
Ontem, 19 de junho, foi apresentado na Sala de
Imprensa da Santa Sé o Instrumentum Laboris da XIII Assembleia Geral Ordinária
do Sínodo dos Bispos que será realizada de 7 a 28 de outubro
e abordará o tema "A Nova Evangelização para a transmissão da fé
cristã".
No ato estiveram pressentes Dom Nikola Eterovic
e Dom Fortunato Frezza, Secretário Geral e Subsecretário do Sínodo
respectivamente.
Durante a apresentação, Dom Eterovic assinalou
que a transmissão da fé cristã é um dos grandes desafios da Igreja "que será aprofundado no contexto da nova
evangelização". Nesse sentido, destacou que o Sínodo dos Bispos se
realizará no marco do Ano da Fé que terá início no dia 11 de outubro.
Sobre o Instrumentum laboris, o bispo explicou
que este consta, além do Prefácio, de uma Introdução, quatro capítulos e uma
Conclusão. Ele indicou que a Introdução recolhe o parecer das Conferências
Episcopais que concordam com "a necessidade de novos instrumentos e
expressões para fazer compreensível a Palavra de Deus nos ambientes de vida da humanidade contemporânea. O evento sinodal deveria
representar uma ocasião de debate e de participação, tanto da análise como das
ações a serem compartilhadas para alentar os pastores e as igrejas
particulares".
Do mesmo modo, assinalou que o primeiro
capítulo, intitulado "Jesus Cristo, Evangelho de Deus para o homem",
reitera o núcleo central da fé cristã e propõe o Evangelho de Jesus Cristo como
Boa notícia para o homem contemporâneo.
"A nova evangelização é a expressão da
dinâmica interna do cristianismo, que deseja dar a conhecer aos homens de boa
vontade a 'profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento' do mistério
de Deus revelado em Jesus Cristo, é mais que uma ansiosa resposta ante a crise
da fé e os novos desafios que o mundo atual expõe à Igreja", indicou.
O segundo capítulo aborda o "Tempo de nova
evangelização" e assinala os desafios e a descrição da nova evangelização
no mundo contemporâneo, explicados com vários cenários.
"A Igreja está chamada a discernir tais
cenários para transformá-los em lugares para o anúncio do Evangelho e da
experiência eclesial (...) Na obra de nova evangelização, deseja-se uma
renovação da pastoral ordinária das Igrejas particulares e, ao mesmo tempo,
espera-se em uma nova sensibilidade que requer criatividade e audácia evangélica,
para as pessoas que se afastaram da Igreja", assinalou.
Dom Eterovic disse que muitas das respostas se
referem à "falta de vocações para o sacerdócio e a vida consagrada, que
requer, por outra parte, uma forte pastoral vocacional".
O terceiro capítulo se titula "Transmitir
a fé" e recorda que esta é a finalidade da nova evangelização. O bispo
também adverte que "os obstáculos à fé podem ser internos à Igreja (uma fé
vivida de forma passiva e privada, o rechaço de uma educação da fé própria, uma
separação entre fé e vida) ou fora da vida cristã (a secularização, o niilismo,
o consumismo, o hedonismo)".
"O Ano da Fé representa uma chamada
urgente à conversão para que cada cristão e cada comunidade, transformados pela
graça, dêem abundantes frutos. Entre estes, o esforço ecumênico, a busca da
verdade, o diálogo interreligioso, a valentia para denunciar as infidelidades e
os escândalos na comunidade cristã", afirmou.
Finalmente o último capítulo que leva por
título "Reavivar a ação pastoral" propõe recorrer aos instrumentos
usados durante a tradição evangelizadora da Igreja, "em particular, o
primeiro anúncio, a iniciação cristã e a educação, tentando adaptá-los às
condições culturais e sociais atuais".
"É preciso entender melhor, desde o ponto
de vista teológico, a seqüência dossacramentos de iniciação cristã que culmina na Eucaristia e refletir sobre os modelos para pôr em
prática o aprofundamento desejado", assinala.
Dom Eterovic disse que na conclusão reafirma-se
que "nova evangelização significa dar razão de nossa fé, comunicando o
Logos da esperança ao mundo que aspira à salvação".
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