
No domingo, 23 de setembro, diante dos milhares
de fiéis que o acompanharam na audiência geral na residência Apostólica de
Castel Gandolfo, o Papa afirmou que é necessário mudar o nosso modo de pensar e
de viver para seguir o Senhor, e assim abraçar a humildade e deixar o orgulho
que nos impedem ser como Cristo que não teme abaixar-se e fazer-se o último.
“Em nossa jornada através do Evangelho de Marcos,
no domingo passado chegamos à sua segunda parte, isto é, a última viagem para
Jerusalém rumo à cima da missão de Jesus. Depois de que Pedro, em nome dos
discípulos, professou a fé nEle, reconhecendo-o como o Messias, Jesus começou a
falar abertamente sobre o que iria suceder com Ele no final”.
O evangelista, explicou o Papa mostra três
predições sucessivas da morte e a ressurreição, nos capítulos 8, 9 e 10: nestas
Jesus proclama de forma cada vez mais clara o destino que o aguarda e sua
intrínseca necessidade para a salvação do mundo.
“ A passagem deste domingo -explicou o Papa-
contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: "O Filho do Homem - uma
expressão que Ele usa para designar-se a si mesmo- será entregue nas mãos
dos homens, e eles vão matá-lo, mas depois de morto, ressuscitará após três
dias".
“Com efeito, lendo esta parte da narrativa de
Marcos, aparece evidente que entre Jesus e os discípulos há uma profunda
distância interior”, sublinhou o Santo Padre.
Outro aspecto destacado pelo Santo Padre na sua
catequese de hoje foi o fato de que na leitura do evangelho deste domingo,
“após o segundo anúncio da paixão os discípulos começam a discutir entre eles
sobre quem é o maior (cf. Mc 9:34), e depois do terceiro anúncio, Tiago e João
pedem a Jesus para sentar-se à sua mão direita e à sua esquerda, quando ele
esteja na glória (cf. Mc 10:35-40). Porém existem vários outros sinais desta
distância, por exemplo: os discípulos não conseguem curar um menino epiléptico,
e em seguida, Jesus o cura com o poder da oração (cf. Mc 9,14-29), ou quando a Jesus se apresentam as crianças, os discípulos
buscam censurá-los, mas Jesus, indignado, os deixa ficar, e diz que somente
aqueles que são como as crianças podem entrar no Reino de Deus (cf. Mc
10,13-16)”.
“O que isso nos diz? Isto nos lembra que a lógica
de Deus é sempre "outra" em relação à nossa, como revelado por Deus
através do profeta Isaías: "Os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, vossos caminhos não são os meus caminhos" (Is 55: 8). Por
isso, seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma
mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para
deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, ensinou o Papa.
“Um ponto-chave no qual Deus e o homem se
diferenciam é o orgulho – continuou o Pontífice; em Deus não há orgulho, porque
Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida; em nós homens, ao
contrário, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e
purificação”, explicou.
“Nós, que somos pequenos, aspiramos parecer
grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme inclinar-se e fazer-se o
último”.
Para concluir Bento XVI pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e
da humildade.
Segundo a nota publicada neste domingo pela Rádio
Vaticano, na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa o Santo Padre
agradeceu uma vez mais àqueles que acompanharam com a oração no último fim de
semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente
Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo
diálogo sereno entre as religiões” – disse o Papa – recordando que neste sábado
foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson,
fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.
Fonte: ACI Digital
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