segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Pensamento do Papa sobre Futebol



Hoje, pela manhã, ao ler a notícia, que em meio as comemorações dos resultados da última rodada do campeonato brasileiro de 2011, uma constatação triste me colocou a pensar sobre a Evangelização nos Esportes, uma pessoa foi assassinada na cidade de Cachoeiro de Itapemirim-Es por causa da rivalidade de torcedores. Algo bárbaro e, ao mesmo tempo, de difícil compreensão, pois como o fanatismo pelo time pode-nos levar esta atitude, uma sindrome BBB que elimina o diferente.

Nosso Papa Bento XVI, nada desinteressado pelo futebol, como muitas vezes ele é retratado, Joseph Ratzinger, quando ainda não era Papa, escreveu até um livro dedicado a esse esporte, exaltando-o como uma disciplina educativa que ensina uma liberdade conjunta às regras, uma relação correta entre indivíduo e grupo, “um confronto limpo”. Até “uma espécie de tentativa de voltar ao Paraíso”.
No livro, publicado em 1985 e intitulado “Suchen was droben ist” (”Buscar o que está no alto”) se detinha também sobre a grande importância dos Mundiais de futebol.

Para o cardeal, então prefeito da Congregação para a doutrina da fé. O verdadeiro futebol, aquele que não é ofuscado por interesses comerciais, é “um exercício preparatório para a vida e a transcendência da vida rumo ao paraíso perdido”.

“Em ambas as coisas – explicava – é preciso buscar uma disciplina da liberdade”, e “às vezes podemos até aprender a vida de novo a partir do jogo”.
“O jogo, uma vida: se formos em profundidade – continuava o futuro Papa –, o fenômeno de um mundo entusiasta pelo futebol poderá nos oferecer algo mais do que só uma diversão”.
A beleza do futebol pode ser arruinada, “pervertida” pelo espírito comercial que submete tudo à lógica do dinheiro, e se transformar “em um mundo de aparências de dimensões horríveis”, afirmava Ratzinger.
“Porém, esse mundo de aparência nunca poderá substituir a base positiva do jogo”, acrescentava o futuro Papa.

Nós precisamos de evangelizarmos o mundo do futebol, de forma especial, os torcedores, para que respeitem a opção do outro que se identifica com um time diferente do meu, a disciplina da liberdade que evidencia o nosso Papa Bento XVI neste livro citado é um grande começo para vivermos respeitosamente com o diferente, as adversidades são a maior riqueza da humanidade, pois somos diferente, porém filhos de um mesmo Deus, rumo a mesma meta.

Lamento a morte deste torcedor e espero que consigamos com um testemunho cristão renunciar a todo fanatismo ou idolatria que divide os homens ao ponto de tirar a vida do outro.

Assim, como o autor de Genesis, na palavra de Deus, narra o momento que Caim matou Abel, por não aceitar a diferença que existia entre eles, lamentavelmente essa palavra se atualiza em nosso meio todos os dias.

Deus nos faz a mesma pergunta que fez a Caim: "Aonde esta o teu irmão"?

Caim respondeu: "Por acaso sou eu o guarda do meu irmão"?

Qual é a nossa resposta?

Fraternalmente,

José Eduardo Arêas Caetano
Escola Comunitária

Comunidade Católica de Vida e Aliança Vida Nova

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário! Deus abençoe!