
“As
minorias devem ser respeitadas mas não podem impor a sua pauta às maiorias.
Hoje nós vemos claramente isto, esta pressão para que a maioria se sinta
envergonhada e inibida diante da minoria”. Estas são palavras de Dom Henrique Soares,
bispo auxiliar de Aracaju-SE que concedeu uma entrevista ao apresentador do
Destrave Adriano Gonçalves para falar sobre a ideologia de gênero e sua
imposição sobre a sociedade.
Na
entrevista Dom Henrique alerta para uma nova ditadura que começa a surgir na
sociedade do qual podemos chamar ‘ditadura das minorias’. Dentro deste fenômeno
podemos encontrar todo o trabalho da grande mídia para a promoção de uma
cultura contra os valores cristãos e, sobretudo, os valores da Igreja Católica
Destrave: hoje não vemos uma mídia que não só
expõe mas propõe uma cultura gay. Como nós católicos devemos nos pontualizar
diante disto?
Dom
Henrique: hoje a
grande mídia é pró-gay e coloca as discussões sempre numa cortina de fumaça
para que você não tenha os elementos claros desta discussão. Por exemplo, vamos
tomar a posição da Igreja: a Igreja é contra a violência a pessoas
homossexuais? Totalmente! A Igreja rejeita o preconceito contra pessoa
homossexuais? Totalmente! Mas o comportamento moral, a homossexualidade do
ponto de vista de ATOS homossexuais, a avaliação da Igreja é positiva? Não, por
causa do Evangelho. Mas uma coisa é o fenômeno e outra coisa é a pessoa
homossexual. Nós devemos respeito à pessoa homossexual, e digo mais, o respeito
inclusive pela opção delas, se querem viver uma relação estável, se querem
montar seu apartamento, se querem dividir sua herança… é direito delas e a
Igreja não se opõe a estes direitos. O que a Igreja diz é que não se pode
equiparar isto à realidade familiar, porque o que está em jogo não é o direito
de uma minoria mas o desvirtuamento de uma instituição que representa a
maioria, porque se tudo é família nada é família.
Destrave:
Nós, católicos,
podemos e devemos debater sobre estes temas?
Dom
Henrique: Eu
penso que devemos entrar nestes debates mas espero que as pessoas, sobretudo os
católicos, saibam argumentar não só com argumentos religiosos. Quando você for
discutir com um não-cristão, com um não-católico. Não comece dizendo ‘é porque
Deus manda’ ou ’é porque a Igreja manda’. Não, o primeiro argumento é o
de usar a razão humana. Por que não abortar, por exemplo? Porque ou uma vida é
humana desde o início ou não é nunca. Então, quando debatemos estes assuntos
com a sociedade nós usamos a razão e usamos também a ética civil. Nós
discutimos e temos o direito de discutir e de sermos ouvidos porque somos
cidadãos, pagamos nossos impostos, elegemos nossos representantes e temos
o direito de participar da construção da sociedade, não aceitando quando alguém
diz: ‘estes argumentos são religiosos’. Não, estes argumentos são de gente que
pensa, que tem opinião e que quer ser ouvida também.
Fonte: Canção Nova
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