
Cerca
de 3.800 pessoas assinaram petição eletrônica exigindo que o maior jornal do
Paraná, Gazeta do Povo, censure o filósofo e colunista semanal, professor
Carlos Ramalhete, por publicar opinião contrária à recente sentença do Tribunal
de Justiça do Paraná que autorizou, sem qualquer restrição, a adoção de um
menino por dois homossexuais, cujos nomes constam como pais biológicos na nova
certidão de nascimento da criança.
Em
seu mais recente artigo, "Perversão da Adoção", publicado na última
quinta-feira, 30, Ramalhete acusou o Estado Brasileiro de cometer abuso de
poder ao permitir que uma criança adotada tenha certidão de nascimento com
registro de "dupla paternidade", a exemplo da recente decisão do TJ
do Paraná.
O
artigo de Ramalhete foi reprovado pelo Conselho Regional de Psicologia do
Paraná (CRP-PR) que, em nota no site oficial da categoria, afirmou que o
colunista "fere a dignidade do indivíduo e ultrapassa qualquer espaço de
expressão que possa ser alegado".
O
CRP-PR foi a única entidade representativa a fazer eco às manifestações de
centenas de pessoas que desde a publicação do artigo encontraram, na página do
colunista, no Facebook, espaço para acusá-lo de incitar ódio e
discriminação contra minorias.
Posteriormente
o acesso à página foi restringido apenas a seus administradores - auxiliares do
colunista -, devido ao crescente número de ofensas e ameaças ao autor do
artigo.
"Recebi
mais de mil mensagens com ameaças e ofensas por ter afirmado o evidente: que o
lugar de uma criança é com um pai e uma mãe. A defesa da família, no Brasil de hoje, tornou-se motivo para ódio e
ameaças de morte. É a voz da maioria silenciosa sendo calada e tendo calado o
seu direito de cidadania, é a imposição pela força dos tribunais da opinião de
uma minoria", afirmou Carlos Ramalhete à ACI Digital.
Contra
a censura ao colunista, um grupo de leitores criou a página Ramalhete Livre
(http://www.facebook.com/Ramalhetelivre), no Facebook, que conta com mais de
100 mil pessoas alcançadas, de acordo com seus administradores ouvidos por ACI
Digital. A página reúne argumentos em prol da liberdade de expressão e denuncia
suposta tentativa de grupos de interesse em criminalizar a opinião, de forma
especial a opinião contrária à desconstrução da família.
O
jornal Gazeta do Povo se pronunciou sobre a polêmica, afirmando que a opinião
de seus colunistas não necessariamente refletem a opinião do veículo e, até o
momento, não se manifestou sobre o destino de Ramalhete que, semanalmente, tem
seus artigos publicado sempre às quintas-feiras no jornal.
Fonte: ACI Digital
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