quarta-feira, 10 de abril de 2013

Novo conceito de paróquia é tema de assembleia da CNBB


A proposta de um novo conceito de paróquia, definida agora como comunidade de comunidades, será o tema central da 51.ª Assembleia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se inicia hoje dia 10 até 19 em Aparecida, com a participação de mais de 300 bispos das 273 circunscrições eclesiásticas (dioceses e similares) do País.

"A proposta é reestruturar a comunidade, que se concentra atualmente na igreja matriz, porque a vida comunitária não é só territorial, mas ultrapassa limites físicos para se estender a outros interesses e serviços", adianta o arcebispo de Manaus, d. Sérgio Eduardo Castriani, presidente da comissão responsável pelo tema na assembleia.

A matriz ou sede da paróquia deverá ser um centro de formação e celebração, em torno do qual se aglomeram capelas, comunidades de base e movimentos apostólicos envolvidos em projetos de evangelização. O pároco atuará como coordenador dos conselhos pastoral, econômico e administrativo, seguindo a orientações do bispo diocesano.

Tudo em cadeia, pois a diocese atua de acordo com a CNBB, que obedece às orientações do Vaticano. D. Sérgio observa que na Amazônia já existe uma estrutura diferente.

"Desde os anos 1980 a arquidiocese de Manaus não tem criado mais paróquias, mas áreas missionárias", informa. As igrejas e capelas são substituídas por lugares de reunião. Em um deles o padre pode ser encontrado, com estrutura mínima de residência e secretaria. 

No interior, como na prelazia de Tefé, da qual d. Sérgio foi bispo até o ano passado, em vez de paróquias há comunidades ribeirinhas e indígenas. As Comunidades Eclesiais de Base (Cebs), que foram muito importantes para a educação de base nos anos 1970, continuam atuantes, ao lado de outros grupos missionários e apostólicos.

O tema central será discutido, mas não votado pelos bispos em Aparecida. Depois de ser submetido ao plenário, o texto que tiver o consenso do episcopado será enviado às paróquias e setores e regionais da CNBB para análise e sugestões. A assembleia discutirá também temas prioritários, como a questão dos quilombolas e o problema agrário. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro, em julho, estará na agenda para os acertos finais.

Fonte: Estadão

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