

No âmbito do Ano da Fé que estamos a celebrar, este ultimo domingo
16 de Junho foi dedicado ao “Evangelho da Vida”. Para marcar este dia o Papa
Francisco presidiu à Santa Missa às 10.30 da manhã na Praça de São Pedro,
repleta de fieis vindos de várias parte do mundo.
Na sua
homilia o Papa começou por sublinhar a beleza do nome dessa celebração…
“Esta
celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia no
Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas
manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida”.
Partindo
depois das leituras deste décimo primeiro domingo do Tempo Comum, o Papa propôs
três pontos de meditação: primeiro a Bíblia que nos revela o Deus Vivo, Vida e
fonte da vida; depois Jesus Cristo que dá a vida e o Espírito Santo que nos
mantém na vida e, em terceiro lugar, seguir o caminho de Deus que leva à vida,
enquanto que os ídolos levam à morte.
O Pontífice
desenvolveu depois cada um desses pontos.
Quando o
homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no
lugar de Deus, acaba por semear a morte – disse citando como exemplo o
adultério do rei David, referido na primeira leitura. O egoísmo leva à mentira,
pela qual o homem procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas a Deus não se
pode enganar – frisou o Papa. No entanto, Ele é misericordioso e perdoa sempre
a quem, como o rei David, compreende que pecou e pede perdão.
E perante a
hipótese de pensarmos que Deus é alguém que limita a nossa liberdade de viver,
o Papa frisou que toda a Sagrada Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, é
aquele que dá a vida e aquele que indica o caminho da vida plena. Referindo-se
depois à vocação de Moisés e aos Dez mandamentos, o Papa disse:
“Deus é a
fonte da vida, é graças ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que
sustenta o caminho da nossa existência terrena (…) o Deus que se torna presente
na História, que nos liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo,
porque é o Vivente (…) Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, Ele é
o Vivente!”
Evocando
depois a cena do Evangelho em que Jesus se deixa tocar por uma pecadora e até
lhe perdoa os pecados, escandalizando deste modo os presentes, o Papa recorda
que por gestos e palavras Jesus traz a vida de Deus que transforma. Tal como o
apóstolo Paulo, essa mulher sentindo-se compreendida, amada e acolhida por
Jesus, responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia e obtém
o perdão, começando uma nova vida. E aqui o Papa interpelou os fieis presentes
com esta palavras:
“Deus o
Vivente é misericordioso. Estais de acordo? Digamos juntos:
Deus, o
Vivente é misericordioso!
Todos: Deus
o Vivente é misericordioso!
Mais uma
vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!”
O Papa prosseguiu depois dizendo que “quem nos introduz nesta vida nova que vem de Deus é o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigênito, Jesus Cristo. Mas estamos abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? – perguntou-se o Papa, respondendo:
O Papa prosseguiu depois dizendo que “quem nos introduz nesta vida nova que vem de Deus é o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigênito, Jesus Cristo. Mas estamos abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? – perguntou-se o Papa, respondendo:
“O cristão é
um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive nas
nuvens, fora da realidade (como se fosse um fantasma) não! O cristão é uma
pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que
deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena,
vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se
deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a
realidade, e também é fecundo. A sua vida gera vida ao seu redor”.
Muitas vezes, porém, sublinhou o Papa Francisco, o homem não escolhe a vida, mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que pões obstáculos à vida, porque são ditadas por egoísmos, interesse pessoal, lucro poder, prazer e não pelo amor, a busca do bem do outro.
“È a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma Torre de Babel. É pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da vida leve à liberdade, à plena realização do homem.”
Muitas vezes, porém, sublinhou o Papa Francisco, o homem não escolhe a vida, mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que pões obstáculos à vida, porque são ditadas por egoísmos, interesse pessoal, lucro poder, prazer e não pelo amor, a busca do bem do outro.
“È a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma Torre de Babel. É pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da vida leve à liberdade, à plena realização do homem.”
O resultado
disso é a substituição de Deus por ídolos humanos e passageiros que acabam por
trazer escravidão e morte – disse o Papa exortando a dizer sim ao amor e não ao
egoísmo:
“O Deus
vivente torna-nos livres! Digamos sim ao amor sim ao amor e não ao egoísmo,
digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão
dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus que é
amor, vida e liberdade e jamais desilude. O Deus que é o Vivente e o
Misericordioso.”
Fonte: Rádio Vaticano
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