segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Papa está no Twitter. E os anticlericais também.

Todos os noticiários televisivos reportaram, todos os jornais impressos publicaram: o Papa está no Twitter. O Vaticano mal abrira as contas do Pontífice, em oito idiomas diferentes, e o número de seguidores já havia passado a casa dos milhares; com o primeiro tweet de Bento XVI, então, o sucesso foi muito maior. Na manhã do dia 13, o Santo Padre já havia alcançado a marca incrível de mais de um milhão e meio de seguidores. Os fiéis ficaram felizes com a possibilidade de ver o sucessor de São Pedro teclando na Internet. Muitos já mandaram mensagens de incentivo e de carinho, aproveitando a ocasião para externar seu amor pelo doce Cristo na Terra.
Mas, como era de se esperar, nem todos ficaram felizes com o sucesso do Papa na rede social. Xingamentos e falta de respeito foram gerais: os inimigos da Igreja veem uma oportunidade e aproveitam para fazer arruaça – imaginando, em suas taras anticlericais, que Bento XVI perderia tempo lendo suas mensagens de ódio, típicas de adolescentes rebeldes e desequilibrados.
Quem resolveu – de novo! – atacar gratuitamente Bento XVI, dando um show de intolerância e fanatismo, foi o deputado Jean Wyllys, do PSOL, famoso por militar abertamente pela causa do movimento LGBT. Dois dias após o Papa publicar os as primeiras mensagens na rede social, Jean resolveu “xingar muito no Twitter”.
Jean Wyllys ataca o Santo Padre Twitter
Acredito que a refutação das críticas infundadas de Jean Wyllys seja tema para outra postagem. É deprimente a ignorância do sujeito que sugere um “apoio da Igreja ao extermínio de judeus por nazistas”. Sabe-se, hoje, graças ao exame crítico e sem preconceitos da história da II Guerra Mundial, que o Papa Pio XII, de saudosa memória, salvou, com sua prudência e coragem, um número incontável de judeus da perseguição de Hitler. E que a carta encíclica Mit Brennender Sorge, redigida com o apoio indispensável do então secretário de Estado do Vaticano, Eugenio Pacelli, foi um dos poucos documentos a levantar voz contra os crimes perpetrados na época pelos nazistas.
Mas, intriga muito ver o alvoroço dos inimigos da Igreja diante do sucesso do Papa nas redes sociais. Afinal, porque um pequeno ancião de cabelos brancos incomoda tanto? Por que as palavras de um senhor fisicamente frágil e já tão avançado em idade são tão provocantes?
A resposta deve ser procurada na história da Igreja. De São João Batista, passando por São Thomas Morus, da Inglaterra, até os dias de hoje, os cristãos incomodam porque, com sua vida, denunciam os degradantes estilos de vida dominantes em seus tempos. Não somos maiores que Cristo, nem o Papa: se perseguiram a Ele, perseguirão também a nós. Os cristãos – os verdadeiros cristãos –, em união com o Papa, alçam sua voz contra o pecado, e atingem o mundo, que ama o mal. Por isso, o incômodo. Bento XVI fala aquilo que as pessoas não querem ouvir, que os governos e autoridades políticas decidem ignorar, que as militâncias sociais – revestidas, em muitas casos, de uma faceta totalitária – preferem calar. Bento XVI – e a geração que com ele decide dar “sim” à vida e a família – ousa ir contra a corrente, e é por isso que é criticado e, muitas vezes, ferozmente combatido.
A horda de anticlericais de Internet, da qual Jean Wyllys se fez símbolo, é um sintoma de como se alastra pelo mundo uma terrível cultura de podridão e de morte. Impossível não lembrar Chesterton: “Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode contrariá-la”.
Durmam com esse barulho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário! Deus abençoe!