realizando alguma coisa. Isso é errado?

Sra. Wooley — Um dos perigos maiores é precisamente o de ser muito fácil obter uma sensação de valor e realização através do jogo. Se a pessoa não consegue um resultado ou não gosta do que fez, pode recomeçar até conseguir o resultado certo. Bem, a vida real não é assim. A vida real não é tão fácil e com frequência não se tem uma segunda oportunidade. Com isso, por contraste, a criança fica desanimada com a vida real e termina abandonando-a inteiramente. Ela diz a si mesma: “Isto é muito difícil”, e foge de volta para os jogos.
Tal atitude representa um perigo enorme para a vida social da criança. Em vez de satisfazer seus desejos de coisas como valor e realização através de intercâmbio social, ela os obtém por meio dos jogos. Desta forma ela não tem a experiência necessária da vida real, especialmente do sofrimento normal da vida, e não aprende a lidar com bons e maus momentos. Vida real não é fácil para ninguém, e permitir que uma criança use jogos como droga para fugir da vida real não vai ensiná-la a lidar com ela.
Eu pude comprovar isso em meu filho (foto acima). No jogo ele podia facilmente fazer o que queria e sentir-se realizando algo. Ao mesmo tempo, ele não estava usando seu tempo para cuidar de sua vida real, de modo que não havia nada para sustentá-lo. A um certo ponto ele passou a não se importar mais com o futuro e de como progredir na vida real. Se a maior parte de seu tempo é usada nos jogos, não haverá tempo suficiente para aprimorar a educação, habilidades e amizades na vida real. Todos aqueles que de fato queiram realizar algo na vida precisam abandonar os jogos e se dedicar à vida real.

Qual é a sua mensagem aos pais que usam videogames para ajudar a entreter seus filhos?

Sra. Wooley — Eu tenho visto muitas atitudes irresponsáveis de pais que desejam usar os videogamescomo babás. Isso infelizmente acontece porque muitos pais são com frequência eles próprios jogadores.
Primeiramente, não é bom pai aquele que dá à criança um jogo de computador para que ela não o amole. Ocupe-se de seu filho na vida real! Conheci um pai que ensinou seu filho de três anos a jogar com ele World of Warcraft, achando que se conseguisse tornar a criança viciada naquele jogo, poderia vir a ter um melhor relacionamento com ela. Faço questão de dizer aos pais que jogar tais jogos com os filhos não pode ser chamado de relacionamento, uma vez que durante os mesmos não há quase nenhuma troca de palavras; o modo de a criança se relacionar com qualquer coisa durante o jogo é unicamente através dos controles.
Em segundo lugar, recomendo aos pais que não permitam a nenhuma criança de menos de 16 anos jogar esses jogos ligados à Internet, e ponto final. Além de nunca se saber contra quem eles estão jogando, os pedófilos estão sempre imaginando meios de se conectarem com crianças através desses jogos. Os pais imaginam que é seguro por ser dentro de casa, mas não é. Dar aos filhos o jogo de  Internet é como colocá-los num bar público sozinhos.
Há também o seguinte: muitas vezes os pais me dizem que não têm outra saída senão dar à criança o que ela quer, acabando não se dando conta do conteúdo do jogo. Esses jogos podem ter material sexual explícito, palavras imorais, uso de drogas, violência imoderada e destruição. Se isso estivesse num filme, apenas a violência já colocaria o filme na categoria “R” (proibido para menores de 17 anos). Apesar de a maior parte das famílias cristãs com as quais falo serem incapazes de dar a seus filhos um filme classificado como “R”, elas os deixam jogar jogos violentos. Isso lhes é muito prejudicial.

E se os filmes não forem violentos e online?

