sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em tempos difíceis a "poda" na Igreja dói mas dará bons frutos, diz Arcebispo



Ao presidir a Missa pela Solenidade da Assunção da Virgem Maria com centenas de religiosos, o Arcebispo de Santiago do Chile, Dom Ricardo Ezzati, assinalou que tiveram que viver tempos difíceis e de "poda" na Igreja, que mesmo que tenha doído, dará bons frutos.

Conforme assinala a nota da Conferência Episcopal do Chile, o Arcebispo se referiu à virtude da esperança cultivada pela Mãe de Deus e alentou aos membros das congregações religiosas e institutos de vida consagrada a viver com esperança em tempos de dificuldades, de "poda", na Igreja.

"Nós temos o privilégio de viver como Igreja em um tempo difícil. A poda sempre dói, a poda faz com que saiam lágrimas dos ramos, às vezes nós não gostamos dos remédios amargos que temos que tomar para curar alguma doença", afirmou na igreja de São Domingos em Santiago.

Entretanto, continuou o Prelado, "a poda é o início de um futuro diferente, de uns ramos que darão frutos abundantes e saborosos, de uma saúde que se recupera para viver na plenitude e no gozo".
O Arcebispo também agradeceu a vocação à vida consagrada e destacou a fé da Virgem Maria, que demonstra que a vida cristã chega a sua plenitude na experiência de acreditar em Deus, de "reconhecer, sobre tudo àqueles que foram chamados à radicalidade do seguimento de Jesus, que só Deus basta".

E depois se perguntou: "Não será justamente este o primeiro testemunho e o primeiro serviço, o mais radical e mais importante da nossa vida de consagrados e consagradas para o homem e a mulher de hoje? Não será reproduzir em nós esse "sim" a Deus?

"Justamente, neste mundo marcado com tantos sinais de secularismo, não será a nossa radicalidade no seguimento de Jesus Cristo, a primazia de Deus na nossa vida, o serviço mais essencial que a vida religiosa está chamada a dar ao mundo de hoje? Eu estou convencido que o primeiro dos desafios da vida consagrada hoje na Igreja é a radicalidade desse ‘sim’ ao Senhor".

O Arcebispo alentou a voltar ao carisma dos fundadores: "e se alguma estrutura pesada da história nos impede de viver à originalidade da nossa vocação religiosa ao serviço dos irmãos, não tenhamos medo a renunciar a essas estruturas para ser de verdade signos do amor de Deus em meio dos nossos irmãos, especialmente dos mais débeis".

A Missa foi concelebrada por 20 religiosos e contou com a participação de centenas de homens e mulheres consagrados das diversas congregações e de institutos de vida consagrada, além de leigos vinculados a esses carismas. No Chile há mais ou menos 150 congregações femininas e 50 congregações masculinas.

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