O
Papa Francisco recebeu nesta quarta-feira, na Sala Clementina, no Vaticano, as
delegações ecumênicas e de outras religiões, que vieram a Roma para a missa de
início de seu pontificado.
Pouco antes, o pontífice encontrou-se com o Patriarca Ecumênico de
Constantinopla, Bartolomeu I, com o qual conversou por cerca de 20 minutos e
que mais tarde agradeceu como "meu irmão André", e com o Metropolita
Hilarion de Volokolamsk, chefe do Departamento das Relações Exteriores do
Patriarcado de Moscou. Bartolomeu e Hilarion doaram ao Papa dois ícones
marianos.
Falando
sobre a missa de início de seu pontificado celebrada nesta terça-feira, na
Praça São Pedro, o Papa Francisco ressaltou: "Reconheci espiritualmente
presentes as comunidades que vocês representam. Nesta manifestação de fé,
pareceu-me viver de maneira mais urgente a oração pela unidade de todos os
fiéis em Cristo e juntos ver de algum modo prefigurado a plena realização que
depende do plano de Deus e de nossa colaboração leal”.
"Inicio
o meu ministério apostólico neste ano que o meu venerado Predecessor, o Papa
Bento XVI, com uma intuição realmente inspirada, proclamou para a Igreja
Católica o Ano da Fé. Com essa iniciativa, que desejo continuar e espero que
seja um estímulo para a caminhada de fé de todos, ele quis marcar o 50°
Aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, propondo uma espécie de
peregrinação essencial para cada cristão: a relação pessoal e transformadora
com Jesus Cristo, Filho de Deus, que morreu e ressuscitou para a nossa salvação",
frisou ainda o pontífice.
O
Papa Francisco recordou o que o Concílio Vaticano II significou para o caminho
ecumênico e lembrou as palavras proferidas pelo Beato João XXIII no discurso de
inauguração do Concílio: "A Igreja Católica considera seu dever trabalhar
ativamente para que se cumpra o grande mistério da unidade que Cristo Jesus com
orações fervorosas pediu ao Pai Celestial na iminência de seu sacrifício".
"Queridos
irmãos e irmãs em Cristo sintamo-nos todos intimamente unidos na oração de
nosso Salvador na Última Ceia: ut unum sint (Que todos sejam um). Peçamos ao
Pai misericordioso para que vivamos plenamente a fé que recebemos como dom no
dia de nosso Batismo e saibamos testemunhá-la de maneira livre, alegre e
corajosa. Será este o nosso melhor serviço para a causa da unidade dos
cristãos, um serviço de esperança para um mundo ainda marcado por divisões,
contrastes e rivalidades".
A
seguir o Santo Padre acrescentou: "Quanto mais formos fiéis à sua vontade,
nos pensamentos, nas palavras e ações, caminharemos mais e substancialmente
para a unidade."
"De
minha parte, desejo assegurar, na esteira dos meus antecessores, o desejo de
prosseguir no caminho do diálogo ecumênico, e agradeço desde agora o Pontifício
Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos pela ajuda que continua
oferecendo em meu nome, em favor desta causa nobre", frisou ainda o Papa
Francisco.
A
seguir, o Papa dirigiu a palavra aos representantes do povo judeu:
"Obrigado por sua presença e estou confiante de que, com a ajuda do Altíssimo,
continuaremos de maneira profícua o diálogo fraterno que o Concílio desejava e
que se realizou dando muitos frutos, sobretudo nas últimas décadas".
Saudando
os representantes de outras religiões, o Papa Francisco dirigiu-se
especialmente aos muçulmanos: "Aprecio muito sua presença: nela vejo um
sinal tangível da vontade de crescer na estima recíproca e na cooperação para o
bem comum da humanidade."
O Papa Francisco explicou que a Igreja Católica tem consciência da importância do diálogo inter-religioso: "A Igreja Católica tem consciência da importância que tem a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de várias tradições religiosas. Isso eu quero repetir: promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de várias tradições religiosas. A Igreja está consciente da responsabilidade que todos nós temos para com este mundo, com a criação que devemos amar e proteger. E nós podemos fazer muito em favor do bem dos pobres, dos fracos e de quem sofre, para favorecer a justiça, promover a reconciliação e construir a paz".
O Papa Francisco explicou que a Igreja Católica tem consciência da importância do diálogo inter-religioso: "A Igreja Católica tem consciência da importância que tem a promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de várias tradições religiosas. Isso eu quero repetir: promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de várias tradições religiosas. A Igreja está consciente da responsabilidade que todos nós temos para com este mundo, com a criação que devemos amar e proteger. E nós podemos fazer muito em favor do bem dos pobres, dos fracos e de quem sofre, para favorecer a justiça, promover a reconciliação e construir a paz".
Devemos
manter viva no mundo a sede do Absoluto: "Não permitindo que prevaleça uma
visão da pessoa humana numa só dimensão, segundo a qual o homem se reduz ao que
produz e ao que consuma: esta é uma das armadinhas mais perigosas para o nosso
tempo".
"Sabemos
que a violência produziu na história recente a tentativa de eliminar Deus e o
divino do horizonte da humanidade e sentimos o valor de testemunhar em nossas
sociedades a abertura originária para a transcendência que está ínsita no
coração humano", disse ainda o pontífice.
"Sentimo-nos
próximos a todos os homens e mulheres que, embora não pertencentes a nenhuma
tradição religiosa, caminham em busca da verdade, do bem, da beleza e de Deus,
e que são nossos preciosos aliados nos esforços para a defesa da dignidade
humana, na construção de uma convivência pacífica entre os povos e guardiões da
criação", concluiu o Papa Francisco.
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