Sra. Wooley — O simples fato de não serem violentos nem on-line não significa que não sejam perigosos. Seria o mesmo que dizer que está bem dar às crianças drogas não violentas. Nunca é demais lembrar que videogames devem ser considerados como possíveis drogas, não se podendo permitir a ninguém de se tornar viciado nelas. É certo que, quando um jogador cruza a linha entre o poder decidir quando jogar e o ser forçado a jogar, sua mente foi já reprogramada pelo vício. Ele não está jogando porquequer, mas porque precisa. Nesse ponto, ele começa a odiar o jogo, mas não pode mais parar. Sua vida se despedaça e ele entra no círculo vicioso de sentir-se culpado e ter “euforias” nos jogos. Depois cai novamente na sensação de culpa e volta ao jogo, onde tudo recomeça. Ao “datilografar” constantemente o teclado nos jogos, ele se torna desumanizado, dando menor importância aos próprios sentidos, não saindo de casa para fazer exercício ou tomar sol e comer algo decente: ele se torna uma concha humana.
Eu ainda julgo que se deveria pesquisar mais a respeito disso, mas já há suficiente informação de como os jogos afetam especialmente os jovens, atrofiando o seu crescimento mental e sua capacidade de se relacionar socialmente.Isso foi um dos aspectos que me chocaram a respeito de meu filho. Ele parou de falar com as pessoas, inclusive comigo, sua mãe. Antes de começar a jogar os videogames, ele era como todos nós: tinha um futuro, planos, amigos e um emprego. Após tornar-se viciado, foi como se uma luz na sua cabeça tivesse sido desligada: desinteressou-se totalmente de como deveria passar a vida real, não se importando mais sobre o que poderia acontecer-lhe no futuro, perdeu completamente suas metas e princípios. Parou de pensar na realidade e tornou-se deprimido. Sua personalidade mudou radicalmente e ele se tornou anti-social. Essa é a razão pela qual eu sempre digo que tais jogos podem reprogramar o cérebro da pessoa, transformando-a em outro indivíduo. Os amigos de meu filho ficaram abismados de quanto ele efetivamente mudou.

A senhora poderia dar um exemplo de pais que acabaram intervindo tarde demais? 

Sra. Wooley — Um dos garotos que conheci era um jovem canadense de 15 anos chamado Brandon. Ele começou a jogar um jogo chamado Call of Duty e seus pais, apesar de saberem que aquilo lhe estava causando problemas, não encontravam um meio de fazê-lo parar. Brandon considerava-se uma pessoa muito poderosa no jogo, e não queria largá-lo devido a essa sensação de importância que estava adquirindo e por ser alvo de atenção. Em 2008, seus pais finalmente decidiram pôr um freio na história e lhe tiraram o jogo. Brandon acabou fugindo de casa. Algumas semanas mais tarde, alguns caçadores descobriram seu cadáver a 10 quilômetros de onde residia.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

“Bote Fé na Vida” marca contagem regressiva de um ano para JMJ Rio2013



Faltando exatamente 365 dias para o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, o setor de Pré-Jornada do Comitê Organizador Local (COL) promoveu o Bote Fé na Vida – corrida e caminhada-, em diversas dioceses brasileiras na manhã do último domingo, 22 de julho. Em Cachoeiro de Itapemirim-Es cerca de 500 pessoas participou da corrida nas ruas do centro da cidade.

Com um percurso de 5 km, a corrida e caminhada começaram com a bênção do Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim-Es, Dom Dario Campos.
De acordo com o responsável pelo Setor Juventude, padre Enildo Souza, a corrida foi uma forma de divulgar o evento para as pessoas que não participam da Igreja.

Foram sorteados alguns brindes após o evento, como por exemplo, 3 camisas da Festa do Rei Jesus evento promovido pela Comunidade Católica Vida Nova que se realizará no dia 22 de Setembro e que conta com 12.000 participantes.

Ao todo 120 Dioceses realizaram o Bote Fé na Vida. Na Arquidiocese de Brasília, o início de chuva não tirou a animação dos quase 1.200 participantes que deram a volta pela Esplanada dos Ministérios em um percurso de 4km.

Na diocese de Duque de Caxias, subsede da JMJ, cerca de mil pessoas participaram da corrida. O voluntário Filipe Peclat, de 22 anos, contou que entre os participantes estava uma senhora de 91 anos. “Eu achei essa iniciativa incrível! Dava pra ver estampada no rosto das pessoas a felicidade de estar participando daquele momento mostrando como o jovem pode ser protagonista da sua história! Acho que, com esse evento, conseguimos reunir todos os tipos de juventude!”, disse
.
Nas arquidioceses de Olinda e Recife, o vencedor de cada prova ganhou uma passagem de ida e volta para participar da JMJ no Rio de Janeiro em 2013. Já os segundos e terceiros lugares ganharam uma bicicleta cada. Após a premiação, foram realizados vários shows.

A Diocese de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a corrida teve um percurso mais extenso, de 6,1 km (entre os municípios de Tracunhaém e Nazaré da Mata). Mas os participantes tiveram uma boa motivação. A premiação também foi um pacote de viagem para a JMJ Rio2013.
Nas Dioceses de Palmares (PE) e de Natal (RN), além da corrida, o Bote Fé na Vida teve uma programação ampla com shows, missa e apresentações culturais. 

