Todos os noticiários televisivos reportaram, todos os jornais impressos publicaram: o Papa está no Twitter.
O Vaticano mal abrira as contas do Pontífice, em oito idiomas
diferentes, e o número de seguidores já havia passado a casa dos
milhares; com o primeiro tweet de Bento XVI, então, o sucesso foi muito maior. Na manhã do dia 13, o Santo Padre já havia alcançado a marca incrível de mais de um milhão e meio de seguidores.
Os fiéis ficaram felizes com a possibilidade de ver o sucessor de São
Pedro teclando na Internet. Muitos já mandaram mensagens de incentivo e
de carinho, aproveitando a ocasião para externar seu amor pelo doce
Cristo na Terra.
Mas,
como era de se esperar, nem todos ficaram felizes com o sucesso do Papa
na rede social. Xingamentos e falta de respeito foram gerais: os
inimigos da Igreja veem uma oportunidade e aproveitam para fazer arruaça
– imaginando, em suas taras anticlericais, que Bento XVI perderia tempo
lendo suas mensagens de ódio, típicas de adolescentes rebeldes e
desequilibrados.
Quem resolveu – de novo! – atacar gratuitamente Bento XVI, dando um show
de intolerância e fanatismo, foi o deputado Jean Wyllys, do PSOL,
famoso por militar abertamente pela causa do movimento LGBT. Dois dias
após o Papa publicar os as primeiras mensagens na rede social, Jean resolveu “xingar muito no Twitter”.
Acredito
que a refutação das críticas infundadas de Jean Wyllys seja tema para
outra postagem. É deprimente a ignorância do sujeito que sugere um
“apoio da Igreja ao extermínio de judeus por nazistas”. Sabe-se, hoje,
graças ao exame crítico e sem preconceitos da história da II Guerra
Mundial, que o Papa Pio XII, de saudosa memória, salvou, com sua
prudência e coragem, um número incontável de judeus da perseguição de
Hitler. E que a carta encíclica Mit Brennender Sorge, redigida
com o apoio indispensável do então secretário de Estado do Vaticano,
Eugenio Pacelli, foi um dos poucos documentos a levantar voz contra os
crimes perpetrados na época pelos nazistas.
Mas,
intriga muito ver o alvoroço dos inimigos da Igreja diante do sucesso
do Papa nas redes sociais. Afinal, porque um pequeno ancião de cabelos
brancos incomoda tanto? Por que as palavras de um senhor fisicamente
frágil e já tão avançado em idade são tão provocantes?
A resposta deve ser procurada na história da Igreja. De
São João Batista, passando por São Thomas Morus, da Inglaterra, até os
dias de hoje, os cristãos incomodam porque, com sua vida, denunciam os
degradantes estilos de vida dominantes em seus tempos. Não somos
maiores que Cristo, nem o Papa: se perseguiram a Ele, perseguirão também
a nós. Os cristãos – os verdadeiros cristãos –, em união com o Papa,
alçam sua voz contra o pecado, e atingem o mundo, que ama o mal. Por
isso, o incômodo. Bento XVI fala aquilo que as pessoas não querem ouvir,
que os governos e autoridades políticas decidem ignorar, que as
militâncias sociais – revestidas, em muitas casos, de uma faceta
totalitária – preferem calar. Bento XVI – e a geração que com ele decide
dar “sim” à vida e a família – ousa ir contra a corrente, e é por isso
que é criticado e, muitas vezes, ferozmente combatido.
A
horda de anticlericais de Internet, da qual Jean Wyllys se fez símbolo,
é um sintoma de como se alastra pelo mundo uma terrível cultura de
podridão e de morte. Impossível não lembrar Chesterton: “Uma coisa morta
pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode
contrariá-la”.
Durmam com esse barulho.
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