quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Os efeitos dos aparelhos eletrônicos na juventude

por Erika Strassburger Borba

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 500 jovens mostra o nível da dependência com relação aos aparelhos digitais. Praticamente todos eles carregam aparelhos eletrônicos consigo durante o dia, sendo que 38% deles não passam mais de 10 minutos sem checar algum deles. Para 73% deles, o estudo sem algum tipo de tecnologia é impossível hoje.
Há aqueles que defendem o uso cada vez mais precoce de aparelhos como computadores, tabletssmarphonesvideogames, e outras parafernálias eletrônicas pelas crianças, evidenciando o fato de que eles auxiliam no desenvolvimento do raciocínio, de algumas habilidades motoras, da capacidade de solucionar problemas, na socialização para os mais tímidos, etc.
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Realmente, não tem como negar alguns efeitos positivos que essas tecnologias proporcionam. Por outro lado, não podemos ignorar que seu uso indiscriminado traz consequências bem sérias, superando em número e intensidade as positivas, sendo a maioria delas relacionada à situação de dependência

Segundo a “American Journal of Psychiatry“, a dependência de Internet, de jogos, e-mails ou conversas em bate papo, pode ser considerada como distúrbio mental. Já o site BBC Brasil, publicou uma pesquisa realizada na China, onde é afirmado que viciados em internet sofrem alterações no cérebro parecidas às sofridas por usuários em álcool e drogas.
Os efeitos positivos foram brevemente mencionados. Veja, agora, com mais detalhes, quais os efeitos negativos dos aparelhos eletrônico nos jovens:
1. Agressividade, irritabilidade, agitação.
Normalmente os jovens apresentam estes sintomas quando são impedidos de usar seus aparelhos.

Eles deixam de relacionar-se na vida real e passam a valorizar relacionamentos virtuais, muitos dos quais, nunca sairão deste âmbito. Perderão ótimas oportunidades de se comunicar, trocar experiências e ter contato físico com a família e amigos, necessários para seu desenvolvimento social.

3. Alienação.
É comum vê-los fugindo da realidade estressante e compensando, de maneira fictícia, essas carências por meio do uso, sem limites, dos aparelhos eletrônicos. Da mesma forma, quando estão noutro lugar e têm de executar uma tarefa que exige atenção, eles tendem a perder o foco facilmente.

4. Doenças físicas.
Além de problemas de ordem psicológica, os jovens estão sujeitos a doenças relacionadas:

  • Ao ganho de peso, pois em vez de se movimentarem ou praticar esportes, ficam horas a fio sentados ou deitados;
  • À imunidade baixa, graças a redução das horas de sono;
  • À má postura (que afeta a coluna, ligamentos e tendões);
  • À visão;
  • A fortes emoções: taquicardia, gastrite nervosa, entre outros.
5. Mascaramento de doenças sérias.
Depressão, dificuldade de comunicação e socialização são algumas doenças que podem ser mascaradas pelo uso excessivo de tecnologias.

6. Irresponsabilidade e perda do autrocontrole.
Irresponsabilidade para com suas obrigações, como deixar de entregar um trabalho no prazo, por exemplo. Podem ser irresponsáveis em suas ações, como “desabafos” e exposição exagerada, com ocorre com frequência em redes sociais. Os jovens tornam-se irresponsáveis justamente porque perdem o autocontrole. Não conseguem desconectar; não conseguem “segurar-se” em seus desabafos; tornam-se consumistas, visto que sofrem constante bombardeio de ofertas; e por aí vai.

7. Redução do exercício intelectual e da capacidade de refletir.
É só digitar uma dúvida num site de busca e encontram respostas instantâneas. Não precisam mais ler um livro inteiro e ponderar sobre o que leram. Não precisam calcular mentalmente, as calculadoras o fazem. Estão cada vez menos criativos. Isso acaba afetando diretamente no seu rendimento acadêmico.

8. Perda da compaixão e da sensibilidade.
A falta de socialização faz com que os jovens fiquem mais frios. Eles podem envolver-se mais facilmente com o bullying (como agressores), podem não se chocarem mais ante à violência (pois estão acostumados a jogos em que precisam matar), passam a encarar o mundo como sendo violento por natureza.

Assim como os jovens, as crianças e adultos também estão sujeitos aos efeitos acima citados.
Não há necessidade (exceto em casos graves) de impedir que os jovens usem aparelhos eletrônicos. Cabe aos pais fazerem um monitoramento e estabelecerem regras claras que limitam o tempo de uso e delineiam o tipo de conteúdo que eles possam acessar.
Impor limites contribui para que os jovens se tornem livres dos vícios causados pelos uso indiscriminado dos aparelhos eletrônicos, previne doenças psicológicas e físicas, que podem surgir quando as coisas fogem do controle, além de ajudá-los a sentirem a alegria que provém de desfrutar a vida real.

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