Bento XVI pede imitar o exemplo de conversão de Santa Maria Madalena



Ontem, em suas palavras prévias à oração do Ângelus, o Papa Bento XVI lançou um convite a que nos deixemos salvar por Jesus tal como experimentou Maria Madalena, quem após deixar que Deus entrasse em sua vida se livrou de todos os males e conheceu realmente a paz, o bem, a felicidade, e a realização.

Ao dirigir-se aos peregrinos reunidos no pátio do Palácio de Castel Gandolfo, o Santo Padre indicou que entre as ovelhas perdidas que Jesus salvou, Maria Madalena, cuja memória litúrgica celebramos hoje experimentou a Deus na própria vida e assim conheceu sua paz.

O Papa indicou que “o evangelista Lucas diz que dela Jesus expulsou sete demônios (cf. Lc 8,2), ou seja, a salvou de uma total escravidão ao mal. Em que consiste essa cura profunda que Deus realiza através de Jesus? Consiste em uma paz verdadeira, completa, fruto da reconciliação da pessoa consigo mesmo e com todas as suas relações: com Deus, com os outros e com o mundo".

"Na verdade, o diabo tenta sempre arruinar a obra de Deus, semeando divisões no coração humano, entre corpo e alma, entre o homem e Deus, nas relações interpessoais, sociais, internacionais, e também entre o homem e a criação. O maligno semeia guerra; Deus cria a paz. Com efeito, como indicou São Paulo, Cristo «é a nossa paz: de dois povos fez um só povo, em sua carne derrubando o muro da inimizade que os separava», destacou.

"Para realizar esse trabalho de reconciliação radical Jesus, o Bom Pastor, tornou-se Cordeiro, "o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Apenas para que ele pudesse realizar a maravilhosa promessa do Salmo: «Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos»".

O Santo Padre sublinhou que a Palavra de Deus deste domingo, "nos propõe um tema fundamental e sempre fascinante da Bíblia: lembra-nos que Deus é o Pastor da humanidade. Isto significa que Deus quer para nós a vida, quer nos orientar a boas pastagens, onde poderemos nos alimentar e descansar; não quer que nos percamos e morramos, mas que cheguemos ao destino da nossa viagem, que é plenitude da vida".

“Isso é o que todo pai e toda mãe quer para seus filhos: o bem, a felicidade, a realização. No Evangelho de hoje, Jesus se apresenta como o Pastor das ovelhas perdidas de Israel. Seu olhar é um olhar sobre as pessoas como se fosse "pastoral".

O Papa assinalou que no Evangelho deste domingo se diz que “ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas". 

“Jesus encarna Deus Pastor com sua forma de pregar e com as suas obras, tendo o cuidado com os doentes e os pecadores, aqueles que estão "perdidos" (Cf. Lc 19,10), para trazê-los de volta em segurança, na misericórdia do Pai", afirmou.

"Estas palavras fazem-nos vibrar o coração, porque expressam nosso desejo mais profundo, dizendo para o quê fomos feitos: a vida, a vida eterna! Estas são as palavras daqueles que, como Maria Madalena, experimentaram Deus na própria vida e conhecem a sua paz. Palavras mais verdadeiras do que nunca na boca da Virgem Maria, que já vive para sempre nas pastagens do Céu, onde a conduziu o Pastor Cordeiro", acrescentou.

“Maria, Mãe de Cristo, nossa paz, rogai por nós!”, foram as palavras usadas pelo Papa para terminar sua alocução deste domingo. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bote Fé na Vida dia 22 de Julho em todas as Dioceses do Brasil



Para marcar o início da contagem regressiva da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, uma corrida de rua e caminhada acontecerão, simultaneamente, em todas as Dioceses do Brasil, no dia 22 de julho. Além de dar a largada rumo à JMJ, o evento visa motivar as pessoas a viver uma experiência de evangelização através do esporte.
Conhecido como "Bote Fé na Vida", o evento é uma iniciativa da Igreja do Brasil e propõe fomentar unidade entra diversas expressões da juventude, além de promover a qualidade de vida e despertar o esporte como canal de prevenção às drogas e promoção da saúde.
Para o diretor do Setor Pré-Jornada do Comitê Organizador Local (COL), padre Jefferson Gonçalves de Araújo, o evento é algo inédito, que fortalece também a Pastoral dos Esportes, gerando mais um legado Pós-Jornada.
“Com o Bote Fé na Vida, queremos usar o tema dos esportes para apresentar a todos a proximidade da Jornada Mundial da Juventude”, ressaltou.
De acordo com o planejamento feito pelas Dioceses, em cada cidade haverá duas opções de participação: corrida ou caminhada.
Para caracterizar a unidade entre todas as cidades participantes, a largada será às 9h, simultaneamente.